"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

PRESO EM MIAMI O OPERADOR DO PMDB, QUE ATUAVA NA PETROBRAS DESDE OS ANOS 80


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Luz operava para os caciques do PMDB na Petrobras
A Interpol prendeu nesta sexta-feira (24) em Miami, nos Estados Unidos, os operadores Jorge Luz e Bruno Luz, alvos da última fase da Operação Lava Jato. Suspeitos de serem operadores do PMDB na Petrobras, eles eram considerados foragidos desde esta quinta-feira (dia23). O advogado Gustavo Teixeira afirma que os dois não estão detidos, mas apenas sendo interrogados, e que voltarão espontaneamente ao Brasil, como haviam prometido. Pai e filho, eles são alvo de um mandado de prisão preventiva. Os dois haviam viajado para os Estados Unidos, onde têm um apartamento, nos últimos meses (Bruno, em agosto; e Jorge, em janeiro deste ano). Segundo a PF, eles tinham o objetivo de “se furtar da aplicação da lei penal”.
A defesa nega e diz que ambos estão dispostos a colaborar com as investigações “de maneira profícua e profunda”. No passado, Jorge Luz tentou fazer delação premiada quando começou a ser citado na operação, mas não teve sucesso.
SUPEROPERADOR – Jorge Luz, 73, engenheiro, é considerado por investigadores como “o operador dos operadores”. Ele começou a atuar na Petrobras na época do governo de José Sarney (PMDB), em 1986, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que o mencionou em sua delação.
Sua proximidade da diretoria da estatal era tão grande que ele estacionava seu carro em vagas reservadas para diretores, segundo contou o ex-senador Delcídio do Amaral, também em delação.
Entre os políticos com quem tinha relação, estão o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e Energia, afirmou Delcídio.
Luz também foi citado por delatores como o operador Fernando Baiano, de quem é considerado uma espécie de “patrono”, e Nestor Cerveró, que o apontou como o idealizador do apoio político do PMDB à diretoria Internacional da Petrobras.
O lobista considerava que o setor seria “um bom filão” para a obtenção de recursos para as campanhas eleitorais do partido. Segundo a investigação, ele operava em parceria com o filho, Bruno Luz.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Jorge Luz é o arquivo vivo das grandes negociatas da Petrobras. Sua fortuna é incalculável. Perto, dele, um grande operador como Fernando Baiano pode ser considerado iniciante. Luz tem muito a contar sobre as mamatas da estatal ocorridas na chamada Era FHC, quando o esquema de corrupção da Petrobras realmente decolou, digamos assim, e o PT resolveu transformar em vôos de longo curso. (C.N.)

24 de fevereiro de 2017
Estelita Hass Carazzai
Folha

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