"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

CUNHA É INTIMADO PELO BC A EXPLICAR DINHEIRO EM CONTAS NO EXTERIOR
PRESIDENTE DA CÂMARA É ALVO DE PROCESSO ABERTO NO BANCO CENTRAL


ELE DIZ QUE NÃO É PROPRIETÁRIO DE CONTAS E APRESENTARÁ DEFESA EM BREVE - ANTÔNIO CRUZ / AGÊNCIA BRASIL
O Banco Central intimou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB RJ), a prestar esclarecimentos até o fim desse mês sobre contas no exterior ligadas ao peemedebista. O processo pode resultar em cobrança de multa pelos valores mantidos fora do país e não declarados ao BC nem à Receita Federal.

A investigação do Banco Central é relativa apenas às contas na Suíça reveladas no ano passado atribuídas a Cunha e que já são alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a análise feita pelos técnicos do BC, que já está em poder dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF), há indícios de que Cunha manteve milhões de dólares no exterior, sem declarar, por pelo menos sete anos, entre 2007 e 2013.

Os advogados de Eduardo Cunha disseram que já foram notificados e que irão apresentar a defesa do deputado em breve.

Em novembro do ano passado, Cunha reafirmou que não tem contas bancárias nem é proprietário, acionista ou cotista de empresas no exterior.

Cunha admite, porém, ser "usufrutuário" de ativos mantidos na Suíça e não declarados à Receita Federal e ao Banco Central porque, segundo afirmou, são recursos que obteve no exterior, mantidos em contas das quais não é mais o titular.

O saldo nas contas atribuídas à Cunha variou ao longo do tempo. Em 31 de dezembro de 2007, por exemplo, ele tinha US$ 4,2 milhões nas contas. Em 2008, US$ 2,5 milhões. Em 2009, o saldo era de US$ 4,3 milhões. Já em 2013, último ano analisado, as contas tinham saldo de US$ 3,1 milhões.

A esposa de Cunha, a jornalista Claudia Cruz, também terá de explicar porque manteve no exterior, sem declarar, durante pelo menos seis anos, valores entre US$ 130 mil e US$ 330 mil, e também pode ter de pagar multa.

Em ofício encaminhado em dezembro ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o BC diz ver indícios de evasão de divisas. A legislação prevê que todo brasileiro que tenha um saldo bancário acima de US$ 100 mil no exterior, tem que declará-lo ao Banco Central.

Como se trata de uma investigação no âmbito administrativo, caso o BC conclua que Eduardo Cunha deixou mesmo de declarar dinheiro mantido no exterior, ele pode ter de pagar multa de R$ 125 mil para cada ano-base analisado. Procurado, o Banco Central não se manifestou sobre o assunto.



04 de fevereiro de 2016
diario do poder

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