"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 4 de outubro de 2015

DILMA NÃO SABE A DIFERENÇA ENTRE REFUGIADO E EMIGRANTE


A presidente Dilma Roussef não me representa! Eu não posso tolerar, como neto de imigrantes, a ofensa que a senhora presidente dirigiu – por completa ignorância – a todos os imigrantes que ajudaram a construir o Brasil, e a seus descendentes.
Ofendeu a todos que emprestaram seu trabalho e suor para fazer a grandeza deste país. Que ensinaram o verdadeiro sentido da ética, do respeito e da honestidade.
Em discurso na Assembleia da ONU, a senhora presidente demonstrou o tamanho da sua ignorância ao discursar dizendo que “o Brasil é um país de refugiados”. E, completou: “Abrigamos, há mais de um século, europeus, árabes e asiáticos”.
Nunca ouvi tamanha asneira! Os europeus, árabes, judeus, e asiáticos (ela deve ter querido referir-se à colônia japonesa, suponho) que, há um século imigraram para o Brasil, jamais podem ser comparados aos refugiados.
SENÃO, VEJAMOS         
Ignorante (segundo ensinam os dicionários) é aquele, ou aquela, que não tem conhecimento de algo, desconhece os fatos.
Refugiado, por sua vez, é toda a pessoa que, devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.
 imigrante é a pessoa que, espontaneamente, com ânimo permanente ou temporário, e com a intenção de trabalho ou residência, transfere-se de um país a outro.
A confusão destes tipos de pessoas só é digna de alguém com um traço marcante de profunda ignorância. A mesma ignorância que fez a presidente imaginar que o ingresso no país, há mais de um século, de europeus, árabes, judeus e japoneses se fez através de refúgio.
MUITA DIFERENÇA
Ora, os refugiados fogem de uma perseguição, de uma guerra, de uma catástrofe; enquanto os imigrantes mudam de país geralmente por razões econômicas, na busca de um oásis onde possam construir um futuro.
Se a presidente ainda não aprendeu, há cerca de um século a América do Sul era – juntamente com a América do Norte – a meca do futuro. 
As famílias sonhavam em transferir-se primeiro para a Argentina, que representava o ideal do novo amanhã. 
O Brasil entrou no destino pela proximidade com o país vizinho, pelas oportunidades que oferecia, pela geografia, pelas belezas naturais.
OFENSA GROSSEIRA
Chamar de refugiados os milhares de italianos que se instalaram nas montanhas brasileiras; os alemães que trouxeram a veia da indústria para cá;  os portugueses com sua expertise em gastronomia;  os árabes e judeus com seu tino comercial;  ou os japoneses que nos ensinaram como trabalhar na terra – isto, sim, é uma grosseira ofensa.
Ofensa de alguém ignorante. Alguém que deveria ter aprendido esta lição lá na sua juventude. Mas que, ao invés de estudar a nossa história, resolveu escrevê-la através de guerrilha, da luta armada, do arrepio à lei. A história de um sonho revolucionário que, depois de tanta insistência, acabou levando o Brasil ao caos econômico, moral e institucional.
Por isto, esta senhora não me representa. Pois quem ofende aos seus filhos não merece a menor consideração.
(artigo enviado pelo comentarista Manoel Vidal)

04 de outubro de 2015
Marcelo Aiquel

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