A rejeição ao governo da presidenta Dilma alcançou, em junho deste ano, a marca de 65% de ruim e péssimo. No ABC paulista, o berço do PT, chegou a 75%. No dia 18 de junho, durante uma reunião no Instituto Lula, com várias lideranças religiosas, o ex-presidente Lula analisou esses resultados e disparou contra sua pupila, chegando a dizer que ela está no “volume morto”, numa alusão ao volume de água nos reservatórios de São Paulo.
Reclamou de Dilma pela falta de notícias positivas e disse ter perguntado a ela quando tinha sido a última notícia boa para o país. Não teve uma resposta, o que mostrou a situação dramática atual do governo petista e do próprio Partido dos Trabalhadores. Evidente que Lula está tentando de todas as formas sair mais uma vez como uma vítima ao invés do grande articulador e responsável pela situação atual.
Essa sua posição lembra a história do Golem na cabala judaica. O Golem era um ser artificial e sem vontade própria, criado para satisfazer as vontades de quem o criou. Embora sem inteligência, ele podia executar tarefas simples. O problema era que, repentinamente, ele ficava sem controle, se tornava muito perigoso e desativá-lo, era tarefa muito difícil, mesmo para os maiores rabinos e cabalistas.
Na tradição esotérica, o Golem tinha a palavra Emeth, que significa Verdade em hebraico, na sua fronte ou debaixo de sua língua e para desativá-lo, seu criador precisava apagar a primeira letra e transformar a palavra em Meth, que significa morte. Na lenda original, para desativá-lo, o preço custou muitas vidas, inclusive a de seu criador.
Lula criou um Golem e agora está tentando desativá-lo. Não vai ser fácil e, se a lenda estiver correta, isso irá custar muitas vidas. No meio desse caos político, Lula foi citado, na 14ª fase da Operação Lava Jato, como facilitador de negócios de empreiteiras fora do país. Mensagens interceptadas pela Policia Federal revelaram que o ex-presidente tinha o apelido carinhoso de “Brahma”, junto aos empreiteiros investigados.
Em um trecho da conversa gravada pela Polícia Federal, os executivos das construtoras falam sobre as diferenças do governo Brahma e da senhora atual que, segundo eles, tem um discurso fraco, confuso e falta carisma. O criador agora tenta se salvar da tormenta que bate à sua porta. Para isso, como sempre, vale tudo, até sacrificar sua criatura.
25 de julho de 2015
Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.
Reclamou de Dilma pela falta de notícias positivas e disse ter perguntado a ela quando tinha sido a última notícia boa para o país. Não teve uma resposta, o que mostrou a situação dramática atual do governo petista e do próprio Partido dos Trabalhadores. Evidente que Lula está tentando de todas as formas sair mais uma vez como uma vítima ao invés do grande articulador e responsável pela situação atual.
Essa sua posição lembra a história do Golem na cabala judaica. O Golem era um ser artificial e sem vontade própria, criado para satisfazer as vontades de quem o criou. Embora sem inteligência, ele podia executar tarefas simples. O problema era que, repentinamente, ele ficava sem controle, se tornava muito perigoso e desativá-lo, era tarefa muito difícil, mesmo para os maiores rabinos e cabalistas.
Na tradição esotérica, o Golem tinha a palavra Emeth, que significa Verdade em hebraico, na sua fronte ou debaixo de sua língua e para desativá-lo, seu criador precisava apagar a primeira letra e transformar a palavra em Meth, que significa morte. Na lenda original, para desativá-lo, o preço custou muitas vidas, inclusive a de seu criador.
Lula criou um Golem e agora está tentando desativá-lo. Não vai ser fácil e, se a lenda estiver correta, isso irá custar muitas vidas. No meio desse caos político, Lula foi citado, na 14ª fase da Operação Lava Jato, como facilitador de negócios de empreiteiras fora do país. Mensagens interceptadas pela Policia Federal revelaram que o ex-presidente tinha o apelido carinhoso de “Brahma”, junto aos empreiteiros investigados.
Em um trecho da conversa gravada pela Polícia Federal, os executivos das construtoras falam sobre as diferenças do governo Brahma e da senhora atual que, segundo eles, tem um discurso fraco, confuso e falta carisma. O criador agora tenta se salvar da tormenta que bate à sua porta. Para isso, como sempre, vale tudo, até sacrificar sua criatura.
25 de julho de 2015
Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário