A vontade de aproveitar a onda para aparecer – e de “melhorar” o estado de espírito do país – é grande. Não bastassem as sandices perpetradas por agências de “classificação de risco” estrangeiras, que, como já demonstramos muitas vezes aqui, não tem a menor moral nem credibilidade para prever, auditar, ou classificar coisíssima nenhuma, é preciso também conviver com simulacros tupiniquins desses autênticos simulacros externos, que não resistem à tentação de se meter a “gato mestre”.
Uma certa Austin Rating – com esse nome o leitor tende a se perguntar se está situada no Texas e como, ainda, nunca ouviu falar dela – que se identifica como “a primeira empresa nacional a “conceder” ratings no país – e já adverte, em sua apresentação, ter desenvolvido e trabalhar com “metodologia própria” – e que seu “processo é eficiente, porque atinge os seus objetivos, concedendo sempre uma opinião fundamentada em fatores quantitativos e qualitativos” (sic) – acaba de rebaixar a nota creditícia do Brasil em moeda estrangeira.
O Brasil, em pleno processo de recuperação de superávits no comércio exterior, do alto de 2.346 trilhões de dólares de PIB (World Bank), 370 bilhões de dólares em reservas internacionais (Bacen), e de sua condição de terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos (USA treasury) penhoradamente, agradece.
25 de julho de 2015
Mauro Santayana
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