(Estadão) A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 25, operação para investigar suspeitas de que o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), recebeu “vantagens indevidas” do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, ligado ao PT, e de empresas que mantêm “relações comerciais” com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição é subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pasta que o petista comandou de janeiro de 2011 a fevereiro de 2014.
Na semana passada, a PF solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de inquérito para investigar Pimentel, que, por ser governador, possui direito a foro privilegiado na corte. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em 19 endereços do Distrito Federal e de três Estados (SP, RJ e MG), entre os quais um antigo escritório particular do governador em Belo Horizonte.
Os policiais chegaram por volta das 7h e deixaram o local levando um malote e um computador. O escritório fica em um prédio na Rua do Ouro, bairro Serra, região centro-sul da capital mineira. A cerca de 50 metros, do outro lado da rua, está o edifício em que Pimentel mora com sua mulher, Carolina de Oliveira. O casal não vem utilizando o Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador.
Nos documentos da operação, batizada de Acrônimo, a PF sustenta que as provas colhidas até agora “sinalizam” a participação de Pimentel e da primeira-dama de Minas em atos que “podem configurar corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro”.
26 de junho de 2015
in coroneLeaks
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