"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

GOVERNOS MILITARES DE 1964 A 1985

         ALGUNS NÚMEROS DOS GOVERNOS MILITARES NO BRASIL
Tem gente que não vai gostar do que vai ler!

- Restabelecimento da autoridade por 21 anos;
- Criação de 13 milhões de empregos;
- A Petrobrás aumentou a produção de 75 mil para 750 mil barris/dia de petróleo;
- Estruturação das grandes construtoras nacionais;
- Crescimento do PIB de 14%;
- Construção de quatro portos e recuperação de outros 20;
- Criação da Eletrobrás;
- Implantação do Programa Nuclear - Criação da Nuclebrás e subsidiárias;
- Criação da Embratel e Telebrás (antes não havia orelhões nas ruas nem se falava por telefone entre os Estados);
- Construção das Usinas Angra I e Angra II;
- Desenvolvimento das Indústrias Aeronáutica e Naval (em 1971 o Brasil foi o 2º maior construtor de navios do mundo); 
- Implantação do Pró-álcool em 1976 (em 1982, 95% dos carros no país rodavam a álcool); 
- Construídas as maiores hidrelétricas do MUNDO: Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipú (imagine nosso país, hoje à beira de apagões energéticos, sem a "obra faraônica" de Itaipú);
- Brutal incremento das exportações, que cresceram de 1,5 bilhões de dólares para 37 bilhões; o país ficou menos dependente da venda de café, cujo valor das exportações passou de mais de 60% para menos de 20% do total;
- Rede de rodovias asfaltadas passou de 3 mil para 45 mil Km
- Redução da inflação galopante com a criação da Correção Monetária, sem controle de preços e sem massacre do funcionalismo público;
- Fomento e financiamento de pesquisa: CNPq, FINEP e CAPES;
- Aumento dos cursos de mestrado e doutorado;
- INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM;
- Criação do FUNRURAL - a previdência para os cidadãos do campo;
- Programa de merenda escolar e alimentação do trabalhador;
- Criação do FGTS, PIS, PASEP;
- Criação da EMBRAPA (70 milhões de toneladas de grãos);
- Duplicação da rodovia Rio-Juiz de Fora e da Via Dutra;
- Criação da EBTU;
- Implementação do Metrô em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza;
- Criação da INFRAERO, proporcionando a criação e modernização dos aeroportos brasileiros (Galeão, Guarulhos, Brasília, Confins, Campinas - Viracopos, Salvador, Manaus); 
- Implementação dos Pólos Petroquímicos em São Paulo (Cubatão) e na Bahia (Camaçari)
- Investimentos na prospecção de petróleo no fundo do mar que redundaram na descoberta da bacia de Campos em 1976
- Construção do Porto de Itaquí e do terminal de minério da Ponta da Madeira na Ilha de S. Luís no Maranhão;
- Construção dos maiores estádios, ginásios, conjuntos aquáticos e complexos desportivos em diversas cidades e universidades do país;
- Promulgação do Estatuto da Terra, com o início da Reforma Agrária pacífica;
- Polícia Federal;
- Código Tributário Nacional;
- Código de Mineração;
- Implantação e desenvolvimento da Zona Franca de Manaus;
- IBDF - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal;
- Conselho Nacional de Poluição Ambiental;
- Reforma do TCU;
- Estatuto do Magistério Superior;
- INDA - Instituto de Desenvolvimento Agrário;
- Criação do Banco Central (Dezembro de 1964);
- SFH - Sistema Financeiro de Habitação;
- BNH - Banco Nacional de Habitação;
- Construção de 4 milhões de moradias;
- Regulamentação do 13º salário;
- Banco da Amazônia;
- SUDAM;
- Reformas Administrativa, Agrária, Bancária, Eleitoral, Habitacional, Política e Universitária;
- Ferrovia da Soja;
- Rede Ferroviária ampliada de 3 mil e remodelada para 11 mil Km;
- Frota mercante de 1 para 4 milhões de TDW;
- Corredores de exportações de Vitória, Santos, Paranaguá e Rio Grande;
- Matriculas do ensino superior de 100 mil em 1964 para 1,3 milhões em 1981;
- Mais de 10 milhões de estudantes nas escolas (que eram realmente escolas);
- Estabelecimentos de assistência médico sanitária com crescimento em números de 6 para 28 mil;
- Crédito Educativo;
- Projeto RONDON;
- MOBRAL;
- Asfaltamento da rodovia Belém-Brasília;
- Construção da usina hidrelétrica de Boa Esperança no Rio Parnaíba;
- Construção da Ferrovia do Aço (de Belo Horizonte a Volta Redonda);
- Construção da Ponte Rio-Niterói;
- Construção da rodovia Rio-Santos (BR 101);
- Construção da "Free-Way" Porto Alegre-Osório (100 Km em área de banhados);
- Impediram a implantação de uma guerrilha semelhante às "FARC" no Brasil;
- .......

Observe que muitas dessas realizações foram destruídas ou descaracterizadas após a "redemocratização", tendo sofrido, recentemente, tentativas de reconstrução sob nova paternidade. 
Fizeram a maior revolução industrial do Século XX, pegando um país com o 45º PIB do mundo, e 21 anos depois, entregaram aos civis com o 10º PIB do mundo.
O resultado posterior:

 

Vamos para 30 anos, sob autoridade civil e ainda estamos "correndo atrás", esperando para vermos alguma coisa útil construída no período.
 
E nem me venham com a conversa mole de que tudo o que foi feito "endividou" o país! O Canalha que governa "eçepaíz" desde 2003 (desde 2011 disfarçado de presidAnta) bradou ao mundo ter liquidado a dívida externa em fevereiro de 2008 - mentira reiterada em 2013 pela Vossa Governanta. Assim, a herança maldita dos militares não foi assim tão maldita!
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01 de abril de 2015
André Luiz
 
NOTA AO PÉ DO TEXTO
 
Pois é... Apesar de tudo o que de alguma forma enegreceu os anos da contrarrevolução, não se pode negar o salto desenvolvimentista que aconteceu no Brasil.
Não há dúvida de que a violenta resposta do regime autoritário aos grupos políticos clandestinos que ameaçavam a ordem constitucional, foi tão excessiva quanto o que praticou a esquerda. Se mais excessiva, sem sombra de dúvida, correspondeu ao maior poder que apresentava. Afinal era uma instituição militar, organizada, com todos os recursos bélicos disponíveis e um contingente muito superior, hierarquicamente preparado para o exercício da repressão.
"Anos de chumbo", sim, como pejorativamente foi classificada a reação militar, atendendo aos apelos da sociedade, manifestados na "Marcha da família com Deus pela liberdade".
 
 ***
 
(Eu era um universitário, correndo das tropas cavalarianas na Av. Rio Branco (no RJ), invadindo bares para escapar das bombas de gás lacrimogêneo e outros artefatos. Com alguns amigos universitários "desaparecidos" que integravam células clandestinas de alguns dos muitos "partidos" que "combatiam" com pedras e coquetéis molotof de fabricação caseira, as tropas que dissolviam movimentos e manifestações de estudantes, grevistas e sindicalistas. Éramos todos da "esquerda festiva", hoje já mais bem nutrida chamada de "esquerda caviar", ocupando postos no governo e ganhando ótimos salários, propinas e participando de grandes lances de corrupção.
Éramos revoltados com as notícias de repressão, censura e tortura. Éramos leitores do jornal Opinião, edições difíceis de serem encontradas nas bancas. Dos livros de autores de esquerda, volta e meia retirados das livrarias,  e nos divertíamos com o humor do Pasquim gozando o regime. Era o tempo ingênuo das camisetas com a imagem do Che, para afrontar, exibir a discordância, demonstrando a absoluta ignorância das atrocidades que ele praticou, a ignorância de um regime cubano fascista e genocida, ainda hoje no poder com mais de meio século de barbárie).
 
***
 
Podemos não concordar - por valores políticos, humanitários e cristãos - com as torturas que foram praticadas. Mas o fato em si, não compromete completamente o que representou a quebra de uma pretensa revolução comunista, ideologicamente orientada por alguns países, principalmente por Cuba, que ofereceu treinamento de guerrilhas a vários "comandantes" das muitas organizações esquerdistas.
Também não pode isentar-se as esquerdas, de variadas tendências, das práticas de tortura, de violência de toda ordem, de ações terroristas que vitimaram pessoas inocentes que estavam no lugar errado, na hora errada.
Hoje, depois da malograda tentativa de subverter a ordem estabelecida, usam os recursos da infiltração gramscistas nas escolas, universidades, sindicatos e outras organizações, com doutrinas e pregações ideológicas, elegendo objetivos muito claros como o conflito entre grupos sociais, aparelhando todas as instituições do  Estado com simpatizantes da nova ordem, imprópria ou eufemisticamente chamada de "socialismo do século XXI", capa do que já foi faz pouco tempo, o tal bolivarianismo, ou chavismo, hoje inteiramente desacreditado e fracassado, apesar do insistente ativismo do Foro de São Paulo.
O grande problema de toda essa situação em que o país está mergulhado, decorre de uma constituinte (1988), que se comprometeu em apagar o autoritarismo do regime recém aberto, deixando-se infiltrar pelo ressentimento da derrota.
O texto das realizações do regime militar não deixa dúvidas sobre a herança que plantou, a ordem que estabeleceu, ainda que os "ressentidos" pretendam apropriar-se de parte do espólio.
m.americo

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