"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

TOMARA QUE PIZZOLATO VOLTE PARA ATERRORIZAR OS PILANTRAS MENSALEIROS

Ou: Roberto Barroso, o falastrão do caso Battisti. Ou: O Brasil ficou com um criminoso italiano, mas acho que a Itália não quer um criminoso brasileiro…

A Corte de Cassação da Itália, a mais alta instância da Justiça daquele país, autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, ex-gerente de marketing do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e sete meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Notem: o que fez o tribunal foi afirmar que a extradição é possível. 

A decisão cabe ao governo, mais especificamente ao ministro Andrea Orlando, da Justiça. A questão só chegou à alta corte do país porque Pizzolato tem dupla nacionalidade. No Brasil, quem andou a dizer sandices foi o ministro Roberto Barroso, relator do processo do mensalão no Supremo. Por que afirmo isso? Vamos lá.

Indagado a respeito do caso, Barroso afirmou o seguinte: “Se houve uma condenação, e a Itália não entregar Pizzolato para que a pena seja cumprida no Brasil, certamente haverá uma sensação de impunidade. Pior do que uma sensação de impunidade: haverá um fato real e concreto de impunidade já que há uma decisão transitada em julgado”.

Sim, eu concordo com o ministro. Mas quem é ele para falar?
Antes de chegar ao Supremo, Barroso foi advogado de Cesare Battisti, o terrorista que conseguiu refúgio no Brasil por obra do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Battisti, membro de um grupo de extrema esquerda chamado Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. 
O criminoso fugiu para a França, que decidiu extraditá-lo. Seus advogados recorreram à Corte Europeia contra a extradição. Perderam. O bandido fugiu, então, para o Brasil.

Em 2009, Tarso Genro, ministro da Justiça, lhe concedeu refúgio político — embora Battisti tenha sido condenado na Itália por crime comum. Em sua justificativa, o petista escreveu uma das peças mais patéticas da história. Afirmou, o que é escandalosamente mentiroso, que Battisti tinha sido vítima de um julgamento de exceção, durante os chamados “anos de chumbo”. A expressão designa o tempo em que a Itália enfrentou tanto o terrorismo de extrema esquerda como o terrorismo de extrema direita. Ocorre que, atenção!, jamais deixou de ser uma democracia.

O governo da Itália pediu a sua extradição, e a questão chegou ao Supremo. O grande e midiático defensor de Battisti, na fase final do julgamento, foi justamente Barroso. 
O Supremo tomou, então, uma das mais escandalosas decisões de que se tem notícia, prestem atenção: considerou, sim, ilegal o refúgio concedido ao italiano, mas disse que caberia ao presidente da República dar a palavra final, nos termos do Tratado de Extradição. Lula fez o quê? Concedeu o refúgio — contra o tratado. 

O Supremo voltou a se pronunciar. Consideraram a decisão de Lula ilegal os ministros Gilmar Mendes, Ellen Gracie e Cezar Peluso. Viram a decisão do petista como ato de soberania de estado Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio. Ou por outra: seis ministros consideraram que o presidente é soberano para tomar uma decisão ilegal.

Agora volto a Barroso. Perguntaram a ele se o caso de Pizzolato não era semelhante ao de Battisti. Ora, é claro que é! Com duas diferenças: o terrorista não tinha dupla cidadania e cometeu crime de morte. O ministro, claro, negou a semelhança: “Não há nenhum tipo de analogia possível, nem muito menos eu imaginaria que uma democracia madura como a italiana, com instituições consolidadas, teria a preocupação de retaliar numa situação como essa”.

Espero que não! Espero que o governo da Itália não decida ficar com um criminoso brasileiro, assim como o governo do Brasil decidiu ficar com um criminoso italiano. Até porque não seria retaliação, mas burrice.
Torço para que Pizzolato volte e aterrorize os pilantras mensaleiros. Quanto ao ministro Barroso, dizer o quê? Deveria ser menos falastrão. 

13 de fevereiro de 2015
Reinaldo Azevedo

NOTA AO PÉ DO TEXTO

E lá vem mais merda jogada no ventilador... Não terminará nuinca, enquanto se prender um mensaleiro, a merda será espalhada, emporcalhando o Brasil.
Não cabe mais a farsa dos santarrões, que posam de políticos, mas que na verdade, são criminosos organizados em bandos vorazes, valendo-se do dinheiro pungado para compra consciências, comprar notícxias alentadoras de que tudo é mentira, comprar eleições para perpetuar a sujeira, com máscara de homens públicos.
É de uma indignidade sem par, os alcoviteiros de toda essa bandalha, que comandará à sombra, toda essa falcatrua.
Afrontaram cinicamente a Constituição, aparelharam a máquina do Estado para escapar das malhas da 'justiça' sem risco, e posaram para retratos que ficará para a posteridade, nas paredes das instituições.
Grosseiramente, transformaram o país num lodaçal de corrupção.
Não sei se atônita, ou omissa, a nação continua autorizando a bandalha, com mandatos que se repetem... Até quando?
"QUOSQUE TANDEM ABUTERE... ETC... ETC... ETC ..."

m.americo

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