"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

É DIFÍCIL ACHAR ALGO BOM SOBRE O BRASIL, DIZ FINANCIAL TIMES




Com os juros a 12%, o Brasil parece um bom lugar para qualquer investidor que esteja olhando as taxas negativas da zona do euro, afirma o jornal britânico “Financial Times”. 
Os problemas econômicos e políticos do país, no entanto, trazem uma perspectiva diferente, diz a publicação. “O pior: uma das causas tem sido a incompetência do governo em lidar com a corrupção na Petrobras”, diz o editor e colunista de investimento da publicação, James Mackintosh, em vídeo publicado no site do jornal sob o título “Brasil fica muito mal”.
O “FT” afirma que a queda do real frente ao dólar nos últimos dias mostrara que a moeda “não estava madura para ser colhida”, e que os investidores já estão contabilizando os riscos com o recente movimento que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Enquanto isso, a estagflação e os problemas políticos podem fazer com que o país tenha sua nota de crédito rebaixada”, diz Mackintosh. Também há preocupação, diz ele, sobre por quanto tempo o Banco Central continuará tentando controlar o câmbio por meio de programas de swap.
MERCADOS EMERGENTES
“Os problemas do Brasil são extremos”, afirma, “mas suas dificuldades são parte de uma reversão ampla” dos motivos que estavam incentivando os investidores a irem para os mercados emergentes até alguns anos atrás.
Ele lembra que, há alguns anos, o preço das commodities estava subindo, o dólar estava particularmente barato, e o programa de estímulo monetário dos Estados Unidos incentivava investidores a buscar retornos mais altos fora dos EUA. Agora, o crescimento fora dos EUA está desacelerando, os preços das commodities estão em queda, e o dólar vem ser recuperando rapidamente, transformando os mercados emergentes em um grupo “não atraente”, diz.
“Mesmo assim, a escala da queda do real parece extrema”, afirma o colunista, que questiona se agora seria a hora de “comprar Brasil”.
RISCOS ALTOS
“Com a economia em dificuldades (…), a política brasileira em tumulto, os riscos raras vezes pareceram tão altos”, diz. “Por outro lado, é difícil encontrar alguém com algo bom a dizer sobre o país. Não seriam necessárias muitas boas notícias para ver o real se recuperar rapidamente”.
“Infelizmente, pode facilmente haver notícias piores a caminho, tanto para a economia quanto para a política, já que o trabalho de limpar a Petrobras mal começou”.
13 de fevereiro de 2015
Deu no G1

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