"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

GOLDMAN E GRAZIANO NÃO ME REPRESENTAM

Representam a Oposição que renasceu com Aécio? Certamente não!
 
São de uma completa falta de sintonia com a sociedade as declarações de Alberto Goldman e Xico Graziano contra as manifestações de rua ocorridas no dia de ontem. Os dois não têm delegação popular e representatividade para desqualificar dezenas de milhares de pessoas que foram às ruas.

Não falam pela Oposição, muito menos pelo eleitor do PSDB. Não concordam com algumas teses defendidas pelos manifestantes? Têm direito. Mas não podem colocar todos os opositores no mesmo saco para desqualificar este movimento espontâneo surgido depois que as urnas foram abertas.

A Oposição nunca teve o suporte de gente na rua e isso indica que o discurso do PSDB mobilizou as pessoas. Os dois infelizes tucanos deveriam ouvir Ronaldo Caiado, eleito senador pelo DEM, em sua entrevista dada para a revista Veja:

Nós temos que fazer oposição aqui no plenário da Câmara ou do Senado com preparo, com grandes debates, desmistificando o governo. Mas isso é insuficiente. Nós não podemos perder esse momento de afloramento das pessoas espontaneamente foram para as ruas e espontaneamente declararam apoio ao Aécio Neves.
O apoio era a uma ideia. Essa ideia hoje anti-PT é uma ideia real no Brasil. Nós não podemos desativar o processo político nesses quatro anos, senão, não sobreviveremos em 2018. Nossa militância tem de tomar conhecimento da necessidade de estar na discussão político-eleitoral e buscar adesão à tese em que o Brasil pode ter outro modelo de governo: um governo aberto para outros países desenvolvidos do mundo, não ficar com essa política rasteira de Bolívia, Venezuela, Argentina, porque isso só faz deteriorar a nossa imagem.
Nesse processo de quatro anos nós não podemos tirar o pé do acelerador. Nós temos que criar uma militância que tenha um preparo intelectual para debater. Não vai ter essa anestesia de hoje até a eleição. A oposição não vai renascer em 2018 às vésperas da eleição.

Obviamente, ninguém tem o direito de cobrar de Aécio Neves que ele agasalhe um pedido de impeachment de Dilma, mas qualquer brasileiro pode exigir  que ele clame por investigações transparentes e completas dos crimes cometidos na Petrobras e do uso da máquina pública pelo PT e pela presidente da República na campanha eleitoral, que podem, sim, levar ao processo de impeachment.  

Ninguém tem o direito de exigir que Aécio Neves declare, peremptoriamente, que houve fraude nas eleições sem que provas concretas e incontestáveis sejam apresentadas, mas é importante, sim, que ele cobre respostas em nome do seu eleitorado, como vem fazendo o PSDB ao pedir auditoria no processo de contabilização dos votos da eleição presidencial.

As manifestações dos tucanos Alberto Goldman e Xico Graziano foram precipitadas e desrespeitosas em relação ao sentimento de justa revolta dos brasileiros que votaram em Aécio Neves. Dão munição para um processo de desqualificação das manifestações de ontem, comandado pelo PT com o auxílio de grande parte da Imprensa.

Que este pensamento não comprometa a solidariedade e apoio que Aécio Neves deve prestar aos manifestantes, que exercem um direito democrático e expressam a indignação dos brasileiros diante de tanta corrupção e do crescente aparelhamento da máquina pública. É o que se espera de um líder que teve 51 milhões de votos.
Que oriente os seus eleitores, mas que jamais os desrespeite como os dois infelizes tucanos desrespeitaram. 

04 de novembro de 2014
in coroneLeaks

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