"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

QUAIS SERÃO OS REFLEXOS DAS REVELAÇÕES DE PAULO ROBERTO COSTA NA CAMPANHA ELEITORAL?



Esta é a pergunta que se faz neste momento em que as revelações do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa alcançam enorme repercussão na imprensa e na mídia em modo geral. Isso a partir da reportagem que a revista Veja publicou na edição de sábado que se encontra nas bancas. Na proposta que formulou de delação premiada com a redução de sua pena, Paulo Roberto Costa relacionou nominalmente diversos políticos importantes como envolvidos no esquema de corrupção que funcionava na Petrobrás e incluía grandes empresas empreiteiras.
O episódio vem comprovar que campanhas eleitorais não se decidem somente com base em projeções estatísticas frias e baseadas em números de eleições anteriores e a transferência possível de votos de um candidato para outro. Nada disso. De repente explode um fato imprevisto capaz de alterar o rumo dos confrontos. Não quero com isso dizer que a atitude do ex-diretor da estatal vá influir na conquista ou perda deste ou daquele candidato em matéria de intenções de voto nas urnas de outubro. Daí porque coloco a pergunta, cuja resposta as próximas pesquisas do Datafolha e do Ibope irão responder.
Vamos nos próximos dias entrar na reta final da campanha cujo início verifica-se sempre a duas semanas do pleito. É quando as disputas assumem o caráter de competição esportiva e atingem a emoção dos eleitores e eleitoras. Nesse período valem pouco os resultados anteriores revelados pelas urnas de quatro anos atrás, destacando-se a importância do desempenho dos três candidatos reais ao Palácio do Planalto ao longo do horário eleitoral gratuito e dos debates que vão se desenrolar nas emissoras de televisão.
DEBATE NA TV GLOBO
Entre esses debates ressalte-se o peso do confronto a ser promovido pela Rede Globo na noite de 3 de outubro, 48 horas antes das urnas do dia 5. A audiência, pela força do canal, será elevada e a avaliação dos eleitores sobre o desempenho de Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves poderá se tornar decisiva para a escolha dos dois finalistas no confronto marcado para 26 de outubro.
Os demais candidatos, está evidente, não possuem a menor chance de se aproximar dos três primeiros, mas terão que ser convidados a participar, em pé de igualdade, pelo que determina a lei eleitoral, lei 9504/97. Neste ponto cabe uma explicação: são 11 as candidatas e candidatos, porém a lei condiciona a obrigatoriedade de participação nos debates ao fato de serem eles de partidos que possuam representação no Congresso Nacional. Caso contrário a determinação não se estende a eles. Por este motivo os debates realizados até agora na Rede Bandeirante e no SBT reuniram somente 7 candidaturas.
Enfim, este é o quadro que se apresenta como decisivo no final da atual campanha. A escolha para o segundo turno vai depender do desempenho de Dilma, Marina e Aécio no primeiro.
 

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