"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 25 de maio de 2014

HORA DE MUDAR

     

 


Os partidos políticos estão se preparando para a disputa de outubro, priorizando a organização e a solução prática dos problemas de todas as campanhas.
Pela ordem, faz-se prioritariamente necessário o dinheiro para a compra de apoios e para pagamento dos marqueteiros da vez, que se aplicarão em produzir ideias, dourar currículos e criar motivações para tornar os candidatos interessantes ao eleitor.

Ainda são custos a engenharia que movimentará a usina de fofocas e futricas que rechearão as redes sociais, os programas de TV e rádio e o papelório, com frases de efeito, fotos maquiadas e promessas cujo cumprimento têm sido, há décadas, apenas um detalhe. 
Poucas encenações se tornaram mais molestas do que as campanhas eleitorais dos nossos tempos.
 
Enfadonhas e incômodas na sua maioria, desrespeitosas e chocantes outras tantas, fazendo-se necessário, entre várias demandas empoeiradas na prateleira, que seja repensada a forma de preenchimento dos mandatos políticos e sua alternância.

Há um descompromisso tão grande do eleitor para com o processo eleitoral que não é incomum a qualquer um de nós não saber em quem votamos nos últimos pleitos e porque assim escolhemos.
O voto virou uma opção irresponsável, mecânica, mera obrigação formal cujo exercício não nos deixa o direito de cobrar coisa alguma dos eleitos.

Não citemos nomes mas façamos uma análise do Senado, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas e das câmaras municipais.
São instituições vergonhosas, com pouquíssimas exceções de seus membros. A produção do Poder Legislativo no Brasil é lamentável; as iniciativas são mínimas e as que se apresentam são quase sempre medíocres. Procure saber o que fez do mandato o senador, os deputados e o vereador que você elegeu. Uma miséria, uma indigência. E, claro, uma inconsequência de nossa parte porque somos quem os escolheu.

ELEIÇÃO POLÊMICA

 
Teremos uma das mais polêmicas e, espera-se, renovadoras eleições dos últimos tempos no Brasil. Como ainda não foi aberto o período eleitoral, os candidatos não podem fazer campanhas.
Como já se sabe quem serão, quando provocados eles não deixam de apresentar suas plataformas. Há candidatos à reeleição para o governo em vários Estados brasileiros.
 
Andando pelo país, é comum ver tais candidatos à reeleição prometendo que a prioridade de seus mandatos será a educação, ou a saúde ou a segurança, ou as três juntas, como se só agora tivessem tomado conhecimento dos problemas que vivemos nesses segmentos, os seus eleitores e suas famílias. Cara de pau ou desrespeito ao eleitor.
Alguns disputam sua reeleição; outros tiveram cargos ou responsabilidades administrativas nos governos que estão se encerrando. Por que não fizeram, ou fizeram pouco, ou se exerceram sem qualidade e compromisso quando estiveram sentados nos gabinetes com poder, com a caneta na mão e a autoridade que suas eleições lhes outorgou?
 
Dos protestos das ruas se aproveitam os vândalos, os saqueadores, os bandidos. É a face nociva, criminosa e estúpida dessas manifestações. Outros, contudo, têm identidade, consciência e vontade de mudança. Se houvesse legitimidade de nossos partidos e representatividade dos nossos políticos, você acredita que tais manifestações teriam ganhado a densidade que ganharam?
A sociedade quase sempre elege bandalhos, criminosos, gângsteres, bandidos e se conforma. Mas reclama quando a turba protesta, depreda, afronta. Quem não quer ver esse cenário se agravar, que vote com responsabilidade. Outubro está aí.

(transcrito de O Tempo)

25 de maio de 2014
Luiz Tito

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