"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O MUNDO QUE SE ESTRUMBIQUE...

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A ONU apresentou sexta-feira mais um daqueles relatórios sobre o aquecimento global, agora “tomando redobrados cuidados para recuperar a credibilidade perdida” desde que um hacker divulgou, em 2009, e-mails trocados entre os cientistas que indicavam ter sido empregadas doses cavalares de “matemática criativa” para forçar conclusões alarmistas no relatório de 2007.
 
E, no entanto, as conclusões desta nova edição têm destaques tais como:
  • se antes a certeza de que o aquecimento é provocado por humanos era de 90%, agora é de 95%;

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  • se na edição anterior calculava-se que os oceanos subiriam entre 18 (nem 17, nem 19) e 59 centímetros (nem 58, nem 60) até 2100, agora eles subirão entre 26 e 82 centímetros, sendo o espaço entre a 1a e a 2a hipóteses de quase quatro vezes, como da vez anterior;
  • se a temperatura até 2100 ia subir “entre 1,1 e 6,4 graus” (6 vezes de diferença, incluídas as casas centesimais), agora vai subir “entre 0,3 e 4,8 graus” (16 vezes entre a mínima e a máxima!)…
Nunca me canso de me fascinar com esse negócio!

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Se antes de 2009 havia dúvidas, depois tornou-se uma certeza que a história do aquecimento global tinha virado uma indústria e era isso que explicava o ibope que o tema dava. Era uma daquelas palavras mágicas que abriam, ao mesmo tempo, os cofres das instituições internacionais a toda e qualquer “pesquisa” que incluísse “aquecimento global” como seu objeto, e a cabecinha travada dos  jornalistas de manada sempre presa ao atávico pavor de pensar só com os miolos e correr o risco de ser fulminado por um “quiéquiéisso companheiro”.

Mas agora isso acabou e mesmo assim continuam gastando zilhões de bits e toneladas de papel com esse bestialógico.

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Veja bem: eu não sou um eco-cético, como chegaram a chamar todos quantos apresentavam reações lúcidas a essa história. Não duvido, mesmo, que o globo possa até estar a se aquecer em função da interferência humana.

A minha questão é outra. A minha questão é: e daí?

É evidente que a metástese da espécie humana é uma doença potencialmente terminal do planeta, e eu poderia invocar toda a minha experiência de observador ultra especializado da natureza para apresentar as provas que indicam que assim é.

Mas não é necessária especialização nenhuma. Qualquer idiota pode ver, a esta altura, que o planeta não tem condições de sustentar 7 a 8 bilhões de pessoas nos níveis de consumo necessários para uma vida digna para todos e, ao mesmo tempo, manter a bio-diversidade que sustenta a renovação da vida
.
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Mais que isso. Não dá pra manter essa gente toda e ter, ao mesmo tempo, sequer um ambiente minimamente higiênico e salubre.

Agora, cretinice maior ainda só pretender que dá pra sustentar essa gente toda sem industria, agro-indústria, combustíveis fósseis, geração de energia com dano ambiental e defensivos agrícolas; pretender que da pra sustentar essa gente toda sem a destruição de todos os biomas naturais, sem o envenenamento paulatino de todos os fluidos de que depende a continuação da vida na Terra e tudo mais que está óbvio que já está acontecendo.

É claro que é urgentemente necessário tomar uma providência quanto a tudo isso, sendo a única providência que pode produzir efeitos remover a causa do problema, ou seja, reduzir fortemente as taxas de natalidade e a quantidade de seres humanos comendo e “obrando” por aí.

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Porque então continuam gastando trilhões de dólares para fazer contas imbecis sobre a temperatura de daqui a 100 anos e ninguém fala em controle de natalidade quando já está óbvio que nos afogaremos em lixo ou, na melhor hipótese, morreremos de tédio olhando uns para a cara dos outros como única e solitária espécie sobrevivente neste planeta que já foi tão interessante, muito antes de chegar lá?

Porque essa discussão infindável sobre apenas um dos efeitos e nenhuma palavra sobre a causa do problema?

E eu mesmo respondo: pela mesma razão pela qual o PT investe bilhões em juntar gelo (de consumo sustentado com moeda falsa) em torno dos termômetros que medem a febre da miséria nacional mas não investe um tostão em educação, a única forma de removê-la de uma vez para sempre.

Porque o que esse pessoal quer é voto e verba e não soluções. O mundo que se estrumbique depois que eles terminarem a festa deles “”.

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