"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 22 de setembro de 2013

JORNALISMO DE "M..."


Não dá para não registrar. Hoje temos três exemplos de jornalismo de "m...": Mônica, Miriam e Merval.  E todos eles se relacionam com um quarto: o "m" de Marina.
 
Pelo twitter,  em 17 de setembro, Miriam Leitão deu destaque à defesa feita pelo marido, Sérgio Abranches, ao partido de Marina Silva: "bloqueio à democracia".
 
Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, sai hoje com uma entrevista defendendo José Dirceu, pela enésima vez, ouvindo um jurista que nega a teoria do domínio do fato, mas sem ouvir outro que a considere perfeita para julgar o Mensalão. Não dá o contraponto. Não é jornalismo. É uma jornalista em defesa de um quadrilheiro condenado pelo STF. E que toma esta atitude diuturnamente.
 
Miriam Leitão, em sua coluna em O Globo, sai em defesa do partido de Marina Silva, usando a mesma estratégia dos seus mais radicais militantes: os cartórios estão perseguindo a Rede, não reconhecendo assinaturas, mesmo que esta seja a lei que valeu para todos os outros partidos formados nos últimos anos. A colunista de economia do jornal carioca chega a ser lamuriosa no seu pedido para que a Justiça ceda lugar aos puros e cândidos interesses da Rede, como se Marina Silva não fosse um exemplo do que existe de mais esperto na política brasileira. Muito mais esperta que o Paulinho da Força Sindical que apresentou as assinaturas exigidas para fundar o seu Solidariedade.
 
Por fim, Merval Pereira também entra no "movimento suprapartidário de apoio à REDE Solidariedade, o partido que a ex-senadora Marina Silva tenta criar". E relata os índices de rejeição em cidades petistas, sugerindo que exista um movimento partidário contra a fundação do partido, para que a sua dona não enfrente Dilma Rousseff em 2014. Ao final da sua coluna, Merval vaticina: "a previsão é que haja uma forte disputa judicial caso o registro do novo partido seja recusado." Sabe que não vai. Sabe que Marina irá para o PEN e deixará todos os que acreditaram no seu projeto com o pincel na mão.
 
Este jornalismo de "m..." , cujos exemplos foram postos acima, continua sem  fazer uma efetiva checagem nas assinaturas recusadas, indo aos cartórios para verificar se as críticas contra o rigor são fundadas ou não. Preferem acreditar  piamente em Marina Silva, como se ela fosse um símbolo de pureza. Não aprenderam, ainda, que é justamente em cima desta imagem que Marina Silva cometeu os  maiores desatinos no Ministério do Meio Ambiente e promete uma perseguição implacável contra a agropecuária, o setor que sustenta a combalida economia brasileira. Que a lei seja cumprida. Cartoraço não.
 
22 de setembro de 2013
in coroneLeaks

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