Cristãos estão sendo massacrados na Nigéria por jihadistas Fulani e Boko Haram e ao que parece ninguém está nem aí para eles.
A mais excruciante perseguição destes cristãos indefesos, que somam a metade da população da Nigéria, vem ocorrendo principalmente no norte do país, de maioria muçulmana, governada pela Lei Islâmica (Sharia).
Os estados conhecidos como “Cinturão do Meio”, que perfazem uma zona de transição entre os estados do norte e do sul, também sofrem com a perseguição aos cristãos.
O diretor regional da ICC da África, Nathan Johnson, que recentemente esteve na Nigéria, ressaltou ao Gatestone Institute que essa violência que deixa rastros de morte e dor começou há menos de 20 anos:
“A bem da verdade ela começou em 2001, após violentos distúrbios envolvendo muçulmanos e cristãos na região do Planalto deixarem mais de mil mortos e inúmeras igrejas destruídas. Também houve quebra-quebras que deixaram rastros de morte e destruição em 2008 e 2010 e a tensão entre as duas comunidades vem recrudescendo desde então.”
Johnson observou que a atual violência, que vem piorando desde o início de 2017, “é um tanto diferente, na medida em que se configura em uma série de ataques dirigidos contra comunidades cristãs cujo objetivo é expulsar os agricultores e tomar as terras para os pastores”.
Ele ressaltou que a hostilidade faz parte de um conjunto complexo de fatores: sócio-econômico (pastor versus fazendeiro), étnico (principalmente Fulani versus todo mundo exceto os Hauças) e religioso (muçulmano versus cristão), no entanto:
“O governo nigeriano e a grande mídia minimizaram o fato dos muçulmanos radicais estarem massacrando comunidades cristãs na Nigéria. Eles preferem retratar a crise como se fosse um confronto entre duas comunidades étnicas ou socioeconômicas que estão matando uns aos outros, muito embora quase 80% das vítimas sejam cristãs.”
Johnson salientou:
“Os cristãos da Nigéria são tratados como cidadãos de segunda categoria nos doze estados do norte onde a Lei Islâmica (Sharia) rege. Eles são vitimizados das mais diferentes maneiras. Meninas cristãs são raptadas e forçadas a se casarem com muçulmanos. Pastores são sequestrados para pedir pagamento de resgate. Igrejas são profanadas ou totalmente destruídas.”
E completou:
“Os cristãos que encontrei na minha última visita à Nigéria, os que sofreram tanto nas mãos dos Fulani quanto nas do Boko Haram, têm esperança que pessoas ao redor do mundo os tenham em mente e orem por eles. Muitos não têm alimentos, água e abrigo, porque foram expulsos de suas terras para cidades onde não há como cultivar ou encontrar trabalho. Centenas de milhares de crianças cristãs espalhadas pelo país não têm como frequentar a escola porque seus pais não têm recursos para pagar, não têm acesso a ela ou temem que seus filhos sejam atacados ou sequestrados a caminho do estabelecimento de ensino ou na própria sala de aula.”Artigo escrito po Uzay Bulut, jornalista da Turquia, Ilustre Colaboradora Sênior do Instituto Gatestone.
Adaptado da fonte: Gatestone Institute
07 de maio de 2019
renova mídia
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