Chamado “Fome de Justiça: os crimes contra a humanidade na Venezuela”, o documento aponta violações “constantes” do direito internacional e dos direitos humanos por parte do regime chavista.
A ONG Anistia Internacional divulgou nesta terça-feira (14) um relatório que acusa a ditadura de Nicolás Madurode “crimes contra a humanidade”.
O documento ressalta o “alto nível de coordenação entre as forças de segurança estaduais e nacional”:
“As execuções extrajudiciais seletivas, as prisões arbitrárias e os mortos e feridos provocados pelo uso excessivo da força por parte do governo de Nicolás Maduro no âmbito de uma política sistemática de repressão, ao menos a partir de 2017, podem constituir crimes contra a humanidade.”
Segundo a ONG, a natureza de ataques realizados em janeiro, em termos de comportamento, número de vítimas e circunstâncias geográficas, mostra que “as autoridades venezuelanas cometeram crimes contra a humanidade e devem responder em um órgão judiciário independente e imparcial”.
Segundo a ISTOÉ, a Anistia ainda recomenda que o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas crie uma comissão de inquérito para apurar violações na Venezuela:
“A procuradoria da Corte Penal Internacional, que iniciou um exame preliminar sobre a Venezuela no começo de 2018, também deve levar esses eventos em conta. […] Pedimos a todos os Estados que mostrem com urgência seu inequívoco apoio às vítimas destes eventos e que garantam que esses crimes não fiquem impunes.”
15 de maio de 2019
enova mídia
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