No maior cemitério de Caracas, capital da Venezuela, a maioria dos túmulos foram saqueados. Cidadãos desesperados buscam joias, dentes de ouro ou até mesmo ossos, que podem ser vendidos para uso em rituais.
A emissora britânica BBC conversou com parentes de familiares enterrados no Cementerio del Sur, o maior cemitério de Caracas. O local agora precisa ser vigiado para evitar que os túmulos sejam vandalizados por saqueadores.
“Eu venho aqui toda semana, ou a cada duas semanas. Eu continuo vigiando. Eu me preocupo que um dia ela vá embora “, disse Eladio Bastida, cuja esposa está enterrada no cemitério.
“Quando eu a enterrei, você poderia andar por aqui. Mas ultimamente você mal consegue chegar ao túmulo, porque todos os túmulos foram abertos e os restos foram retirados”, acrescentou.
Os saqueadores priorizam encontrar jóias, dentes de ouro e restos de ossadas, que podem ser vendidos para uso em vários rituais.
Os danos causados são tão grandes que os trabalhadores do cemitério frequentemente não conseguem consertar as sepulturas.
Os ladrões saqueiam não apenas os túmulos das pessoas comuns, mas também os de figuras históricas, como o romancista e ex-presidente venezuelano Rómulo Gallegos.
10 de abril de 2019
renova mídia
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