"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

GUEDES ALEGA QUE CAPITALIZAÇÃO NO BRASIL NÃO ADOTAR[A O SISTEMA QUE FRACASSOU NO CHILE

Resultado de imagem para protestos no chile com capitalização
No Chile, repetem-se as manifestações contra a capitalização
O Ministério da Economia seguirá insistindo na campanha para a aprovação de um sistema de capitalização para a Previdência —apesar das fortes resistências que o assunto encontra no Congresso. Na capitalização, cada trabalhador tem uma conta individual, onde deposita uma porcentagem de seus rendimentos. Esse dinheiro é aplicado pelos gestores e funciona como uma poupança compulsória. Quando se aposenta, ele então pode fazer saques do dinheiro poupado, para se manter. 
ESTRATÉGIA – A ideia é mostrar que o modelo pretendido não é exatamente igual ao do Chile. Em primeiro lugar, porque ele não acabará com os regimes já existentes de aposentadorias e benefícios.
Nos materiais de propaganda da capitalização que estão sendo feitos pela pasta, está dito também que, ao contrário dos chilenos, os brasileiros terão garantido “salário mínimo, mesmo que a pessoa não consiga poupar o suficiente”.
NÃO DEU CERTO – No Chile, a maioria da população de idosos acabou recebendo a metade de um salário mínimo quando foi se aposentar —e o modelo agora está sendo revisto. “O Brasil não adotará o sistema chileno”, repisa o material do Ministério da Economia.
Um outro ponto crucial é que, no Chile, não há contribuição patronal para a aposentadoria —o empregado arca com tudo. “O trabalhador não contribuirá sozinho”, diz um dos materiais do ministério.
MAIA JÁ AVISOU – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já afirmou publicamente que, sem prever contribuição patronal, o projeto não anda no parlamento.
A pasta ainda estuda uma alternativa à contribuição dos empregadores. O ministro Paulo Guedes prefere um modelo que não onere a folha de pagamento das empresas —pois isso, diz ele, inibe a criação de novos postos de trabalho.
Uma das possibilidades é a criação de um tributo específico —por exemplo, sobre os dividendos das empresas.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Guedes vai lutar até o último round em defesa dos banqueiros. Mas os parlamentares já estão cientes dos maléficios que esse ultraliberalismo pode causar aos brasileiros. O modelo chileno foi exportado para vários países. Não deu certo em nenhum deles. Já foi abolido ou modificado em todos os países, exceto no Chile, mas o governo já decidiu alterá-lo devido às massivas manifestações nas ruas. Mesmo assim, Guedes insiste. (C.N.)

08 de abril de 2019
Mônica BergamoFolha

Nenhum comentário:

Postar um comentário