A votação de 28 de outubro será apenas o cumprimento de uma formalidade. O candidato Jair Bolsonaro (PSL) já ganhou a eleição com antecedência, até mesmo porque não há outro concorrente. Naquela odiada urna eletrônica, o que existe é a opaca despedida de Lula da Silva, aquele que proclamou que não era mais uma pessoa, pois já se tornara uma ideia. É verdade. Como se diz no Candomblé, Lula realmente se transformou numa “entidade”, hoje personificada por seu “cavalo”, que atende pelo nome de Fernando Haddad e já mostrou ser do tipo paraguaio, que não enfrenta o rojão na reta final.
Não há comparação entre os dois presidenciáveis. Bolsonaro é assessorado por um grupo de oficiais de quatro estrelas, a nata das Forças Armadas, enquanto Haddad está cercado pelo que restou da organização criminosa que assumiu o poder em nome dos trabalhadores, vejam só a que ponto chega o surrealismo político no Brasil.
ELEIÇÃO GANHA – Desde o primeiro turno a eleição está ganha. No exterior, os analistas políticos dão faniquito, achando que o Brasil pode ficar à mercê de uma direita radical e racista, no estilo Le Pen, mas não é nada disso. A política brasileira é uma grande maluquice e os estrangeiros decididamente não entendem nada. Nem mesmo os antigos brazilianistas, que tanto estudaram nosso país, conseguem captar a real visão do que está acontecendo.
A principal explicação para o fenômeno Bolsonaro é que os brasileiros cansaram de corrupção. Somente em segundo plano é que se pode considerar o fundamento ideológico de direita e esquerda, não existe esta dicotomia no Brasil. Nossa maioria silenciosa é rigorosamente de centro, até porque não entende nada de política.
MUITAS CRÍTICAS – Nos últimos dias, entre os comentários às matérias e artigos da Tribuna da Internet, surgiram muitas críticas injustas. Reclamam que estamos perseguindo o inatacável Paulo Guedes, para atingir Bolsonaro e favorecer o candidato do PT. Exigem que sejam denunciados os 32 processos a que Haddad estaria respondendo, querem que apontemos a presença de figuras altamente corruptas em volta do candidato petista, como Sérgio Gabrielli, Gleisi Hoffmann, Jaques Wagner e os que sobraram do tsunami da Lava Jato.
Calma, gente! O jornalismo é assim mesmo. Não existe jornalismo de adesão ao poder, chama-se a isso “assessoria de imprensa”, aqui na Tribuna da Internet isso jamais existirá.
Como a eleição já está ganha, o papel dos jornalistas agora é ficar de olho no governo Bolsonaro, para que não haja desvios manobrados por intrusos como Paulo Guedes, que possam prejudicar os interesses nacionais – do país e do povo.
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P.S. – Ainda bem que Bolsonaro tem os generais em seu governo. Confio mais no patriotismo deles do que nas intenções do próprio Bolsonaro. Quanto a Paulo Guedes, será ministro por pouco tempo (ou tempo algum), porque a investigação criminal é rápida, pode ser que ele seja denunciado antes mesmo da posse em 1º de janeiro. Mesmo que a investigação demore e Guedes assuma, não vai mandar em nada, porque o quartel-general estará de olho nele. (C.N.)
12 de outubro de 2018P.S. – Ainda bem que Bolsonaro tem os generais em seu governo. Confio mais no patriotismo deles do que nas intenções do próprio Bolsonaro. Quanto a Paulo Guedes, será ministro por pouco tempo (ou tempo algum), porque a investigação criminal é rápida, pode ser que ele seja denunciado antes mesmo da posse em 1º de janeiro. Mesmo que a investigação demore e Guedes assuma, não vai mandar em nada, porque o quartel-general estará de olho nele. (C.N.)
Carlos Newton
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