Conforme relatamos no artigo de quinta-feira, o problema central da criminalidade é o domínio do sistema carcerário pelas facções, através da cooptação dos agentes penitenciários e dos funcionários dos presídios. No Japão, para dominar a Yakuza, que era a mais bem organizada máfia do mundo, o governo teve de militarizar o sistema, com regras draconianas. Quando isso ocorrer no Brasil, logo se perceberá que é possível evitar a existência de celulares na prisão, de onde muitos chefões comandam o crime organizado.
No Brasil, essa solução só pode ser aplicada se o controle dos presídios for entregue aos militares, que promoveriam a substituição de todos os funcionários e agentes, com os novos servidores passando a trabalhar incógnitos, com os rostos encobertos por máscaras de cirurgia. E os presos seriam proibidos de levantar a cabeça para tentar reconhecê-los, exatamente como acontece no Japão.
PRISÃO ESPECIAL – A primeira prisão a funcionar nestes termos seria federal e destinada a abrigar os líderes de facções criminosas, que teriam penas severas e tratamento draconiano, com horários e normas rígidas, passando a maior parte do dia na cela, sem direito a prolongados banhos de sol ou a terem contato social com outros presos.
Este presídio destinado aos chefões seria o único do país em que os presos não trabalhariam. Em todos as outras penitenciários os detentos prestariam serviços, para receberem salários. Haveria colônias agrícolas e prisões industriais ou prestadoras de serviços, como mecânica e lanternagem de veículos públicos, fabricação e reparos de móveis e de outros itens. Além disso, os detentos de menor periculosidade seriam encarregados de trabalhar em obras urbanas e rurais, sob comando dos engenheiros militares.
Ao mesmo tempo, as leis contra o crime precisam ser mais rígidas, sem benesses, nem indultos de Natal e saídas para Dias das Mães. Somente presos de menor periculosidade poderiam usufruir desses benefícios. Seriam leis temporárias, já existentes desde o Direito Romano, para fases emergenciais, com agora se verifica.
MILITARES NO COMANDO – Todos os presídios seriam administrados por militares. As normas seriam rigorosas, os presos fariam exercícios físicos e ordem unida. Assim como no Japão, a alimentação seria de boa qualidade, para garantir a saúde dos detentos, mas sem excessos. E não existiram cantinas nos presídios, nem trafico de bebidas alcoólicas e drogas.
A meu ver, somente os militares podem aprimorar o sistema carcerário. Em pouco tempo se veriam os resultados, pois as facções criminosas, sem o uso de celulares nos presídios, ficariam desorganizadas, sem receber ordens dos chefões que estão cumprindo penas. A confusão seria tamanha que se destruiriam entre si, em chacinas que seriam verdadeiras faxinas.
Depois da aperfeiçoado o sistema carcerário, os militares então passariam a apoiar as forças de segurança na repressão ao crime organizado. Como não estamos em guerra, seria um serviço inestimável que os militares prestariam ao país. Mas quem se interessa?
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P.S. – Por piedade, não acusem o editor de ser militarista. Na verdade, sou comunista, mas respeito as outras ideologias e não consigo ser idiota, nem mesmo quando estou distraído. (C.N.)
P.S. – Por piedade, não acusem o editor de ser militarista. Na verdade, sou comunista, mas respeito as outras ideologias e não consigo ser idiota, nem mesmo quando estou distraído. (C.N.)
19 de maio de 2018
Carlos Newton
Mesmo assim não vai adiantar muito. As facções criminosas são mais poderosas. Qual instituição miniltar tem ministro no supremo?
ResponderExcluirPenso que o grande problema do país com relação ao crime, tanto organizado quanto o desorganizado, é a leniência dos sistema legal. Quanto ao sistema prisional, a falta de investimentos em presídios, que todos deveriam ser de 'segurança máxima' (uma expressão idiota), sem regalias e sem corrupção, seria parte da solução. Quanto a privatização e criação de colonias penais agrícolas, reio que poderia ser também um caminho.
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