No anexo 40 de sua delação premiada, o economista Carlos Miranda acusa o ex-secretário de Segurança José Mariano Beltrame de ter se beneficiado do esquema de corrupção de Sérgio Cabral. De acordo com o delator, de 2007 a 2014, Beltrame, que é delegado da Polícia Federal, recebeu um valor mensal de R$ 30 mil, recursos que teriam sido entregues à mulher dele, a professora de Educação Física Rita Paes.
O ex-secretário e sua mulher negam as acusações. A delação de Miranda foi homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
NAS MÃOS DO JUIZ – O conteúdo da delação de Miranda já foi encaminhado ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal. Durante dez anos (oito no governo Cabral e dois no de Luiz Fernando Pezão), Beltrame liderou a guerra contra o crime no Estado do Rio e foi o responsável pela implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP).
Até o momento, o delegado tinha passado incólume pelas investigações da Operação Calicute, versão da Lava-Jato no Rio, responsável pela prisão de Cabral em novembro de 2016.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Estava demorando a chegar em Beltrame, que no governo Cabral era uma espécie de Santo do Pau Oco. A diferença é que o delegado federal conhece as leis e sabe como encobrir seus malfeitos, como diria Dilma Rousseff. O então secretário Beltrame frequentava com a família a “Turma de Mangaratiba”, morou durante anos num apartamento de luxo em Ipanema, que pertence ao empresário Paulo Fernando Magalhães Pinto, amigo, ex-assessor, laranja e cúmplice de Sérgio Cabral. Era Paulo Fernando que mantinha em seu nome bens caríssimos de Cabral, como o iate luxuoso que ficava em Portobello. O imóvel onde morava Beltrame, localizado em Ipanema, Zona Sul do Rio, tinha um alto custo: aluguel de cerca de R$ 15 mil, mas Beltrame tinha os recibos dos supostos pagamentos. Sabe-se que o secretário também se envolveu em “malfeitos” nas compras de viaturas da Polícia, a imprensa noticiou fartamente à época. Agora, pode ter chegado a vez dele, se houver provas materiais. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Estava demorando a chegar em Beltrame, que no governo Cabral era uma espécie de Santo do Pau Oco. A diferença é que o delegado federal conhece as leis e sabe como encobrir seus malfeitos, como diria Dilma Rousseff. O então secretário Beltrame frequentava com a família a “Turma de Mangaratiba”, morou durante anos num apartamento de luxo em Ipanema, que pertence ao empresário Paulo Fernando Magalhães Pinto, amigo, ex-assessor, laranja e cúmplice de Sérgio Cabral. Era Paulo Fernando que mantinha em seu nome bens caríssimos de Cabral, como o iate luxuoso que ficava em Portobello. O imóvel onde morava Beltrame, localizado em Ipanema, Zona Sul do Rio, tinha um alto custo: aluguel de cerca de R$ 15 mil, mas Beltrame tinha os recibos dos supostos pagamentos. Sabe-se que o secretário também se envolveu em “malfeitos” nas compras de viaturas da Polícia, a imprensa noticiou fartamente à época. Agora, pode ter chegado a vez dele, se houver provas materiais. (C.N.)
29 de abril de 2018
Chico Otavio / Daniel Biasetto
O Globo
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