"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 11 de novembro de 2017

NOVO DIRETOR DA PF DECEPCIONA O PLANALTO E DIZ QUE AMPLIARÁ A LUTA ANTICORRUPÇÃO

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Segóvia diz que a ‘corrupção já  é sistêmica  
O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, avaliou nesta sexta-feira (10) à TV Globo que a corrupção no Brasil é “sistêmica”. Por isso, explicou, o objetivo é “ampliar” as operações de combate a esse tipo de prática. Segóvia assumiu o comando da PF nesta semana, substituindo Leandro Daiello, que estava no cargo desde 2011. A nomeação do novo diretor-geral já foi publicada no “Diário Oficial da União”.
“A Lava Jato, na realidade, é uma das operações de combate à corrupção no país. O que a Polícia Federal pretende é justamente ampliar, aumentar o combate à corrupção. Então, não será só uma ampliação, uma melhoria na Lava Jato, será em todas as operações que a Polícia Federal já vem empreendendo, bem como ainda ampliar, quer dizer, criar novas operações”, disse Segóvia nesta sexta.
AÇÃO CONJUNTA – “Pode ter uma única certeza: que a corrupção nesse país ela é sistêmica, mas existe a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e vários outros órgãos que combatem a corrupção nesse país, e a gente pretende continuar cada vez mais fortes nesse combate.”
As declarações foram dadas no Ministério da Justiça, logo após Segóvia assinar o termo de posse. A expectativa é que o novo diretor-geral da PF se encontre, ainda nesta sexta, com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Sobre a Lava Jato, disse o novo diretor: “Essa questão a gente está começando a trabalhar agora dentro de um processo de transição natural dentro da Polícia Federal. A Polícia Federal está tranquila, já tive reuniões com todos os atuais diretores, todos os atuais superintendentes regionais e todos estão tranquilos. A gente pretende continuar o trabalho da Polícia Federal e as mudanças serão feitas paulatinamente e, com certeza, sempre tem gente que está cansada e quer sair e tem gente que está nova e quer começar um trabalho. Então, é natural substituições.”
PRESSÃO POLÍTICA – “A política, na realidade, ela faz parte da vida do ser humano, então, como diretor- geral, eu tenho que realmente trabalhar politicamente com vários órgãos e várias instituições, o que não quer dizer que a gente não combata os crimes que são cometidos por pessoas. As instituições não cometem crimes, as pessoas cometem crimes”, assinalou Segóvia, acrescentando:
“O que a gente precisa, na realidade, é melhorar talvez a investigação, melhorar os focos nas investigações e, aí, combater melhor esse tipo de crime, combatendo na realidade a essência da corrupção. Nisso a gente vai, vamos dizer assim, trabalhar em parceria com o Ministério Público Federal e outras organizações para tentar melhorar esse combate.”
MOVIMENTAÇÕES – Desde que Segóvia foi anunciado novo diretor-geral da PF, algumas mudanças passaram a ser articuladas na corporação.
O diretor executivo da PF, Rogério Galloro, por exemplo, será o novo secretário nacional de Justiça. Galloro era o favorito do ministro da Justiça, Torquato Jardim, para assumir a Polícia Federal.
Para o lugar de Galloro, o nome mais cotado é o do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Vilmar Lacerda, que tentou se eleger deputado em 2014 pelo PMDB.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Nenhuma crítica ao Ministério Público, nenhum reparo ao apoio que a Receita Federal e outros órgãos dá à Lava Jato, nenhuma referência negativa às decisões da Justiça, nada, nada. E pelo contrário, o anúncio de que o combate à corrupção será intensificado. O Planalto e a chamada bancada da corrupção devem estar satisfeitíssimos com a troca do diretor-geral da PF… (C.N.)


11 de novembro de 2017
Ana Paula Andreolla
TV Globo, Brasília

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