"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 17 de setembro de 2017

TORQUATO TEVE DE MANTER DAIELLO, QUE ACUSOU TEMER DE SER O CHEFE DA CORRUPÇÃO

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Daiello deu impressionante demonstração de força
Enquanto Rodrigo Janot se despedia da Procuradoria Geral da República, o ministro Torquato Jardim anunciava que Leandro Daiello estava mantido no cargo de Diretor Geral da Polícia Federal, por coincidência na semana em que Daielo acusou o presidente Michel Temer de ser o chefe do bando da corrupção. Os repórteres Fábio Serapião e Vera Roda,  em O Estado de São Paulo de sábado, destacaram a iniciativa do titular da Justiça de assegurar a continuidade de Daiello. “Não me pareceu adequado que o diretor Geral da PF se afastasse agora” – ressaltou Torquato Jardim.
O Ministro da Justiça, se desejasse, poderia não dizer nada e assim manter Daielo no cargo. Mas no momento em que, com base no trabalho investigativo da PF, Rodrigo Janot encaminha a segunda denúncia de corrupção contra o presidente da República, seja qual for a interpretação do ato, ele inevitavelmente surpreende e se revela como mais um fator contrário ao governo.
UMA QUADRILHA – As acusações preparadas pela Polícia Federal não se restringem ao Presidente da República, na verdade estendem-se aos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, além de incluírem Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, o advogado José Yunes e outros personagens próximos a Michel Temer e que, de acordo com a Revista Veja que está nas bancas, formariam a Rede organizada da quadrilha.
A semana que se inicia terá grande reflexo político no destino do Palácio do Planalto. Quarta-feira o Supremo Tribunal Federal incluiu em sua pauta o julgamento de duas questões de alta importância: a primeira refere-se à petição do advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz, voltada para impedir que possa tramitar a denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente da República. O advogado Mariz de Oliveira não recorre contra o conteúdo da matéria e sim para impedir liminarmente sua apresentação. E o segundo julgamento é relativo à validade das provas decorrentes das delações de Joesley e Ricardo Saud, independentemente da manutenção ou não da impunidade dos executivos da JBS.
TEMAS POLÊMICOS – São matérias de alta sensibilidade, na medida em que reduzem o poder do procurador-geral da República e separam as delações dos delatores. Os delatores podem perder as vantagens obtidas por suas delações, porém as delações podem permanecer como provas materialmente válidas para o curso das ações criminais contra os corruptos e os corruptores.
O que o STF decidir marcará passo importante para o desdobramento da crise política que se apresenta cada vez mais intensa aos olhos e à consciência da população brasileira. Vale lembrar que, em matéria de delação, já ocupa espaço considerável a apresentada pelo ex-ministro Antonio Palocci contra o ex-presidente Lula. Este capítulo é mais um da série de crimes de corrupção que inundaram o país principalmente a partir de 2003, quando Luiz Inácio da Silva assumiu o Planalto em seu primeiro mandato.
RAPINA OFICIAL – A partir de Lula, foi instituído um profundo sistema de assalto ao patrimônio da União, causando imensos prejuízos ao povo brasileiro, que pagou muito caro pelos rumos adotados para roubar o dinheiro público. Porque as vultosas comissões pagas como suborno não saíram dos bolsos dos empresários. Pelo contrário. Estes elevaram os preços de seus contratos em valores várias vezes maiores que as comissões pagas.
O prejuízo, como sempre, foi do povo. O maior destes prejuízos encontra-se indiretamente no desemprego que atinge mais de treze milhões de brasileiros. Quanto custa o desemprego? Custa mais do que todas as propinas somadas.

17 de setermbro de 2017
Pedro do Coutto

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