"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

PT AGORA ESQUECE QUE O "QUADRILHÃO" DO PT ATUAVA SOB AS SUAS BARBAS

Da esq. para dir., os então ministro das Relações Institucionais Tarso Genro, deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o governador da Bahia Jaques Wagner (PT) durante encontro em que ficou acertado o ministério da Integração Nacional para Geddel Vieira, em Brasília, em 2007
Quem projetou Geddel foi o próprio presidente Lula
A segunda denúncia contra Michel Temer não deveria despertar tanto entusiasmo no PT. A acusação fragiliza o presidente, mas deixa claro que o “quadrilhão” do PMDB da Câmara deve parte de seus lucros aos governos Lula e Dilma.
O procurador Rodrigo Janot fez um breve histórico da aliança. Ela começa em 2006, quando o petismo teve que recompor sua base no Congresso depois da crise do mensalão.
ADESÃO TOTAL – O PMDB do Senado, comandado por Renan e Sarney, já era lulista desde criancinha. Faltava a ala da Câmara, que esperou o presidente se reeleger para negociar a adesão.
Os jornais da época registraram a euforia de Temer e seus amigos denunciados pela Lava Jato. “União assim, só para apoiar o Tancredo contra a ditadura militar”, celebrou o então deputado Henrique Eduardo Alves, hoje preso em Natal.
O primeiro fruto da aliança foi a nomeação de Geddel Vieira Lima, hoje na Papuda, como ministro da Integração Nacional. Ele impôs um pedágio de 3% nas obras da pasta, segundo as investigações. Parte do propinoduto ficou documentada no sistema Drousys, da Odebrecht.
E FOI CRESCENDO… – No segundo governo Lula, o “quadrilhão” ainda ocuparia a diretoria internacional da Petrobras, a presidência de Furnas e a vice-presidência de Loterias da Caixa, na qual se revezaram Moreira Franco e Geddel.
Com Dilma, Temer virou vice-presidente e passou a indicar os ministros da Agricultura e da Aviação Civil. A denúncia descreve a atuação de Moreira na concessão de aeroportos como “um verdadeiro escambo com a coisa pública”. Só a Odebrecht teria repassado ao menos R$ 11 milhões em propinas. As planilhas da empresa registram a entrega de dinheiro nos escritórios de Eliseu Padilha e José Yunes.
Na sexta-feira, o PT afirmou que Temer chefia um governo “corrupto e ilegítimo, que deve ser afastado o quanto antes”. Tudo bem, mas faltou explicar por que a turma faturou tanto sob as barbas do partido

19 de setembro de 2017
Bernardo Mello FrancoFolh

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