"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

'OPERAÇÃO ABAFA' TENTA INVIABILIZAR A LAVA JATO COM ATAQUES À HONRA DO JUIZ MORO


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Kakay caiu de paraquedas para caluniar o juiz Moro
Foi um fim de semana de pesadas investidas da “Operação Abafa” para inviabilizar a Lava Jato. No sábado, a revista “IstoÉ” saiu com mais uma espalhafatosa matéria visando a denegrir o procurador-geral da República, batendo na já desgastada tecla de que Rodrigo Janot investe contra o presidente Michel Temer e os caciques do PMDB, para tirar as atenções sobre os crimes do ex-presidente Lula e dos petistas. Chega a ser entendiante. Janot já está quase deixando o cargo na Procuradoria-Geral. Depois que ele sair, a revista parece que vai ficar sem assunto.
No domingo, foi a vez da Folha de S. Paulo, que teve o estranhíssimo privilégio de acesso a um “livro” que teria sido escrito por um advogado da Odebrecht para denunciar uma teoria conspiratória envolvendo um amigo do juiz Sérgio Moro, de forma a alegar que existiria corrupção entre os procuradores da República de Curitiba, vejam a que ponto chegam esses marqueteiros do mal.
FALA SÉRIO!!! – Se ainda estivesse entre nós, o humorista Bussunda certamente diria seu bordão favorito – “Fala Sério!!!”. O fato concreto é que, não mais que de repente, a Folha de S. Paulo ganhou de presente o texto de um livro que foi postado por engano na internet e logo retirado? A obra-prima teria sido escrita por Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, envolvido na Lava Jato e que está foragido na Espanha, mas não pode ser extraditado, por ter dupla cidadania.
Nesse futuro best-seller descoberto pela Folha, Duran afirmou que o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo pessoal e padrinho de casamento do magistrado que coordena a Lava Jato em Curitiba, propôs facilidade a ele em um acordo de delação premiada.
Não apresentou nenhuma prova. Pelo contrário, preferiu ir logo alegando que não podia apresentar as provas, porque as mensagens entre os dois teriam sido feitas num aplicativo que protege os criminosos e apaga tudo o que está escrito. Muito conveniente.
KAKAY EM AÇÃO – No mesmo domingo, mais uma aparição. O site da Folha reforça a explosiva reportagem contra o juiz Sergio Moro, dando conta de que o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay e defensor figuras ilibadas e intocáveis como Edson Lobão e Romero Jucá, afirmou que cabia pedir a prisão preventiva do magistrado de Curitiba.
Ao parece, o convívio de Kakay com esses clientes de alta periculosidade está prejudicando seu caráter, porque logo adiante teve de reconhecer que não cabe pedir a prisão de Moro, que seria a Piada do Ano, fácil, fácil.
Para quem não acredita em coincidência, foi um prato feito. Em menos de 24 horas, duas pancadas duras da Folha  no juiz Sérgio Moro, e uma delas foi “assinada” pela própria redação, dando como origem “De São Paulo”, embora Kakay estivesse em Brasília. Isso significa que o advogado brasiliense, ao invés de ser contatado pelos jornalistas da capital, que ele até conhece pessoalmente, preferiu entrar em contato direto com a direção da Redação da Folha em São Paulo. Por que isso?
“OPERAÇÃO ABAFA” – Ora, esse tipo de armação fede à distância. É uma velha técnico de advogados que não têm argumentos para defender os clientes envolvidos em crimes flagrantes. No desespero, a única alternativa que encontram é criar fatos e espalhafatos para denegrir a honra dos acusadores e dos juízes.
Lembremos que recentemente o procurador-geral Rodrigo Janot já foi chamado de “trôpego” (sinônimo de bêbado), anunciaram que será candidato ao governo de Minas e foi ofendido como “o mais desclassificado” dos membros do Ministério Público Federal, na opinião do ministro Gilmar Mendes, um dos mentores da “Operação Abafa” e que também escreveu em uma decisão do Supremo que os procuradores de Curitiba são “trêfegos barulhentos”.
Agora, até o seríissimo juiz Moro entra na roda dos Kakays da vida promíscua que caracteriza Brasília. A atuação do festivo advogado mostra que ele é  capaz de tudo e até se intromete num assunto que lhe é completamente alheio, pois não defende ninguém que esteja sendo julgado pelo juiz Moro. Mas Kakay fez questão de aparecer em cena e foi logo pedindo a prisão preventiva do magistrado, e isso demonstra que o ilustre causídico precisa procurar o mesmo psiquiatra de Gilmar Mendes.
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P.S. – Como se vê, está mais do que comprovada a denúncia do ministro Luís Roberto Barroso, no sentido de que a “Operação Abafa”, além de ter sido montada pela cúpula dos três Poderes da República, já conta também com a ajuda providencial de órgãos da imprensa. É público e notório que a crise econômica e a internet estão atingindo duramente os veículos de informação, mas seria conveniente que tentassem manter um mínimo de dignidade(C.N.)

28 de agosto de 2017
Carlos Newton

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