"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

CPI DECIDE COMO INVESTIGAR OS EMPRÉSTIMOS DO BNDES ÀS EMPREITEIRAS E À JBS

Resultado de imagem para bndes charges
Charge do Humberto (Arquivo Google)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com empresas brasileiras, visando sua internacionalização, aprovou um plano de trabalho dividido em três etapas. Junto com o plano foram aprovados os primeiros requerimentos que vão guiar o início dos trabalhos.
A CPI vai promover audiências públicas com especialistas, depois passará às oitivas e finalmente à conclusão dos trabalhos, com a elaboração do relatório do senador Roberto Rocha (PSB-MA).
OUVIR TÉCNICOS – “Apresentamos os primeiros requerimentos. A comissão estabeleceu como plano de trabalho, nos primeiros 15 dias, ouvir técnicos. Trazer luz para o debate. O calor vai ficar para depois, o calor ideológico. Tentamos evitar que o calor ideológico viesse já no primeiro dia, porque se trata, primeiramente, de ouvir técnicos de todas as áreas”, afirmou Rocha.
Já causaram polêmica um requerimento convocando várias autoridades como o procurador Ivan Marx, que atuou na Operação Bullish, investigando a relação da JBS com o BNDES, e a inclusão no plano de trabalho da investigação de acordo de delações premiadas envolvendo empresas que têm relações com o banco, como as empreiteiras da Lava Jato e a JBS.
INTIMIDAÇÃO – “Está ficando claro que é uma CPI para intimidar o Ministério Público”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Para ele, além de constranger membros do Ministério Público, a CPI tem o intuito de rever o instituto das delações premiadas.
“Está ficando claro que está em curso uma ação de intimidação da ação do Ministério Público e da mais importante colaboração premiada que está em curso hoje e que envolve o presidente da República”, afirmou.
Roberto Rocha nega que seja esse o objetivo e alega que “o Ministério Público, claro, tem quadros técnicos capazes de contribuir com o melhor desempenho da nossa comissão parlamentar de inquérito”. Segundo ele, assim como MP, também foi convidado um técnico do Tribunal de Contas da União, entre outras autoridades, para colaborar com a CPI como especialista.
REVER OS CONTRATOS – Outro requerimento aprovado na CPI foi o que estabelece acesso a todos os contratos do BNDES com empresas desde 1997 e, inclusive, aos contratos que foram negados. Para o senador Ronaldo Caiado, isso vai permitir analisar os critérios de escolha do banco sobre quais empresas seriam beneficiadas.
“No momento em que se decidiu que o foco do banco seria essa internacionalização, queremos saber quais foram os critérios que separaram os projetos aprovados de outras empresas que não tiveram a mesma sorte. Isso vai ser importante para fazer uma ligação sobre benefícios concedidos pelo governo, financiamento de campanhas e envolvimento com irregularidades”, afirmou o senador.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Vai ser interessante saber que o Programa Mais Médicos foi criado para possibilitar que Cuba tivesse recursos para pagar ao BNDES pela obra do Porto de Mariel, um contrato feito sem aval financeiro, a garantia foi dada pelo Ministério da Fazenda do Brasil. Acredite, se quiser(C.N.)


18 de agosto de 2017
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)

Nenhum comentário:

Postar um comentário