"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

PAULINHO DA FORÇA AVISA A TEMER QUE OS PROTESTOS ESTÃO SÓ COMEÇANDO


Resultado de imagem para dia do trabalho em são paulo
Ato da Força Sindical “bombou” em São Paulo
A greve geral de sexta-feira (28), “a maior paralisação da história do Brasil”, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), pode ter sido só o começo. “Se o governo não entendeu, vai ter mais”, afirmou o parlamentar nesta segunda-feira (dia 1), na festa da Força Sindical para o Dia do Trabalho.
Presidente da Força, uma das maiores centrais sindicais do país, Paulinho integra a base governista e foi um apoiador de primeira hora do impeachment de Dilma Rousseff (PT) – na votação da Câmara, fez uma paródia de “Para Não Dizer que Não Falei de Flores”, de Geraldo Vandré (“Dilma, vai embora que o Brasil não quer você/Leve o Lula junto e os vagabundos do PT”).
CENTRAIS UNIDAS – Agora, a Força Sindical junta-se a outras centrais historicamente alinhadas ao Partido dos Trabalhadores, como a CUT, no repúdio às reformas trabalhista e previdenciária defendidas pelo presidente Michel Temer.
Faria tudo de novo, disse. “Não me arrependo [de apoiar a saída de Dilma]. A crise é muito profunda, comeu 8,5% de R$ 6 trilhões de PIB nos últimos anos.”
Ele defende uma “reforma civilizada”. O problema, segundo o deputado, é que “a crise deveria ser dividida”, mas, do jeito que as reformas foram colocadas, “são os trabalhadores que pagam”. E pergunta: “Cadê a participação dos banqueiros? Sexta foi só o pontapé.”
CONTRA A MARÉ – As propostas de Paulinho vão contra a maré governista. Ele sugere, por exemplo, que a idade mínima para se aposentar seja de 58 anos para mulheres e 60 para homens. A equipe econômica de Temer defende piso de 65 anos para todos.
O próprio Paulinho está na lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal. Entre as suspeitas que pairam sobre ele: segundo delação de ex-executivos, a Odebrecht bancou eventos do Dia do Trabalho organizados pela Força. Em troca de pagamentos, o sindicalista também teria ajudado a empreiteira a desmobilizar greves nas regiões Norte e Nordeste.
“Nenhum problema. Foi um patrocínio como o de qualquer outra empresa”, afirmou Paulinho sobre o suporte financeiro da Odebrecht.

01 de maio de 2017
Anna Virginia BalloussierFolha

Nenhum comentário:

Postar um comentário