Será que o acordo judicial pretendido pelo ex-ministro Antonio Palocci, caso venha se confirmar, poderá mesmo ser denominado de “a delação do fim do mundo”? Tenho minhas dúvidas, pelo que já foi documentado na delação da Odebrecht, principalmente dos donos, pai e filho. Entretanto, o mundo não caiu, pelo que se vê na continuidade das ações delitivas, que recuaram, mas não cessaram de vez.
Depois de tanta sujeira que veio à tona, sua excelência o povo continua inerte, amorfo e inodoro. A greve geral, fraca, demonstra que o povo está em acelerada desilusão com seus homens públicos, incrustrados nas entranhas dos três poderes.
E AS INSTITUIÇÕES? – Não é possível imaginar que os mecanismos de controle do Estado – no Legislativo, no Executivo e no Judiciário – tenham deixado passar tanta corrupção, sem uma punição adequada, a ponto da consequência do desvio geral e irrestrito ser também a falência de Estados e Municípios, pois no Rio de Janeiro o novo prefeito Marcelo Crivella já fala abertamente que a partir de setembro não haverá dinheiro para pagamento do salário dos servidores municipais.
Creio que a delação de Palocci será direcionada para seu público interno, o PT e o PMDB, mas o golpe de mestre desta vez atingirá o sistema financeiro, até aqui deixado de lado por investigadores e delatores. Essa delação de Palocci será fogo no paiol.
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OBS: Não considero delator como herói nacional, pelo contrário, trata-se de fazer confissão para conseguir um benefício que não é oferecido às centenas de milhares de presos pobres do sistema carcerário nacional. (R.N.)
OBS: Não considero delator como herói nacional, pelo contrário, trata-se de fazer confissão para conseguir um benefício que não é oferecido às centenas de milhares de presos pobres do sistema carcerário nacional. (R.N.)
01 de maio de 2017
Roberto Nascimento
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