"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

DESEMPREGO CRESCE, REVELANDO QUE A POLÍTICA SOCIAL DE TEMER NÃO ESTÁ FUNCIONANDO


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Charge do Arionauro (arionaurocartuns.com.br)
Reportagem de Luciane Carneiro e Carla Almeida, O Globo de sábado, revela que o desemprego cresceu no país, passando a envolver 14 milhões e 200 mil trabalhadores, um crescimento de um milhão e duzentos mil no período de um ano do atual governo. Portanto, o rumo adotado pelo Planalto não está conduzindo a um resultado positivo. Se estivesse produzindo efeitos favoráveis, o contingente de desempregados teria recuado e não avançado. Acertos têm que ser feitos para que o plano de governo alcance resultados positivos.
Pelo contrário, o desemprego aumentou para 13,7% da mão de obra, agravando o mercado de compras e freando as perspectivas que seriam de se esperar com as ações do atual governo. Mas não.
INSATISFAÇÃO – Em 2016, o desemprego era de 12%. Cresceu para 13,7% este ano. A insatisfação é geral. Basta conferir os protestos que marcaram a greve do dia 28. Exageros à parte, como foi o caso da destruição de vários ônibus no Rio e outros atos de vandalismo em outras cidades, o movimento trouxe consigo o grau de insatisfação e insegurança que envolve o mercado de trabalho.
A reportagem de O Globo divide a evolução do desemprego por trimestre a partir de 2012. Vem subindo gradativamente e o percentual que era de 7,9% da mão de obra ativa saltou para 13,7%. Uma escalada negativa que aflige todos os trabalhadores do país, pressionados pela retração do consumo e ameaçados por uma reforma previdenciária que reduz o valor das aposentadorias e por uma reforma trabalhista que reduzirá salários.
PREVIDÊNCIA – No debate sobre a Previdência, tem-se sustentado que os funcionários públicos, em matéria de aposentadoria, têm direitos muito mais amplos do que os celetistas. Mas os que sustentam esta tese omitem um aspecto fundamental: os celetistas, quando se aposentam, levam consigo os saldos do FGTS. Os funcionários públicos não têm direito ao FGTS. Eis aí um aspecto a ser colocado na balança.
Mas não é só esta a questão. O problema é muito mais amplo atingindo tanto os empregados particulares quanto os servidores públicos. Neste caso encontra-se o fato dos salários do funcionalismo, serem reajustados abaixo da inflação oficial.
Tudo isso causa a reação popular contrária às ações do atual governo. Isso porque, perdendo para os índices oficiais de correção, todos os assalariados na realidade estão sofrendo redução em seus vencimentos.
EXAGEROS DEPLORÁVEIS – Há motivo suficiente para que reajam na prática cometendo (no caso dos ônibus) exageros deploráveis. Mas excessos à parte, há uma insatisfação coletiva ampliada por uma sensação de perspectiva negativa que expõe as massas trabalhadoras a reagir contrariamente ao governo.
Certamente, os acontecimentos desta sexta-feira sofreram influência de sindicatos politicamente atingidos pelo fim do imposto obrigatório. Porém, não houvesse um clima de insatisfação no panorama, os sindicatos não teriam a capacidade de mobilização que ocorreu no Rio e São Paulo, principalmente.
O governo precisa, essencialmente, mudar de rumo e ir ao encontro das reivindicações dos trabalhadores. Não realizando tal mudança de rumo, o fracasso vai se fazer sentir e criar no país novas legiões de desempregados.

01 de maio de 2017
Pedro do Coutto

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