"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de janeiro de 2017

O SILÊNCIO DE TEMER E O BRASIL ABANDONADO




Resultado de imagem para PRISOES SUPERLOTADAS
Estão reclamando que o presidente Michel Temer não disse uma palavra a respeito do massacre de Manaus, quando até o Papa pediu orações para as famílias dos massacrados. Realmente, o chefe do governo bem que poderia ter lamentado ou prometido que de agora em diante tudo vai ser diferente. Só que não adiantaria nada. Os 56 mortos estão sendo enterrados, as cadeias continuam privatizadas e as diversas entidades criminosas permanecem mandando nos presídios. O que poderia Temer fazer?
Primeiro, mudar o ministro da Justiça. Alexandre de Moraes chegou atrasado na capital do Amazonas. Se a Polícia Federal tinha sido avisada, a informação perdeu-se no trajeto até Brasília. Alguém foi responsável pela inação.
A intervenção federal no sistema penitenciário dos Estados também seria oportuna, porque não apenas o governador amazonense tem sua parcela de culpa. Os demais governadores também, sem exceção. Todos aceitaram a privatização dos estabelecimentos penais, em maior ou menor grau. Deixaram de investigar os efeitos dessa ação celerada onde atuam grupos econômicos empenhados em receber centenas de milhões dos cofres estaduais, sem contribuir para a recuperação da massa carcerária. Pelo contrário, ampliam o número de presos amontoados nas prisões porque recebem  por internação.
ENFRENTAR O CAOS – Poderia o presidente da República, também, apelar para a participação do Ministério Público e do Poder Judiciário para enfrentar o caos que os Estados não conseguem debelar.
Em suma, nem só da reforma da Previdência Social e de outras reformas o palácio do Planalto deveria cuidar.  Existe um outro Brasil à margem, abandonado, dentro e fora das penitenciárias.

07 de janeiro de 2017
Carlos Chagas

Nenhum comentário:

Postar um comentário