"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de janeiro de 2017

MASSACRES EM PRESÍDIOS

MORTES MOSTRAM FALTA DE CONTROLE DAS AUTORIDADES, DIZ ENTIDADE INTERNACIONAL
HUMAN RIGHTS WATCH AFIRMA QUE SISTEMA PRISIONAL PRECISA DE REFORMA 'PROFUNDA E URGENTE'

A ORGANIZAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS DISSE QUE AS MORTES NÃO SÃO ACIDENTAIS E RESSALTA A GARANTIA DE RESSOCIALIZAÇÃO DOS DETENTOS (FOTO: EBC)


A morte de 33 presos na Penitenciária Agríciola de Boa Vista (PAMC), em Roraima, nesta sexta-feira, 6, demonstra mais uma vez a falta de controle das autoridades brasileiros sobre o que acontece dentro dos presídios, disse a ONG Human Rights Watch. O massacre em Roraima acontece quatro dias após a morte de 60 detentos em duas penitenciárias de Manaus.

A advogada Maria Laura Canineu, diretora no Brasil da Human Rights Watch, disse que as mortes "não são acidentais". "Resultam de décadas de negligência das autoridades brasileiras. O sistema prisonal precisa de uma reforma estrutural profunda e urgente que passa pela ampliação das alternativas à prisão, garantia de assessoria jurídica para os presos e eliminação dos atrasos judiciais injustificados", disse em nota.

Ela disse ainda que é necessário que o Estado garanta a ressocialização por meio de programas educacionais e de trabalho, e cumpra a legislação internacional e nacional sobre a separação dos presos.

E ressalta que os episódios em Roraima e Manaus demonstram a necessidade de o país revisar sua "política retrógada de drogas". "Que resulta no encarceramento de milhares de pessoas por quantidades pequenas de drogas", concluiu Maria Laura.

A organização de direitos humanos tem trabalhado mais diretamente com as prisões brasileiras desde os assassinatos em série no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, em 2013. (AE)



07 de janeiro de 2017
diário do poder

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