O colunista Lauro Jardim, revela que o doleiro Marcelo Chebar, um dos delatores nesta nova fase da Operação Calicute, em um de seus depoimentos ao Ministério Público Federal, afirmou que chegou a fazer pagamentos a um treinador de cavalos da Hípica carioca, onde João Pedro Cabral, filho de Sérgio Cabral, fazia seus treinamentos de equitação.
E tudo isso começou em 1995 quando o então deputado estadual Sérgio Cabral assumiu a presidente da Assembléia Legislativa e passou a ter delírios de riqueza, resolveu transformar o filho João Pedro Cabral num campeão de hipismo e conseguiu que ele passasse a ter aulas da Sociedade Hípica Brasileira, na Lagoa.
AULAS NA BÉLGICA – O rapaz levava jeito e Cabral chegou até a mandar que ele fosse tomar aulas com Rodrigo Pessoa, na Bélgica, tudo pago com propinas, é claro. Aqui no Rio, João Pedro venceu alguns torneios, mas acabou desistindo do hipismo e preferiu fazer carreira de playboy, enturmando-se com os milionários que frequentam o sofisticado Itanhangá Golf Club.
Em 17 de novembro, com a prisão do pai, João Pedro sumiu de circulação e três dias depois mandou retirar os 12 cavalos de pólo que mantinha no clube Itanhangá Golf Club. Os animais foram levados para um haras na Serra Fluminense, segundo informações são de Maurício Lima, da Veja.
JOGANDO POLO – João Pedro é filho de Suzana Neves, ex-mulher do governador Sérgio Cabral, prima do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Sem jamais ter trabalhado antes, foi nomeada assessora especial do presidente da Assembleia, Jorge Picciani, onde ela ganha quase R$ 15 mil mensais sem aparecer na Assembléia.
João Pedro, o filho playboy, é sócio do Itanhangá desde 2013, quando passou a integrar o time de polo do clube. Os atletas que praticam o esporte têm normalmente entre sete e dez cavalos da raça puro-sangue inglês, segundo reportagem da revista Época. Cada animal custa de R$ 30 mil a R$ 50 mil. Mas o playboy João Pedro não media gastos e mantinha 12 puros-sangues nas estrebarias do clube. Gente fina é outra coisa, como se dizia antigamente.
28 de janeiro de 2017
Carlos Newton
Carlos Newton
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