O mundo realmente dá muitas voltas. Em tempos de ‘Lava Jato’, essas voltas tem alcance inimaginável. Marco Antônio Neves Cabral, tido como um garoto ‘gente boa’ e carismático, era visto como o herdeiro de um grande contingente eleitoral no Rio de Janeiro e um nome forte no PMDB para futuras eleições majoritárias. Mesmo com o desgaste do pai, o grupo político, que mais tarde se revelaria uma ‘organização criminosa’, acreditava no potencial do rapaz. Mas a vida ultimamente não tem sido benevolente com o deputado.
O pai, outrora um homem poderoso, que lhe deu o mandato de presente, está preso, sem a mínima perspectiva de sair do xilindró. Contra Sérgio Cabral pesam três mandados de prisão preventiva. A madrasta, Adriana Ancelmo, também deverá ficar na prisão por um longo período.
A mãe e o tio (irmão de Sérgio) foram conduzidos coercitivamente pela Polícia Federal para prestar depoimento, nesta quinta-feira (dia 26), suspeitos de participação no esquema criminoso.
SOB AMEAÇA – O próprio Marco Antônio, deputado de apenas 26 anos de idade, pessoalmente pode estar implicado nas falcatruas. Há poucos dias, ele foi exonerado do cargo de secretário de esporte, lazer e juventude do Rio de Janeiro. Ele ocupou o cargo durante as Olimpíadas do Rio.
A demissão faz com que vá finalmente para Brasília exercer o mandato para o qual foi eleito e que, pelo visto, será o único em sua provável curta carreira política.
28 de janeiro de 2017
Amanda Acosta
Jornal da Cidade Online
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