"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 18 de dezembro de 2016

XÔ, AGOURENTA DO SERINGAL: RESPEITE A CONSTITUIÇÃO!



Marina Silva já bota as asinhas de fora novamente e sugere eleições ou a renúncia de Temer, contando, obviamente com a vitória nas urnas. Não, o Brasil não merece mais uma semialfabetizada na presidência:

Um dos nomes mais fortes para a sucessão do presidente Michel Temer, segundo pesquisas de opinião, a ex-ministra Marina Silva (Rede) diz que o governo do peemedebista não conseguiu superar a crise nascida na gestão Dilma Rousseff.

As soluções seriam uma alteração na lei para a realização de novas eleições diretas ou a renúncia de Temer. “Poderá fazê-lo. Mas isso depende de cada um. É dele”, disse Marina, ao Estado. Apesar disso, a ex-ministra defende a política econômica do governo e a Lava Jato que, para ela, tem feito uma reforma política na prática.

Com o fraco resultado nas eleições municipais, a Rede é uma plataforma viável para sustentar um projeto eleitoral nacional?

Para mim seria um partido mais do que adequado até porque neste momento de profundo descrédito na política a Rede vem sendo esta tentativa de tentar atualizar a política. Neste momento de política de terra arrasada em que há uma desconstrução quase que completa das velhas estruturas, é o momento de fazer uma espécie de garimpo de aluvião para ver o que é que sobra de cada partido e em todos os setores da sociedade para pensar um projeto de país.

Como a Lava Jato influencia na renovação da política?

A Lava Jato criou um novo marco legal. Se conseguirmos institucionalizar estas conquistas em relação à magistratura e à Justiça estaremos fazendo uma reforma política na prática porque a Lava Jato mostra como fazer para que aqueles que só têm interesse em negócios escusos percam o interesse pela política.

Existe risco à continuidade das investigações?

Em uma entrevista coletiva eu disse que o impeachment poderia fazer com que todos se juntassem para tentar debelar a Lava Jato. Hoje, na prática, isso está acontecendo. Ficou muito claro no episódio da votação das 10 medidas contra a corrupção no Congresso. Hoje, partes significativas do PT, do PSDB e do PMDB estão juntos na mesma operação de tentar arrefecer a Lava Jato.

A senhora vê alguma atuação direta do governo Temer neste movimento?

Vejo que quando a base do governo se mobiliza para deturpar as 10 medidas é no mínimo conivente. Quantos investigados continuam no governo. Saiu um ministro (senador Romero Jucá, Planejamento) que surgiu em uma das delações e foi ser líder do governo no Senado. Isso vai na contramão daquilo que a boca fala.

A senhora convidaria o juiz Sérgio Moro ou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa para integrar a Rede?

Moro está fazendo e o ministro Barbosa fez um trabalho tão relevante que qualquer envolvimento deles futuramente com a política será um ato deles, no tempo deles, se assim desejarem. Acho que até pela necessidade de que este trabalho não seja confundido com ação política ninguém que deseja ver prosperar a Lava Jato fará qualquer movimento nesta direção. É o momento de não criar nenhuma armadilha.

O Brasil vive uma crise institucional?

O que está sustentando o Brasil, graças a Deus, é o povo brasileiro e as instituições. No entanto estamos no limiar desta crise. Nunca estivemos numa situação tão tênue como estamos agora. O episódio do presidente do Senado (Renan Calheiros) se recusando a cumprir uma decisão da mais alta Corte do País foi algo muito difícil. Não consigo imaginar nos EUA alguém se recusando a cumprir uma ordem da Suprema Corte. Não consigo ver a Suprema Corte da Inglaterra reformando uma representação institucional para se adaptar a uma pessoa. (Continua OSP).



18 de dezembro de 2016
blog do orlando tambosi

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