Uma das gráficas faturou milhões e depois foi fechada |
A Polícia Federal cumpre nesta terça (27) mandados de busca e apreensão nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviços à campanha da chapa presidencial de Dilma Rousseff-Michel Temer na campanha de 2014.
Os mandados estão sendo cumpridos nas sedes das empresas em São Paulo. A operação foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e investiga se a campanha foi financiada com dinheiro público desviado.
A força-tarefa que trabalha no caso identificou indícios de “fortes traços de fraude e desvio de recursos” na prestação de contas das gráficas.
Localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a Focal Confecção e Comunicação Visual foi a segunda maior fornecedora da campanha de Dilma e tem motorista como sócio.
A empresa recebeu R$ 24 milhões da campanha, só ficando atrás da companhia do marqueteiro João Santana, destinatária de R$ 70 milhões, de acordo com dados oficiais prestados ao TSE.
Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, foram presos na 23ª fase da Lava Jato, em fevereiro, sob suspeita de receber no exterior dinheiro desviado da Petrobras. Em abril, foram alvo de denúncia do Ministério Público Federal e viraram réus. A soltura do casal foi determinada mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões –R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para Santana.
27 de dezembro de 2016
Leticia CasadoFolha
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