Charge do Amorim, reprodução do site da Aepet
Faz sucesso na internet um texto do economista Cláudio da Costa Oliveira, que confirma denúncia publicada na semana passada aqui na Tribuna da Internet, sob o título “Contabilidade “destrutiva” abre as portas para privatizar a Petrobras”. O texto do ex-funcionário da estatal diz que o balanço do terceiro trimestre deste ano parece um circo, acentuando que o presidente da Petrobras, o tucano Pedro Parente, com muito malabarismo tirou da cartola um “impairment” sem sentido, gerando um prejuízo enorme, para tentar justificar a venda de ativos e a entrega do pré-sal.
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ESPALHE A VERDADE QUE A GRANDE MÍDIA ESCONDE
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Cláudio da Costa Oliveira
Baseado em fatores altamente voláteis, como preço do barril, variação cambial e taxa de juros, a Petrobras fez um “impairment” inusitado, forçando um prejuízo de R$ 16,5 bilhões no 3º trimestre de 2016.
O cálculo considera que o preço do barril, o câmbio e a taxa de juros, manterão os valores registrados no final de setembro/2016 pelos próximos 10 anos, o que evidentemente não é verdade. Mas, baseado nesta premissa, é feito um ajuste no valor das reservas de petróleo registradas no balanço, gerando muito prejuízo.
Por outro lado, diversos equipamentos que já tinham sido reavaliados nos balanços de 2014 e 2015, tiveram seus valores novamente ajustados, dentro de critérios não muito claros.
Podem pesquisar e confirmar que nenhuma grande petroleira do mundo fez este tipo de ajuste. Infelizmente, aqui no Brasil, o órgão que tem o poder de reprimir as empresas listadas em bolsa, por práticas contábeis inadequadas, é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Por se tratar de uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, a CVM aparentemente não quer se envolver num problema de tanta consequência política.
Podem pesquisar e confirmar que nenhuma grande petroleira do mundo fez este tipo de ajuste. Infelizmente, aqui no Brasil, o órgão que tem o poder de reprimir as empresas listadas em bolsa, por práticas contábeis inadequadas, é a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Por se tratar de uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, a CVM aparentemente não quer se envolver num problema de tanta consequência política.
ALEGAÇÃO MENTIROSA – Pedro Parente está aproveitando o momento em que é retirada a exclusividade da Petrobras no pré-sal, para passar à maioria dos brasileiros (leigos neste assunto) a impressão de que a empresa vive realmente sérios problemas financeiros (o que é uma mentira), para justificar a venda de ativos e a entrega do pré-sal.
Em primeiro lugar, é preciso sempre lembrar que este tipo de ajuste é apenas contábil e não afeta o caixa da empresa, que por sinal vai muito bem e fechou o trimestre em R$ 72,6 bilhões o equivalente a US$ 22,34 bilhões. Além disso, o EBITDA (lucro operacional, antes de juros, impostos, depreciação e amortização), em português.ajustado aumentou 11% em relação a igual período de 2015, somando R$ 63 bilhões. O fluxo de caixa livre foi de R$ 29,6 bilhões, 3,6 vezes superior ao registrado entre janeiro e setembro de 2015.
Conforme notas explicativas da Petrobras, as causas desta melhora foram as maiores margens no diesel e na gasolina e menores gastos com importação e pagamento de participações governamentais, devido a queda no preço internacional do barril.
Mas uma vez fica demonstrado o que já falei muitas vezes: a queda no preço internacional do barril melhora o resultado da Petrobras.
E O PRÉ-SAL? – Sim o pré-sal, aquele que a grande mídia entreguista dizia que não existia, que era mentira. Depois disseram que existia, mas não havia tecnologia para retirar o petróleo das profundezas. Depois disseram que dava para retirar, mas o custo era inviável. E agora, finalmente, sabendo da viabilidade, aprovam a idéia lesa-pátria, e tentam convencer os brasileiros que é melhor entregá-lo para as petroleiras estrangeiras. Este pré-sal brasileiro quebra recordes de produção mês a mês.
Acontece que o circo está armado com Pedro Parente dizendo que está “recuperando” a Petrobras, e nós perguntando “recuperando” para quem ?
Em oportuna visita ao Brasil, o presidente mundial da Shell, Ben Van Reurden elogiou (é claro) o projeto que desobriga a Petrobras de ser operadora única no pré-sal e informou que sua empresa vai investir US$ 10 bilhões por aqui nos próximos 4 anos. É fantástico.
Conclusão: o Brasil hoje é governado por colonizadores, que só pensam em explorar o país e seu povo.
15 de novembro de 2016
Carlos Newton
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