"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

DEFESA DE DILMA ENTREGA ALEGAÇÕES FINAIS DO IMPEACHMENT

DEFESA DE DILMA ENTREGA ALEGAÇÕES FINAIS À COMISSÃO ESPECIAL

DEFESA DE DILMA ENTREGA ALEGAÇÕES FINAIS À COMISSÃO ESPECIAL. FOTO: AE

O ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, que defende a presidente afastada Dilma Rousseff, entregou nesta quinta-feira (28) as alegações finais da atual fase do processo de impeachment, o recebimento da denúncia. O documento foi entregue na comissão especial que analisa o caso no Senado.

O prazo inicial para entrega das alegações da defesa se encerrrou nessa quarta-feira (27), mas o o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), atendeu um pedido da defesa para esticar o prazo até hoje. De acordo com Cardozo, o site do Senado, onde estão disponibilizados documentos do processo, ficou indisponível no final de semana.

Com a entrega das alegações da defesa, abre-se o prazo para elaboração do parecer do relator na comissão especial, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). O parecer, que deverá ser concluído na próxima segunda-feira (1º) e lido na terça-feira (2), deverá dizer se Dilma deve ou não ir a julgamento final.

No documento, os advogados de Dilma voltam a dizer que a petista não cometeu crime de responsabilidade no caso das “pedaladas fiscais” – atraso de pagamentos da União para bancos públicos nos subsídios concedidos a produtores rurais por meio do Plano Safra – e ao editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso.

Usando a velha lorota de sempre, a defesa define o impeachment como “golpe”, motivo pelo qual foi aberto em um ato de “vingança” e desvio de poder do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o documento, Cunha agiu após o PT decidir não apoiá-lo em processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.

Os advogados também dizem que o processo foi incentivado por políticos investigados na Lava Jato interessados em interferir nas apurações de corrupção em contratos da Petrobras. As alegações finais da acusação já tinham sido entregues no último dia 12.

Próximos passos do impeachment:

– Quinta-feira (28/7): Entrega das alegações finais da defesa de Dilma Rousseff;

– De 29/7 a 1º/8: Período para elaboração do parecer do relator Antonio Anastasia;

– Terça-feira (2/8): Leitura do parecer na comissão especial;

– Quarta-feira (3/8): Senadores do colegiado discutem o parecer;

– Quinta-feira (4/8): Votação do parecer na comissão;

– Sexta-feira (5/8): Leitura do parecer no plenário principal do Senado;

– Terça-feira (9/8): Início da discussão e votação do parecer no plenário (sessão pode se estender pela madrugada de quarta-feira (10/8).



28 de julho de 2016
diário do poder

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