"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 13 de dezembro de 2015

APANHADOS DE SURPRESA, GRUPOS ANTI-DILMA VOLTAM ÁS RUAS HOJE




O personagem Batman e o verde-e-amarelo estão de volta












A retomada das ruas pelos movimentos sociais de oposição ao governo Dilma Rousseff, sob a bandeira do impeachment, foi articulada às pressas para acontecer neste domingo (13). As lideranças foram pegas de surpresa pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista.
“A gente não estava esperando por esta notícia e tivemos de nos reprogramar totalmente. Estamos fazendo o possível”, diz Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, que trata o ato deste domingo como “esquenta” para eventos maiores a serem agendados.
Além de São Paulo, onde a manifestação está marcada para as 13h na avenida Paulista, estão previstos atos em 24 capitais e outras 46 cidades cidades do país.
Do poder de mobilização das ruas o Planalto pretende tirar a temperatura para definir se trabalha para acelerar ou retardar o rito do pedido de impeachment.
O núcleo mais próximo da presidente avalia contar com votos suficientes para arquivar o pedido de afastamento e quer um desfecho do processo antes de março, na expectativa de que as festas de fim de ano e as férias de verão esvaziem os movimentos de rua.
OUTRA ESTRATÉGIA
Caso os grupos anti-Dilma consigam levar para as ruas um número de manifestantes semelhante ao dos protestos do início do ano, quando milhares de pessoas participaram, a estratégia do governo muda, e o Planalto trabalhará para agilizar a tramitação do impeachment sob pena de as mobilizações crescerem ainda mais.
A oposição e o presidente da Câmara, porém, trabalham com o diagnóstico de que em março haverá uma deterioração do quadro econômico, o que impulsionaria nova onda de protestos.
Para Kim Kataguiri, liderança do Movimento Brasil Livre (MBL), o engajamento para este domingo já é maior que o esperado. “Depois da manifestação do dia 15 [de março], participação contabilizada no evento do Facebook deixou de ser termômetro, mas sim o engajamento na página do MBL”, explica. “E batemos um recorde com 10 milhões de interações em duas semanas”, anima-se.

13 de dezembro de 2015
Deu na Folha

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