"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

OCIDENTE, TERRORISMO E MARXISMO CULTURAL


O marxismo cultural não existiria sem o conhecimento teórico e o domínio do papel estratégico dos símbolos e da linguagem. 
Por isso, ele cria e difunde expressões que se tornam instrumentos eficientes de intervenção no ambiente sócio-político. Essas palavras, com o significado que lhes é atribuído, servem, entre outros fins, para danificar a imagem daquilo que os manipuladores da linguagem querem destruir e, também, para apresentar como bom algo que a sociedade habitualmente rejeita.
É o que acontece, de um lado, entre muitas outras, com enrolações tipo direito de decidir, educação cidadã, criminalização dos movimentos sociais, e com as contraposições “incluído-excluído” e “oprimido-opressor”. 
De outro com os vocábulos neoliberal, conservador, mercado, capital, e por aí vai.
Outro caso típico de manipulação da linguagem é o que vem ocorrendo com o substantivo “fobia”. Como se sabe, esse é um termo da psicopatologia. 
No entanto, de uns tempos para cá, qualquer objeção a teses esquerdistas vem sendo apontada como “fóbica”. 
Outro exemplo, de impressionante eficácia, é a imposição de conteúdos empacotados com o rótulo de “politicamente corretos”. Na maior parte das vezes, o rótulo encobre, de modo fraudulento, graves incorreções políticas.
Exagero? Não. O objetivo essencial do politicamente correto é o regramento da opinião pública, certo? 
Então, pergunto: como pode ser correta a pretensão de submeter a uma geometria, como se fossem rodas de automóvel, os pensamentos e as palavras alheias? 
O politicamente correto é o pensamento único marxista, cheio de si.
O ALVO DO TERRORISMO
O Ocidente é o alvo comum. O fundamentalismo e o terrorismo islâmico almejam sua destruição. O marxismo cultural quer abolir da vida sociopolítica ocidental os resistentes princípios e valores que, sustentando sua civilização, impedem-no de se propagar. É o sonho de Gramsci e da Escola de Frankfurt. 

Eis aí o motivo pelo qual, diante dos atentados de Paris, ficaram tão nítidos os esforços da esquerda mundial no sentido de retificar as reações da sociedade mediante imposições do “politicamente correto”.
Assim, surgem de toda parte opiniões que, traduzidas em linguagem comum, despidas das sutilezas de que se revestem, estão a nos advertir como fazem em relação aos crimes do cotidiano: a culpa é da vítima. 
E acrescentam: “Condene os atentados, senhor, se o aborrecem, mas não a matriz que os promove”. 
Quem a condenar, quem insuflar o peito nos ares da liberdade de dizer o que pensa diante do que vê, expõe-se a execração que acompanha os “fóbicos”, sujeito a ser retaliado e retalhado pelos pedagogos da opinião alheia.
Esperar que a sociedade, diante do que tem acontecido nas últimas décadas, e na extensão em que isso ocorre, reaja com ponderações benevolentes é insidiosa pretensão. 

Como reduzir a gravidade do momento? Devemos encobrir os ouvidos com potentes headphones para não escutar as ameaças feitas ao Ocidente por uma dúzia ou mais de organizações terroristas? 
Não é sensato alimentar com alienação e imprudência os genocídios de amanhã.

20 de novembro de 2015
Percival Puggina

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