"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

EDITORIAL

ABREU E LIMA: CHEGOU A HORA DA VERDADE


A Polícia Federal iniciou hoje, 16 de novembro, a operação Corrosão, vigésima etapa da operação Lava-Jato, com foco no que parece ser um dos mais notáveis esquemas de roubalheira da história mundial: a refinaria pernambucana de Abreu e Lima. Orçada em 2,5 bilhões de dólares, custou dez vezes mais.

Desde 2012, em artigos e editoriais, o Diario do Poder clama por uma investigação profunda em todo o processo de planejamento e construção da refinaria Abreu e Lima, dados os indícios claros de que algo andava seriamente fora dos eixos.

Em 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que pelas mãos de seu assessor Marco Aurélio Top-Top Garcia tornou-se um apaixonado pelo bolivarianismo chavista – assinou um acordo com a Venezuela, pelo qual a estatal petrolífera daquele país, PDVSA, construiria junto com a Petrobras a mencionada refinaria, ao custo estimado de 2,5 bilhões de dólares.

Cinco anos depois, em pleno governo Dilma, a PDVSA resolveu desistir de sua participação no empreendimento. Àquela altura, a Petrobras já havia enfiado no projeto 20 bilhões de dólares! Obviamente havia algo errado: ou corrupção maciça ou a mais absoluta incompetência, incompatível com a fama da estatal brasileira.

O pior é que diante de escândalo de tal monta, ninguém parecia se importar, ninguém parecia se mexer. Felizmente, para o Brasil, já começavam a atuar com a necessária discrição o Ministério Público e a Polícia Federal. O projeto, correndo com quatro anos de atraso continua sendo um sorvedouro de dinheiro.

Em artigo no Diário do Poder, nosso articulista Pedro Luiz Rodrigues observava em 2013 que a construção de Abreu e Lima era uma caso de polícia.

Chegou finalmente a hora. A operação Corrosão está nas ruas.



16 de novembro de 2015
Editorial do diário do poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário