"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

COLLOR NO SENADO DENUNCIA ARBITRARIEDADES DA EQUIPE DE JANOT



Collor exibiu vídeo e citou processos contra Janot no TCU
O senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) subiu nesta segunda-feira (24) à tribuna do Senado e criticou a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações contra políticos na Lava Jato.
O discurso desta segunda-feira foi a primeira declaração pública de Collor após a apresentação da denúncia contra ele. O ex-presidente da República chamou Janot de “figura tosca” e o acusou de “arbitrariedade” na denúncia.
Collor voltou a reclamar por não ter sido ouvido pelos investigadores antes de a denúncia ter sido apresentada ao STF. Ele também chamou o procurador-geral da República de “sujeitinho à toa” e de “fascista da pior extração”.
“Há meses venho denunciando o perfil dessa figura tosca de Janot. A começar pelos sucessivos vazamentos de informação que correm em segredo de Justiça. (…) Até hoje, sequer fui ouvido para esclarecer mentiras e embustes politicamente arquitetados pelo senhor Janot. Meu depoimento foi marcado e por duas vezes desmarcado, na véspera dos mesmos”, disse Collor. “Não poderia deixar de trazer essa incoerência e arbitrariedade do procurador-geral da República. (…) Depois de tanto arbítrio, onde foi parar o direito de ampla defesa? Onde foi parar o contraditório? E a presunção de inocência?”, completou.
Esta não é a primeira vez que Collor utiliza a tribuna do Senado para realizar uma crítica a Janot. No último discurso, o senador xingou o procurador-geral.
VÍDEO DA INVASÃO
Collor transmitiu no plenário um vídeo que mostra o momento em que autoridades dizem cumprir mandado de busca e apreensão em seu apartamento funcional.
Durante a Operação Politeia, deflagrada em julho na Lava Jato, a Polícia Federal, autorizada pelo STF, cumpriu mandados de busca e apreensão nos imóveis de Collor. O senador classificou a medida como “invasiva e arbitrária”. Segundo ele, as autoridades se recusaram a mostrar o mandado de busca e trancaram a porta do apartamento depois de arrombarem.
Após criticar a ação da PF e da PGR, Collor disparou: se assim agem em relação a um representante da população, nas dependências do Senado da República, imaginem o que não fizeram nas minhas outras residências a mando do senhor Janot?”.
DENÚNCIAS CONTRA JANOT
O senador lembrou que apresentou à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), com cópia para todos os senadores, informações que não constavam do processo de indicação de Janot, entre elas, denúncias contra o procurador-geral por improbidade administrativa, abuso de poder e indução, autopromoção e desperdício de dinheiro público. A CCJ sabatina Janot na próxima quarta-feira (26).
Também foram destacadas por Collor duas ações de fiscalização e controle contra Janot, que tramitam no Tribunal de Contas da União (TCU), sobre a contratação sem licitação de empresa de publicidade e o aluguel milionário de uma mansão no Lago Sul em Brasília.

25 de agosto de 2015
Deu na Jovem Pan

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