"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O BRASIL É O PAÍS ONDE MAIS MATAM...

Mulheres. E homens. E pessoas negras e brancas. O Brasil é o país onde mais se mata pessoas no mundo, e gente de todos os tipos. São cerca de 64 mil homicídios ao ano, dos quais menos de 8% são solucionados e punidos.

homicidios brasil
Uma grande desonestidade recente é evocar, separadamente, números de homicídio no Brasil. Isso porque o país responde por 13% de TODOS OS HOMICÍDIOS DO MUNDO (não, não temos nem perto de 10% da população do planeta). Ora, em QUALQUER RECORTE seremos os vencedores. Somos o país no qual mais matam mulheres. E homens. E também brancos, negros, silvícolas e assim por diante. Faça qualquer recorte de população e ainda assim teremos o título mundial em matar esse tipo de pessoa.
O problema central, portanto, é o triste quadro geral. Tornou-se corriqueiro matar gente no Brasil. E matar gente, por aqui, não garante punição, pois, de cada cem homicídios, apenas algo entre 5 e 8 casos são solucionados. Um forte e lamentável estímulo à impunidade. 175 pessoas morrem A CADA DIA. São mais de 7 pessoas sendo assassinadas A CADA HORA no Brasil.
Daí, há grupos que não buscam solucionar o tétrico quadro de impunidade, mas sim “chamar atenção” para o número de pessoas X, Y, Z que foram mortas. Uma forma baixa, até canalha, de fazer militância ideológica em cima de cadáveres, demonstrando quase nenhum interesse na diminuição do número (geral) de homicídios do país.
E, não por acaso, essa mesma militância alega que punições severas não sejam solução para esse quadro. A base deles, pasmem!, é dizer que não funciona no Brasil. Mas, por aqui, é baixíssimo o índice de casos efetivamente punidos. No máximo, 8 em cada 100.
O que falta é exatamente punição. Os números demonstram isso.
Desse modo, é importante trazer os dados concretos em vez de promover militância mesquinha com esse golpe baixo de segmentar vítimas, fazendo parecer que haja tendência de apenas matar X ou Y ou Z. Na verdade, as vítimas de homicídio são gente de todos os tipos e, num total de 64 mil assassinatos por ano, encontra-se taxas recordistas em TODOS os grupos existentes, uma verdadeira barbárie.
Querem mesmo diminuir a matança de mulheres? E também de homens? E de brancos, negros, índios…? Lutem pelo fim da impunidade, lutem para que não escapem da cadeia 92% dos assassinos do país. Lutem para que os homicidas sejam punidos de verdade. Lutem para que eles sejam mandados para a prisão. Parem com essa coisa mocoronga de que “punir não adianta”, usando como base justamente um país que não pune ninguém.

Mas, principalmente, não usem esse verdadeiro genocídio como palanque para ideologias tacanhas. É feio até para vocês.
13 de julho de 2015
Gravatai Merengue

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