Sabemos que o Brasil, hoje, vive um terrível inferno astral. Nesta premissa, vamos nos lembrar do grande filósofo alemão Immanuel Kant (1724 -1804) em seus dois livros mais importantes: “A Crítica da Razão Pura” e “A Crítica da Razão Prática”.
Todos brasileiros, minimamente esclarecidos, sabem que são os legisladores, deputados e senadores, que formulam as leis a partir das demandas da sociedade. Kant dizia algo assim: “Age de tal forma que a máxima de tua vontade possa sempre valer ao mesmo tempo como um princípio das Leis Universais”.
O que se tem visto no Brasil é produção de leis que, logo depois , são desrespeitadas por aqueles que a criaram.
Parece que o livro “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, é a cartilha da política brasileira. Ele dizia que o resultado, imediato, poderia justificar os meios. Os limites da decência têm sido ultrapassados por parte considerável dos políticos brasileiros. Não há que citar nomes nem tampouco vertentes ideológicas.
QUASE LÁ…
O Brasil esteve muito próximo de chegar a uma condição de desenvolvimento igual à dos países mais avançados, mas, de repente, degringolou.
Volto, então, a Kant: “Princípios práticos são proposições que encerram uma determinação universal de vontade, subordinando-se as diversas regras práticas”. A quebra das regras e a manutenção do poder de qualquer forma é o preço do caos. O Brasil, no meu modesto pensamento, não estava preparado para o instituto da reeleição para cargos majoritários. Custou caro para todos nós.
Este semestre que se avizinha na esfera política será de uma tendência complexa. Deveremos seguir uma cartilha econômica ortodoxa com políticos heterodoxos que precisam firmar posições com emendas parlamentares para regar as pequenas ou grandes árvores das suas ambições . E aí?
30 de julho de 2015
César Cavalcanti
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