ADITIVOS PODEM TER RENDIDO R$ 3 BILHÕES EM REFINARIAS
No depoimento à Polícia Federal, Othon Moraes Filho, do grupo Queiroz Galvão, listou quem na empresa participava da distribuição de “doações” a partidos investigados na Lava Jato. Fontes da investigação acreditam que um dos citados, André Gustavo Pereira, vice-presidente da Queiroz Galvão, seria o responsável pelos famosos “aditivos” que teriam acrescentado cerca de R$ 3 bilhões ao valor dos contratos com a Petrobras, nas obras das refinarias Abreu e Lima (PE) e Comperj.
NO POPULAR
A força-tarefa da Lava Jato consolida o entendimento de que “doações” eleitorais para partidos e políticos não passam de propina.
AH! BOM
Em nota, a Queiroz Galvão nega que Othon Moraes tenha confirmado pagamento de propina, mas apenas de “doações”.
SEM VANTAGENS
À PF, ressalta a Queiroz Galvão, o diretor não afirmou que a empresa fez pagamento ilícito para obtenção de contratos e vantagens.
LIMITE LEGAL
Em seu depoimento à PF, Othon destacou doações de até 2% do faturamento da empresa, que alega ser o limite fixado na legislação.
"OS INTOCÁVEIS" INVESTIGARAM CORRUPÇÃO NA FIFA
O tamanho do escândalo de corrupção na Fifa pode ser medido pela força-tarefa da investigação, formada pelo poderoso Departamento de Justiça, o temido IRS (Receita Federal dos Estados Unidos) e o FBI, a Polícia Federal de lá. Eles se unem em casos especiais, como quando constituíram o grupo denominado “Os intocáveis” para investigar e prender um dos mais perigosos bandidos de sempre: Al Capone.
CONTRA A FIFA
O Ministério Público de Nova York, o Departamento do Tesouro, e as Receitas estaduais também participam da investigação contra a Fifa.
MARIN NA CADEIA
Entre os 14 executivos da Fifa enrolados no escândalo está o ex-presidente da CBF José Maria Marin e os dirigentes da Concacaf.
VIZINHOS
O ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, que mora perto do parceiro J. Hawilla, em Boca Raton, Flórida, estava em Mônaco e voltou ontem.
MR. MOURA
Vivendo há mais de dez anos na Flórida, o lobista Fernando Moura já obteve cidadania norte-americana. Ele foi o chefe da turma dos irmãos Zeca e Milton Pascowitch, este último preso na Lava Jato.
PROTAGONISTA
A jornalista Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, foi importante na reaproximação do marido com Dilma. A presidente tem apreço por ela e as duas combinaram aquele jantar no Alvorada que selou a paz.
SE QUEIMOU
O PT estranhou o PCdoB votar pelo distritão, contrariando interesse dos petistas. Dias atrás, os comunistas chamavam o sistema de retrocesso. Restou ao PT se aliar aos tucanos para barrar a proposta.
SUMIÇO
Vem chamando atenção de deputados enrolados no Petrolão o sumiço da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, na qual ele aponta acusados de receber propina. No arquivo “Miscelânia”, desapareceu o vídeo de Youssef, de posse da Justiça, nominando os acusados.
FACA NO PESCOÇO
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) contou a deputados que não tem medo da frigideira do colega Aloizio Mercadante. O chefe da Casa Civil, que se acha em economia, tem cochichado críticas a Levy.
MILITÂNCIA
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, tem sido incansável, percorrendo gabinetes parlamentares para defender o projeto da terceirização. Inclusive colocando-se à disposição para tirar dúvidas sobre o assunto.
MARCHA PARA GAVETA
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu o pedido de impeachment das mãos dos manifestantes que caminharam de São Paulo à Brasília. A chance do pedido prosperar é quase zero.
PORTA-RECADO
O deputado petista Alessandro Molon (RJ) foi portador do recado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) contra o distritão. A mensagem foi fundamental para diluir o voto dos tucanos favoráveis ao sistema.
BOLA DIVIDIDA
A prisão de José Maria Marin causou grande alívio entre os envolvidos no petrolão: o escândalo na Fifa vai dividir o noticiário da Lava Lato.
28 de maio de 2015
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