"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Subidinha de meio por cento nos juros beneficia rentistas, mas arrasa com empresários e ferra com Dilma


Deve ser menor que zero a sensibilidade rentista da ortodoxa equipe econômica, diante da maior crise moral e econômica que o Brasil vive, com o Fundo Monetário Internacional constatando que o à[is enfrenta o pior ciclo em mais de 20 anos. Subir os juros básicos para 13,25%, como fez ontem o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil, é uma pancada na cabeça dos empresários que produzem e trabalham. Também é uma porrada nas contas do desgoverno, cuja trilonária dívida pública cresce ainda mais com a inoportuna subidinha da usura. Só os banqueiros, com lucros cada vez mais recordes, amaram a medida...

A Taxa Selic chega ao patamar de 2008 - quando o Brasil passou por aquela "marolinha" (surfada por Luiz Inácio Lula da Silva). A diferença é que, agora, o Brasil está em evidente recessão. Não cresce, seu custo fica mais caro e o modelo estatal capimunista mais ineficiente, perdulário e corrupto que nunca. Se a coisa está ruim, ainda pode piorar. O BC do B sinaliza mais aperto monetário em futuro próximo. A decisão do Copom de subir os juros em meio ponto percentual foi unânime - dando razão àquela máxima do imortal Nelson Rodrigues, de que a unanimidade pode mesmo ser burra...

A quinta alta seguida da Selic é um chute na cabeça dos brasileiros - que já custeiam os juros mais altos do planeta Terra. O comunicado oficial do BC do B é uma tragédia anunciada para quem comete a temeridade de produzir, trabalhar e empreender no Brasil: “avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual para 13,25% ao ano sem viés”.

Com a economia patinando, a coisa fica mais feia para a desgastadíssima Dilma Rousseff, que não tem mais condições morais e quase nenhuma sustentação política para presidir o Brasil de forma "pessoalmente soberana" (se é que isto já foi possível algum dia...). A derrocada econômica é a cavadinha na sepultura de Dilma...

EB fora da Petrobras

O Exército está mesmo "prestigiado" no desgoverno Dilma: perdeu ontem o posto que tradicionalmente ocupava no Conselho de Administração da Petrobras.

Nelson Carvalho, professor da USP especializado em contabilidade e auditoria, Segen Estefen, da Coppe/UFRJ, e Roberto da Cunha Castello Branco, ex-diretor de Relações com Investidores da Vale e hoje na Fundação Getulio Vargas (FGV) fazem parte do novo Conselhão da companhia.

Também foram aprovados os outros quatro nomes já antecipados pela União: Murilo Ferreira, presidente da Vale, e que vai presidir o Conselho de Administração, Luciano Coutinho, presidente do BNDES - conselheiro desde 2007 -, Aldemir Bendine, presidente da Petrobras, e Luis Navarro, da Veirano Advogados.

Outra pequena derrota

O Bradesco Asset Management, que recebia o apoio da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, também saiu derrotado na disputa pela indicação de conselheiros.

O representante dos minoritários (donos de ações preferenciais) será Guilherme Affonso Ferreira, que era indicado da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais).

A Amec também emplacou Walter Mendes de Oliveira Filho como representante dos minoritários donos de ações ordinárias.

O representante dos empregados da Petrobras no Conselhão será Deyvid Bacelar.

Let it go...

Do Sérgio Moro, a amigos, lamentando a decisão do STF de libertar a turma do Clube de Empreiteiras da Lava Jato:

"Sim, uma decepção, mas não inesperada. Seguiremos em frente".

O juiz da 13a Vara tem toda razão: tem muito jogo ainda para se jogar...

Pela troca de presos


Briga de vizinhos

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de instalar uma comissão para estudar mudanças na corte.

Cunha sugeriu instituir um mandato de 11 anos para ministros do STF - em vez da atual permanência no cargo até 70 anos de idade.

Também gostaria de mudar a forma de indicação dos integrantes do tribunal, que hoje são escolhidos pelo presidente da República.

Como Cunha e Marco Aurélio moram no mesmo condomínio de luxo na Barra da Tijuca, tomara que o conflito de ideias não acabe em uma briga de vizinhos no Golden Green...

Desabafo sincero


Tudo pela liberdade


Os paralisados


Saindo da reta

 
 
30 de abril de 2015
 Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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