"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

SÓ NA SUIÇA, ENVOLVIDOS NA CORRUPÇÃO TINHAM R$ 111 MILHÕES




Pelo menos 11 pessoas ligadas com o escândalo de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato mantiveram contas ilegais na Suíça entre 2006 e 2007, com saldo total de R$ 110,5 milhões. A informação foi revelada na sexta-feira (13) pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues.

A informação faz parte do chamado Swissleaks, um vazamento sobre contas secretas no país europeu mantidas pelo banco HSBC, divulgado por meio de uma associação internacional de jornalistas.

Segundo o blog, o Brasil tem 6.606 contas bancárias (que atendem a 8.667 clientes) e um valor movimentado de cerca de R$ 7 bilhões –o equivalente a cerca de R$ 20 bilhões-entre 2006 e 2007.
Entre os envolvidos na Lava Jato, Julio Faerman é quem manteve o maior montante no HSBC suíço: US$ 20,8 milhões. Ele é apontado como intermediador de propinas.

BARUSCO SÓ TINHA 1,9 MILHÃO

O ex-gerente da Petrobras e delator Pedro Barusco guardou US$ 1,9 milhão na instituição. Em depoimento, Barusco já havia revelado que mantinha contas no exterior e que 90% do total de propinas recebidas por ele – algo entre R$ 40 mi e R$ 50 mi – foi enviada para bancos fora do Brasil.

Oito executivos das empreiteiras Queiroz Galvão e Galvão Engenharia também mantiveram contas no HSBC suíço: Antônio de Queiroz Galvão, Maurício Galvão, João Antônio de Queiroz Galvão, Ricardo de Queiroz Galvão, Fernando de Queiroz Galvão, Dario de Queiroz Galvão, Eduardo de Queiroz Galvão e Mário de Queiroz Galvão.

Também o doleiro Raul Henrique Srour, suspeito de integrar o grupo do doleiro Alberto Youssef, tem também o nome na lista de correntistas do HSBC -porém, nenhum montante está registrado em sua conta.
Ao blog de Fernando Rodrigues, todos os citados na lista do HSBC suíço negaram os fatos ou preferiram não se pronunciar. Do advogado de Julio Faerman, o blog não obteve resposta.

15 de setembro de 2015
Deu na Folha

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