"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 10 de janeiro de 2015

"... NUNCA ANTES NESTE PAÍS..."



Esta frase cunhada pelo ex-presidente Lula guarda em si variadas interpretações, como por exemplo:

Nunca antes neste país se viu tanta corrupção;

Nunca antes neste país se viu tanta incapacidade dos governantes;

Nunca antes neste país se viu tamanho aparelhamento do Estado;

Nunca antes neste país se viu tantos incompetentes exercendo cargos públicos;

Nunca antes neste país se viu tantos parentes de políticos se enriquecerem misteriosamente;

Nunca antes neste país condenados por corrupção ativa e passiva foram considerados heróis, pelos governantes;

Nunca antes neste país se viu um Congresso Nacional composto por tantas figuras sem qualquer expressão política e intelectual;

Nunca antes neste país se viu um Congresso tão submisso ao poder executivo e tão ávido de receber propinas;

Nunca antes neste país se viu o agigantamento da contracultura, onde bundas e seios de silicone, físicos artificiais moldados por anabolizantes, cantores medíocres e músicas sofríveis alcançam notoriedade em detrimento da honestidade, da cultura, da inspiração poética e do saber.

Nunca antes se viu neste país um coro orquestrado pela imprensa comprada, por políticos corruptos e por tanto desserviço à Pátria para solapar os Poderes e as instituições e o permanente incensar de ditadores da América e de alhures;

Nunca antes neste país se viu um presidente tão medíocre quanto o Lula por tentar se equiparar a Juscelino, a encarnar Pedro Álvares Cabral e a igualar-se a Jesus Cristo.

A pobreza intelectual hoje é generalizada, crescente e pelo que se vê incontrolável.

Atinge os meios acadêmicos, as escolas, os mestres, a imprensa falada, escrita e televisionada.

As datas magnas da nacionalidade estão sendo, propositadamente, relegadas a um segundo plano; os vultos nacionais de há muito caíram no esquecimento e sequer são mencionados nas escolas; a disciplina social, o respeito às coisas sagradas e a referência aos idosos já são coisas do passado.

Os homens públicos já não correspondem á confiança que o povo lhes delega.

Segmentos da sociedade, sabidamente espúrios como o MST e muitas das chamadas ONG’s, se organizam para auferir vantagens escusas e minar o sistema.

Inaugurou o metalúrgico presidente uma era de parcimônia com a corrupção e desde o seu primeiro ano de governo (que se prolonga até hoje, segundo dizem) não se passou um dia, sequer, sem pipocar um escândalo, seja no Executivo, no Legislativo e mesmo no Judiciário.

E não há qualquer reação, qualquer indignação, salvo de um ou outro congressista e agora, da Polícia Federal, do MPF e de um Juiz Federal.

Que as instâncias superiores da Justiça Federal, ao apreciarem os inevitáveis recursos, não joguem por terra esse eficiente e moralizador trabalho, procurando com lupa, filigranas processuais para atenuar a situação dos reconhecidos ladrões.

O governo já não oferece a oportunidade de trabalho que dignifica o cidadão e enriquece o país. Ao revés, distribui benesses como bolsa família, bolsa escola e outras tais, que estimulam o ócio, aviltam a cidadania e empobrecem o erário.

Distribui às republiquetas vizinhas parte na riqueza nacional, como se ele, governo, fosse o gerador de recursos e deles pudesse se dispor à vontade.

O sistema de saúde está falido, o ensino comprometido, a segurança pública um caos e ainda assim a presidente (recuso-me a dizer presidenta) acena como se estivéssemos navegando em mar calmo.

Nossa gasolina é vendida a preço vil a outros países e aqui, a preços escorchantes.

Nossas fronteiras escancaradas favorecendo suspeita imigração; as maiores empresas brasileiras combalidas e dilapidadas pela corrupção; os poderes já desacreditados fingem nada saber e deixam o povo aos deus-dará.

Nunca pensei em ter tanta revolta contra os governantes e me envergonhar de ser brasileiro. Mas hoje, infelizmente, são estes os sentimentos que tomam conta do meu dia-a-dia.

10 de janeiro de 2015
Mozart Hamilton Bueno é Maçom ,Juiz de Direito aposentado e Professor (Residente em Brasília).

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