"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 31 de janeiro de 2015

CARTAS DE BUENOS AIRES

Ensaio sobre a Cegueira

Desde a morte misteriosa do promotor Alberto Nisman uma espécie de cegueira coletiva atingiu os meios de comunicação, o Governo e a oposição argentina                                      
No livro de José Saramago, um homem para em um semáforo, quando sua vista é tomada por algo que o escritor descreve como um “mar de leite”. A cegueira, que vira paulatinamente coletiva, aos poucos vai destampando as faculdades mais primitivas da raça humana.

Na Argentina acontece algo similar. Desde a morte misteriosa do promotor Alberto Nisman, que iria acusar oficialmente no Congresso argentino a Presidente Cristina Kirchner no dia seguinte à sua morte, uma espécie de cegueira coletiva atingiu os meios de comunicação locais, o Governo e a oposição.

A morte do promotor abriu duas grandes caixas de pandora no país: a falta total de imparcialidade dos meios de comunicação locais e o duelo de titãs entre os poderes executivo e judiciário. Nesta espécie de Fla X Flu da Agatha Christie, revelam-se mais teorias conspiratórias do que números de pinguins na Patagônia.

Como no livro de Saramago, o Governo aquartelou todos, tentando controlar a insopitável opinião pública, teorizando livremente sobre uma morte que ainda carece de muita investigação.
A névoa criada pelo Governo, seus opositores e imprensa, tanto a oponente quanto a oficial, deixou a objetividade operando com baixa visibilidade.

A própria Presidente fez questão de especular e mudou de opinião duas vezes, adicionando, ao já denso clima, incerteza política no país.

As informações oficiais nas redes sociais entraram em um insólito jogo de especulações, atravancando a lisura das investigações, em meio a uma trama psicodélica cujas variáveis envolvem serviços secretos, países como Irã e Síria e personagens que parecem saídos de uma novela policial.
Entre arapongas, oportunistas, agentes secretos e meios de comunicação reina uma áurea permanente de conspiração e também incredulidade.

E, enquanto não aparecem provas da participação direta do Governo na morte do promotor, fica claro que o Governo é culpado pelo menos do crime de obstrução da justiça, além de tumultuar o trabalho dos poucos jornalistas que tentam investigar de maneira independente a morte de Nisman.

Os poderes executivo e judiciário continuaram uma luta que começou lá atrás, mas se intensificou com a morte do promotor. E, no meio de tudo, estão os argentinos “mal informados”.
A oposição e a polarização dos meios de comunicação do país também não agregam, ao fazerem uso político da situação.
Vai ficando claro quem é a vítima, além obviamente do promotor falecido: a verdade, que cada vez fica mais distante.

Alberto Nisman, charge do jornal Clarín (Foto: Sábat)
Alberto Nisman, charge do jornal Clarín (Imagem: Sábat)
 
31 de janeiro de 2015
Gabriela G. Antunes

"PODIA PASSAR MAIS RÁPIDO, POR FAVOR?"

 

Se pudéssemos dar no Tempo a mesma bronca que dona Dilma deu no encarregado do teleprompter...                                    
O discurso de dona Dilma na primeira reunião ministerial de seu segundo governo e o ansiado balanço da Petrobras, que vieram à luz no mesmo dia, sofrem de mal idêntico: inutilidade.

Do primeiro, Ricardo Noblat fez uma análise perfeita: “Foi um discurso do 'sem'. "Sem brilho. Sem novidades. Sem propostas de impacto. Sem coerência. Sem convicção. Sem nada”.

Do balanço sem o aval de uma consultoria independente, disse Fernando Zilvetti, professor da FGV, especialista em direito tributário: “O que a Petrobras apresentou e um papel em branco são a mesma coisa”.

Se pudéssemos dar no Tempo a mesma bronca que dona Dilma deu no encarregado do teleprompter, para vê-la aposentada o mais rápido possível, o Brasil sairia ganhando. Mas como isso nos é impossível, vamos tolerar por mais quatro anos a arrogância, o desrespeito, a bazófia de dona Dilma, conforme demonstradas durante sua primeira reunião ministerial de 2015.
 
Confesso minha preocupação com o total afastamento da realidade com que age dona Dilma. Afinal, a campanha para a reeleição não foi há tanto tempo assim... e ela parece ter esquecido todos os embates que travou com Aécio Neves e também os vídeos inacreditáveis de sua propaganda: o prato de comida que sumia e outros detalhes infames. (Aliás, por falar em Aécio Neves, por onde anda a oposição?).

 
Ontem a presidente teve o desplante de dizer que os direitos trabalhistas são intocáveis e que não seria o seu governo, um governo dos trabalhadores, que iria revogá-los... mas... e lá vem o mas... “Vamos adequar o seguro-desemprego, o abono salarial, a pensão por morte e o auxílio-doença às novas condições sócio-econômicas do país”.
O que ela não diz é o que levou o Brasil a enfrentar essas “novas condições sócio-econômicas”. Dessa herança abominável ela não fala...
 
Sobre a Petrobras, a empresa brasileira que sempre encaramos como nosso maior tesouro e que agora se encontra numa situação tão vergonhosa que a imprensa estrangeira diz dela o que quer sem que ouça uma boa resposta, posto que essa não existe, sua situação é tão vexaminosa que a própria Graça Foster disse ser “impraticável quantificar os valores indevidamente reconhecidos”, ou seja, ninguém sabe o exato tamanho do rombo.
 
Ainda assim dona Dilma pediu aos seus 39 ministros, mais os quatro assessores do coração citados na abertura do discurso, que “enfrentem o desconhecimento e a desinformação sempre e permanentemente. Reajam aos boatos. Travem a batalha da comunicação. Levem a posição do governo à opinião pública. Sejam claros. Sejam precisos e se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas”.
 
Não é um espanto? "Nós não podemos deixar dúvidas!"
Sabem de uma coisa? Dona Dilma é, como diria o saudoso Giovanni Improtta (José Wilker), simplesmente “felomenal”!

Dilma Rousseff (Foto: Reprodução)
Dilma Rousseff (Imagem: Reprodução)


31 de janeiro de 2015
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
 

INGENUIDADE... E OS RISCOS DAS REDES SOCIAIS.

facebook

Realmente a ingenuidade do povo brasileiro não tem limites. O que antigamente era restrito à familia e amigos intimos agora fica exposto no facebook, tornando-se um prato cheio para toda especie de malfeitores, que ficam sabendo pormenores das familias para serem vitimas fáceis desses individuos inescrupulosos. Vejam o que o Professor de Informática da USP Marco André Vizzortti fala. Dêem uma pausa e reflitam sobre a verdade do que está escrito abaixo.


 

=>O ORKUT apareceu como uma forma de contatar amigos, saber notícias de quem está distante e mandar recados.

=>O FACEBOOK também .
Hoje está sendo utilizado com o propósito de, creio ser o seu maior trunfo, obter informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira.

Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve?  Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana…  Por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados?  Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros ?  Já te abordaram num barzinho, dizendo que te conheciam faz tempo? Já foi a festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?

Pois é…Tá tudo lá. No ORKUT, no FACEBOOK.

Com cinco minutos de navegação:

– eu sei que quantos filhos você tem, ou se não tem, se tem namorado/a,
– sei que estuda no colégio tal, ou que trabalha em tal lugar,
– sei que frequentas cinemas, tais bares, tais festas ….
– sei nome de familiares, sei nome de amigos;
– sei sei sei !

E o melhor de tudo, com uma foto na mão!
– Identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua.
– Afinal, já sei onde você está.
– É só ler os seus recadinhos.

Faço um pedido:

– Quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação.
– Mas poupe seus filhos, poupe sua vida Íntima.

O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou..

– A foto dos meninos estava lá… Teu local de trabalho tava lá.
– A foto do hotel 5 estrelas na praia tava lá.
– A foto da moto que está na garagem estava lá.

Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado.

Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos. Até que um dia a ameaça será fato real. Tarde demais. Se você me entendeu, ótimo!

Reveja sua participação no ORKUT, FACEBOOK, NIRVAM.IT  ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca.
Oriente seus filhos a esse respeito, pois colocam dados deles e da família sem pensar em consequências,fazem isso pelo desejo de participar, mas não sabem ou não pensam no perigo de se dar dados pessoais e da família para que qualquer pessoa veja.

Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável. Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que tinham sido vítimas da própria imprudência. A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários..  Não só de Orkut , FACEBOOK, vive a maioria dos internautas. Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar. Disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável.

– Portanto, cuidado ao colocar certas informações na Internet.
– Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede.
– O papo pode ser muito bom, legal.

PS:
Informe a todos que você conhece e que utilizam o Orkut, Facebook, 1Grau, Gazzag, NetQI, Blogs, Flogs, Nirvam.IT, etc… para que todos tenhamos consciência sobre o assunto e possamos colaborar com a diminuição do crime.

31 de janeiro de 2015
Old Man
in Giulio Sanmartini

E OS GREGOS OBRARAM OUTRA VEZ...

O partido de extrema esquerda ganhou as eleições na Grécia. Num país onde surgiu a democracia e onde o povo tem esse DNA, presume-se. Mas os esquerdistas que foram eleitos anteriormente são os responsáveis por conduzir o país a estar na merda em que ficou. Distribuir mais dinheiro do que arrecada dá nisso. Já vimos esse filme.

É claro que é duro pagar o preço dos erros do passado. Essa lição não aprenderam. Primeira declaração do novo primeiro-ministro:

“Austeridade é passado”.


Vão merecer aquela palavrinha de consolo de novo…

Mas uma promessa (se for cumprida) parece ser objetiva. Diminuir os ministérios. Será que a má dama entendeu?

Leiam a matéria de Época no link:

Alexis Tsipras, líder da esquerda, vence eleições na Grécia

Para melhor compreensão, veja também:

6 perguntas para entender a eleição na Grécia

31 de janeiro de 2015

magu

in Giulio Sanmartini

MOVIMENTOS MARCAM PROTESTOS PARA POSSE DE PARLAMENTARES

CARAVANAS DE SÃO PAULO, GOIÂNIA, SALVADOR, BELO HORIZONTE E DO RIO DE JANEIRO CHEGAM À BRASÍLIA NO DOMINGO


 Foto:EBC
São dez movimentos, organizados em redes sociais, que se uniram para o ato de domingo Foto:EBC
Movimentos populares de todo país devem se reunir no próximo domingo (1º), em frente ao Congresso Nacional, para protestar contra a corrupção. De acordo com o professor Josemar Dorilêo, integrante do Movimento Brasil Livre, pelo menos cinco estados serão representados no dia da posse dos novos deputados e senadores.
“No domingo, virão caravanas de São Paulo, Goiânia, Salvador, Belo Horizonte e do Rio de Janeiro. A partir das 8h, estaremos concentrados em frente do Congresso Nacional”, disse o professor. Adiantou que os ativistas devem fixar 300 cartazes ao longo da Esplanada dos Ministérios, com mensagens contra a corrupção e pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Conforme Dorilêo, as denúncias de corrupção na Petrobras motivaram os manifestantes. “Já realizamos atos no protão da Embaixada dos Estados Unidos, um ‘faxinaço’ nas proximidades da sede da Petrobras e um buzinaço pela moralidade. Mas esta é a primeira aliança de todos os movimentos”, explicou Dorilêo.
Segundo ele, são dez movimentos, organizados em redes sociais, que se uniram para o ato de domingo.
“A meta é  contar com o maior número de pessoas que querem um país sem corrupção, um país limpo, um país decente. Nossos movimentos são contra a corrupção. Precisamos unir os movimentos oposicionistas do Brasil em nossas manifestações”, ressaltou a médica Neila Aidar, uma das organizadoras do ato.
O domingo também será movimentado no Congresso. Além da posse dos novos parlamentares, PT e PMDB disputarão o comando da Câmara dos Deputados. Apesar de compor a base governista, o PMDB lançou Eduardo Cunha, enquanto, pelo PT, Arlindo Chinaglia tenta retornar à presidência da Casa.
Líder do PSB na Câmara, Júlio Delgado (MG) corre por fora e também concorre. A eleição já é considerada a mais disputada desde 2005, quando o então deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) derrotou o petista Luís Eduardo Greenhalgh (SP).
No Senado, a disputa pela presidência envolve apenas o PMDB, partido de maior bancada (19 senadores) e, por isso, com a prerrogativa de indicar o presidente. Renan Calheiros (AL) e Luiz Henrique são os candidatos.
A eleição para a presidência da Câmara e a Mesa Diretora da Casa ocorrerá após a posse dos deputados para a próxima legislatura. Se nenhum dos candidatos conseguir a maioria absoluta dos votos, a eleição pode ser em dois turnos. O mesmo vale para os cargos da Mesa.
31 de janeiro de 2015
Diário do Poder
 

REPORTAGEM-BOMBA DE VEJA CONSTATA REAÇÃO EM CADEIA; EMPREITEIROS DO PETROLÃO REVOLTADOS AMEAÇAM LLULA E DILMA


 
A reportagem-bomba da edição da revista Veja que chega às bancas neste sábado é quente. Chega a sapecar. É que a Operação Lava-Jato, cujo inquérito é conduzido pelo Juiz Sergio Moro, avança para a fase decisiva.
Há uma penca de empresários grandalhões presos na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde corre o inquérito. São executivos e até mesmo os próprios donos das empreiteiras que estão envolvidas na roubalheira da Petrobras, fato conhecido como o petrolão, uma espécie de continuidade do mensalão. Sim, porque como todos sabem o PT não é um partido normal, mas uma organização revolucionária que dirige o Foro de São Paulo, o aparelho comunista fundado pelo Lula sob a orientação direta de Fidel Castro. A fundação do Foro se deu em 1990, em São Paulo.
Como partido revolucionário o PT, ao mesmo tempo que esquenta os bolsos de seus sequazes, procura fazer caixa com dinheiro alheio para comprar até a mãe do capeta, se é que o diabo tem mãe.
O objetivo do PT é usar as instituições democráticas, como o Poder Judiciário e o Congresso Nacional para mais adiante, mediante subornos astronômicos com dinheiro público, aparelhar todas as instâncias da administração pública até não haver mais quaisquer resquícios de resistência. Na Venezuela o Foro de São Paulo já alcançou seus objetivos. O país foi cubanizado. 
No Brasil a coisa já está bem adiantada. Mas ainda restam de pé alguns patriotas em segmentos do judiciário, como é o caso do Juiz Federal Sergio Moro que, a partir de uma investigação rotineira sobre lavagem de dinheiro, puxou o fio de uma meada gorda. 
Segundo a reportagem-bomba de Veja, os executivos presos estão revoltados porque enquanto dormem pelo chão da carceragem e comem de marmita os políticos continuam leves e soltos desfrutando a boa vida do poder e do dinheiro. 
Todavia, em que pese essa situação humilhante e vexatória, esses grandalhões das empreiteiras ainda não abriram o bico. Até agora falaram apenas abobrinhas.
Sem chance de obterem habeas corpus, haja vista as provas que pesam contra eles coligidas pela Justiça, resolveram partir para o ataque. Segundo a reportagem os outrora poderosos empreiteiros se sentem humilhados e agoniados com a prisão e, por isso, partiram para o tudo o nada ameaçando Lula e Dilma. Afinal, a roubalheira começou durante o governo de Lula e prosseguiu no governo da Dilma.
O mote principal da reportagem de Veja é revelar a estratégia dos executivos das construtoras na defesa dos processos da Operação Lava-Jato. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, eles estudam trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão
Resumindo: na fase decisiva da Operação Lava-Jato são todos contra todos, numa verdadeira briga de foice e martelo no escuro com reflexos vermelhos.
A coisa está feia como nunca antes neste país. Por isso mesmo vale a pena correr cedinho às bancas para obter o exemplar desta edição de Veja que, enquanto escrevo estas linhas, já causou mal-estar nas redações dos demais veículos da grande imprensa nacional.
Nestas alturas diversas reuniões de pautas movimentam as redações à procura de matérias que minimizem o estrago, ou seja, viabilizem a manutenção da blindagem de Lula, Dilma et caterva.
 
31 de janeiro de 2015
movcc

O JUIZ SÉRGIO MORO VÊ RISCO DE A CORRUPÇÃO SER RETOMADA



Moro explica por que não pode relaxar as prisões

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, informou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a “falta de reação institucional” frente aos crimes cometidos por empreiteiras e seus executivos impede que os presos na sétima fase da investigação sejam libertados.

Questionado pelo STJ sobre o motivo por que três executivos e um funcionário da OAS continuam presos, Moro afirmou que a única maneira segura de tirá-los da cadeia seria suspender todos os contratos da empresa, não só com a Petrobras, mas “com todas as outras entidades da administração pública direta ou indireta, em todos os três âmbitos federativos”.

“Somente dessa forma, ficaria afastado, de forma eficaz, o risco de repetição dos crimes”, diz o magistrado no documento, ressalvando que a suspensão dos contratos não é de interesse nem mesmo da OAS e, por esse motivo, não é possível que os presos sejam libertados.

AINDA PRESOS

Os funcionários da OAS que ainda estão presos são José Adelmário Pinheiro Filho (presidente) e Mateus Coutinho de Sá (diretor financeiro), Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor-presidente da área internacional) e José Ricardo Nogueira Breghirolli (responsável por distribuir o dinheiro).

No trecho que fala sobre a “falta de reação institucional”, Sergio Moro afirma ainda que “a prática sistemática e duradoura de graves crimes contra a Administração Pública mina a confiança da sociedade na integridade da lei e da Justiça”.
“Os problemas se avolumam e os custos para sua resolução se tornarão cada vez maiores”, completa.

Em outro trecho do documento, Moro afirma que a corrupção na Petrobras, “lamentavelmente”, acontece há muitos anos. Ele cita “a existência de um quadro de corrupção e de lavagem de dinheiro sistêmico”.

31 de janeiro de 2015
Alexandre Aragão
Folha

BANCO CENTRAO PREVÊ AUMENTO NOS PREÇOS DE ENERGIA, GÁS E TELEFONE




O Banco Central considera que os reajustes de preços administrados terão um peso determinante na inflação de 2015.
Pelas contas da autoridade monetária, as tarifas e preços controlados pelo governo devem subir 9,3% no ano, conforme a ata da reunião do Comitê de Política Monetária. A previsão anterior apontava que as pressões seriam de 6,0%.

O BC projeta que a gasolina terá um reajuste de 8%, sobretudo pela volta da incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Já o preço da energia elétrica deve subir 27,6%, em virtude do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento contratadas em 2014.

A autoridade monetária ainda prevê aumento de 3% no preço do gás de bujão e de 0,6% nas tarifas de telefonia fixa.
Para 2016, a instituição espera aumento de 5,1% no preços administrados, ante 5,2% considerados em dezembro.

31 de janeiro de 2015
Antonio Temóteo
Correio Braziliense

BRASIL DEVE CADA VEZ MAIS À ONU, OEA E OUTRAS ORGANIZAÇÕES





O Brasil deve US$ 76,8 milhões para atividades regulares da ONU e US$ 87,37 milhões para operações de paz. Na terça (27), o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que o Brasil perdeu direito a voto na Agência Internacional de Energia Atômica, depois de acumular uma dívida de US$ 35 milhões. O país também perdeu seus direitos no Tribunal Penal Internacional após acumular US$ 6 milhões em dívidas.

No âmbito da OEA (Organização dos Estados Americanos), o governo brasileiro não contribui financeiramente com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) há cinco anos. Seu último repasse, em 2009, foi de apenas US$ 10 mil. Como comparação, a Argentina doou à CIDH US$ 400 mil e o México US$ 305 mil, em 2013.

A CIDH é um órgão da OEA que tem como objetivo proteger direitos humanos na região. Não tem poder para obrigar os países a acatar suas decisões, mas usa canais diplomáticos para pressionar pelo fim de violações.

BAIXA PRIORIDADE

O Itamaraty informou que, entre 2010 e 2013, com base em parecer da Advocacia-Geral da União, passou a vigorar o entendimento de que contribuições voluntárias a organismos internacionais careceriam de base jurídica sólida, o que levou o Ministério do Planejamento a não mais atender às solicitações de contribuições.

“Em 2013, a AGU reviu o seu posicionamento sobre o tema. O novo parecer da AGU reabre a possibilidade de que se volte a inserir na proposta de orçamento contribuições voluntárias aos órgãos internacionais”, diz nota do ministério.

Para Camila Asano, coordenadora de política externa da ONG Conectas, “isso mostra a baixa prioridade que o Brasil dá ao principal órgão de direitos humanos na região”.
“Sabemos que o corte orçamentário é um problema, mas precisamos focar também em como os recursos existentes são usados.”

RETALIAÇÃO

A CIDH caiu em desgraça depois de ter solicitado, em 2011, que o Brasil suspendesse o processo de licenciamento da usina de Belo Monte por causa do impacto sobre a comunidade.
Na época, a presidente Dilma Rousseff mandou chamar de volta o embaixador do Brasil na OEA. O país continua sem embaixador na entidade.
A CIDH recebe parte dos recursos dados pelos países à OEA, mas trata-se de parcela muito pequena. Por isso, para sobreviver, a CIDH depende das doações voluntárias que o Brasil não tem feito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGA matéria foi enviada por Wilson Baptista Jr., que fez o seguinte comentário: “Este é o Brasil que fala em ser membro do Conselho de Segurança da ONU. Sem falar nos projetos científicos internacionais em que ele entra, faz propaganda e depois não paga. Nosso astronauta viajou num foguete russo, porque o Brasil não pagou à Nasa. Também não pagou pelo telescópio internacional e não pode usar, e por aí vai…”

31 de janeiro de 2015
Patrícia Campos Mello
Folha

PARA REELEGER O AMIGO GRAZIANO, DILMA PAGA DÍVIDA COM A FAO



Dilma atendeu ao pedido do amigo Graziano

Num esforço para garantir a candidatura à reeleição do brasileiro José Graziano da Silva, o governo de Dilma Rousseff depositou o que devia à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O Brasil somava uma dívida de US$ 15 milhões em relação à sua cota de 2014.

O depósito foi feito pelo Ministério do Planejamento após reportagens revelarem que o Brasil estava devendo para diversos organismos na ONU e, por essa razão, ter sido suspenso de alguns deles. No caso da Agência Internacional de Energia Atômica e do Tribunal Penal Internacional, o Brasil já perdeu seu direito de voto.

Conforme revelou o Estado, a dívida do Brasil com as agências da ONU soma mais de R$ 662 milhões (cerca de US$ 258 milhões).

RELAÇÕES COM DILMA

José Graziano da Silva manteve boas relações com Dilma Rousseff, desde o tempo em que ambos eram ministros do governo Lula. Ao vencer as eleições em 2012 para seu primeiro mandato na FAO, Graziano assumiu prometendo recolocar a entidade no centro do debate mundial.
A falta de pagamento por parte do Brasil, portanto, era considerado como um golpe a essa promessa e poderia enfraquecer a nova candidatura do brasileiro. As eleições ocorrem em junho.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGEnquanto isso, embaixadas e consulados do Brasil no exterior não conseguem funcionar, porque os fornecimentos de luz, gás, telefone, internet e água estão sendo cortados por falta de pagamento. Depois reclamam quando alguém diz que o Brasil é um anão diplomático... (C.N.)

31 de janeiro de 2015
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo

ELEIÇÃO GREGA PÕE POLÍTICA EUROPÉIA NUMA VOLÁTIL NOVA ERA




A política europeia mergulhou em uma volátil nova era após a vitória histórica na Grécia de radicais de esquerda comprometidos em acabar com anos de austeridade. Mais de cinco anos após o começo da crise, que teve início na Grécia em outubro de 2009 e levantou dúvidas sobre a sobrevivência do euro, os gregos rejeitaram fortemente os cortes de gastos e aumentos de impostos selvagens impostos pela Europa, que levaram o país à penúria.

Num resultado que superou as previsões de pesquisas e marginalizou os dois principais partidos que governam o país desde a queda dos militares, em 1974, a única pergunta na noite de domingo (25) era se o Syriza, do carismático Alexis Tsipras, garantiria 151 dos 300 assentos, o que permitiria a ele governar sem parceiros de coalizão.

A vitória, amplamente prevista, foi no entanto impressionante em escala e impacto. Para uma legenda ascendente como o Syriza, nunca testada no poder, a vitória ressaltou como cinco anos de ortodoxia fiscal viraram a política de ponta-cabeça.

POPULISMO

Pela primeira vez, o poder foi entregue a “outsiders” populistas profundamente críticos a Bruxelas e Berlim, mas não antieuropeus – ao contrário de suas contrapartes na extrema direita pela Europa.
Pela primeira vez, um fruto da crise europeia, um partido explicitamente antiausteridade, tomará posse na UE.

O resultado põe em questão se a Grécia ficará no euro e na União Europeia, estabelece um precedente para insurgentes antiausteridade no resto da Europa – especialmente na Espanha, que terá eleições neste ano – e ressalta a rejeição das políticas prescritas principalmente por Berlim nos últimos anos.

O relógio já está correndo. Quando a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o premiê britânico, David Cameron, forem a Bruxelas, em duas semanas, vão se reunir com Tsipras – provavelmente o único homem que não estará de gravata.
O simbolismo é enorme. Os dissidentes antimainstream da Europa e os populistas não estão mais apenas batendo à porta.

31 de janeiro de 2015
Ian Traynor
“Guardian”

FRAUDES ESTÃO CADA VEZ MAIS EVIDENTES NO ENSINO BÁSICO




Redes de ensino, na corrida pelo melhor IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), estão pressionando seus professores a deixarem de dar o conteúdo de outras disciplinas que não sejam português e matemática e usar o tempo para fazer recuperação ou treinar seus estudantes em simulados de português e matemática. A ordem é direta, em alguns casos, dada por coordenadores pedagógicos aos professores.

Em uma delas, a nota que o aluno tira em português e matemática vale também para as demais disciplinas omitidas, e é simplesmente repetida. A fraude mereceria apuração pelo Ministério Público pelo grave dano ao direito de aprender das crianças e mostra como as políticas dos reformadores empresariais que, em tese, são propostas para garantir tal direito, terminam por roubá-lo quando implementadas nas escolas.

Alunos e professores são ranqueados e festas comemoram os vitoriosos. Empresas de consultoria orientam estas redes.

ESTREITAMENTO DO CURRÍCULO

É a maior evidência relatada do chamado estreitamento curricular produzido pelo uso intensivo de exames. Um verdadeiro vale tudo. O IDEB das redes, em alguns casos, é alto às custas da má formação das crianças nas demais disciplinas.

Os professores precisam se organizar para fazer a denúncia destas situações. A dificuldade em algumas delas é que os professores são contratados pela CLT, não têm estabilidade e podem facilmente ser demitidos se discordarem das medidas, não as implementarem ou até mesmo se as denunciarem.

Esta é uma das razões pelas quais os professores precisam ter estabilidade no emprego. E é por isso também que os reformadores empresariais não gostam da estabilidade.
 
(artigo enviado por Antonio Rocha)

31 de janeiro de 2015
Luiz Carlos de Freitas

DILMA NÃO CONSEGUE CONCILIAR CORTES NAS CONTAS E DIREITOS SOCIAIS




No discurso que marcou a primeira reunião ministerial de seu segundo governo – reportagem de Fernanda Kracovics, Luiza Damé e Marta Beck, O Globo edição de 28 – a presidente Dilma Rousseff afirmou que as restrições a benefícios (na verdade direitos) sociais são mudanças de caráter corretivo e, acrescentou, não seria o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que iria revogá-los. Ficou na forma, não se preocupou com o conteúdo.
Esta constatação reflete a enorme dificuldade de, como está no título, compatibilizar a política econômica proposta por Joaquim Levy com os direitos dos assalariados.

Isso porque, como digo sempre, é impossível elevar-se impostos e tarifas públicas sem que tais ações não reflitam no aumento da inflação que, no final da ópera, acaba invariavelmente desabando na cabeça dos consumidores, nas costas dos trabalhadores e servidores públicos.

Tal nebulosa duplicidade, inclusive, levou ao recuo do governo em reduzir excessos no seguro-desemprego, já constatado neste site, e reafirmado pelo próprio ministro da Fazenda, em nova matéria de Valdo Cruz e Juliana Sofia, Folha de São Paulo de quarta-feira, quando revelou que, com a revisão, a diferença terá de ser compensada com cortes em outros setores.

As controvérsias que surgem são a prova de que o Executivo encontra obstáculos essenciais pela frente, os quais não consegue superar, não por sua vontade, mas porque são de impossível ultrapassagem. Das três uma: ou se tributa o capital; ou o trabalho; ou se tributa de forma desigual tanto um quanto outro. Digo de forma desigual porque, na verdade, naturalmente a rentabilidade do capital é muito maior do que o rendimento do trabalho.

CAPITAL E TRABALHO

Na área do capital, no plano externo, por exemplo, como acentuou Sofia Fernandes, FSP de 24 de janeiro, existem gastos externos que merecem investigação e podem ser objetos da reduções específicas: o caso do pagamento, em 2014, de 22,7 bilhões de dólares com o aluguel de equipamentos; o desembolso de 14,1 bilhões de dólares com o pagamento de juros externos; além da saída de 26,7 bilhões de dólares através da remessa de lucros e dividendos aos acionistas de empresas estrangeiras que atuam no país.

Que equipamentos alugados são esses? Importante esclarecer, pois é possível que tal valor possa ser renegociado. Não custa tentar. Da mesma forma as dívidas brasileiras em dólares, cujos juros – quem sabe? – possam se tornar menores como reflexo do nível do comércio internacional. É provável que nada disso aconteça. Mas não quer dizer que tais setores deixem de merecer uma atenção crítica por parte de Joaquim Levy.

SÓ INTERNAMENTE…

Afinal, quais os motivos de que os cortes colocados para assinatura de Dilma Rousseff refiram-se singularmente ao plano interno da economia e não abranjam também a face externa? Uma lacuna a ser preenchida na forma com que age a equipe econômica, por isso mesmo sublinhada por avanços e recuos sucessivos. Ao quais, aliás, não foram só dos ministros Nelson Barbosa e Joaquim Levy, mas principalmente da própria presidente da República.
Cortar à metade as pensões deixadas por morte de trabalhadores e servidores públicos constitui exemplo marcante de uma desarticulação constante.

Um outro fato concreto. O déficit na conta turismo. Atingiu 18 bilhões de dólares no exercício passado. Saíram 25 bilhões, entraram apenas 7. Francamente, acho que o Rio é a cidade mais atingida: balas perdidas fatais estão virando macabra rotina.
O fenômeno, por sua força, repercute no exterior. Os turistas estrangeiros, como é lógico, diminuem cada vez mais. A segurança na cidade é um desastre.

31 de janeiro de 2015
Pedro do Coutto

EMBAIXADAS BRASILEIRAS ENTRAM NA FAIXA DA MISÉRIA ABSOLUTA


http://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/Cotonou/pt-br/image/area%20externa%20(1)%20Fachada.JPG
Embaixada no Benin: sem luz, sem água e sem embaixador…

Embaixadas e consulados do Brasil no exterior, que, de um modo geral, enfrentam uma série de dificuldades financeiras desde o meio do ano passado, devem se preparar para um período de seca ainda maior neste 2015.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) deve operar, nos próximos 12 meses, com cerca de um terço da verba do ano passado, o que afeta diretamente os custos dos postos em países estrangeiros.
De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o Itamaraty trabalhou com um orçamento de, aproximadamente, R$ 2,6 bilhões em 2013 e R$ 2,7 bilhões em 2014. Neste ano, porém, a previsão orçamentária passa pouco de R$ 1,193 bilhão.

A situação é problemática para as 139 embaixadas, 53 consulados-gerais e 11 consulados nacionais mundo afora. Com base em 2013 e 2014, o Itamaraty desembolsa, em média, 65,5% dos recursos totais do ano ao pagamento de despesas dos postos brasileiros no exterior.
Mantida a proporção, segundo o Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) para 2015, o ministério terá, do R$ 1,193 bilhão previsto, R$ 775 milhões destinados a tais despesas.

A matemática é tão simples quanto apertada: são, em média, R$ 64 milhões mensais para custear os salários de 850 oficiais de chancelaria e de 581 assistentes, além dos gastos de embaixadas, consulados, vice-consulados e escritórios fora do país. Para se ter uma ideia, esse valor mensal em 2013 ficou na casa dos R$ 140 milhões, e em 2014, R$ 151 milhões.

VÃO PASSAR APERTO…

Os vencimentos dos 1.572 diplomatas dificilmente serão afetados, pois saem de outra rubrica. Mas quem trabalha lá fora deve passar aperto. No documento intitulado “Orçamento 2015. Restrições”, o Itamaraty ressalta que os recursos autorizados para janeiro, por exemplo, somente permitirão o pagamento dos salários dos funcionários, parte das dívidas de períodos anteriores e obrigações trabalhistas.
Por isso, orienta o ministério, o corte nas despesas das representações diplomáticas deve ser de 50%. A tesoura vai passar em serviços como manutenção de jardins, limpeza, segurança, água, luz, telefone, internet, e na aquisição de materiais de consumo como papel, caneta, água potável, tinta para impressora; passagens e despesas de locomoção.

A falta de dinheiro compromete os serviços de várias embaixadas brasileiras. Em telegramas enviados ao Itamaraty por diplomatas e chefes de postos no Japão, Portugal, Guiana, Costa do Marfim, Etiópia, Paraguai, Alemanha, Canadá, Benin e Quênia, é clara a situação de dificuldade financeira enfrentada no fim do ano passado e no início de 2015. E o detalhamento de despesas no Portal da Transparência reforça o problema.

Na última segunda-feira (26/1), por exemplo, o Itamaraty pagou ao ministro João Lucas Quental, responsável pela embaixada brasileira na Venezuela, uma indenização de moradia funcional no valor de R$ 6,3 mil, correspondente a dezembro de 2014. Mais: os aluguéis de residências oficiais na Polônia foram pagos no início desta semana, com atraso de quase dois meses.

ATRASOS DESDE OUTUBRO

Contas das representações diplomáticas brasileiras na Suíça e no Uruguai, referentes a telefone, assinaturas de jornais, energia e manutenção de jardim, estão com atraso desde outubro de 2014 e também receberam aprovação de pagamento apenas na segunda-feira.

O embaixador do Brasil na Costa do Marfim, Alfredo Camargo, comunicou, em telegrama de caráter urgente enviado à Divisão de Acompanhamento e Coordenação Administrativa dos Postos no Exterior (Daex), à Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças (COF) e à Secretaria de Controle Interno (Ciset), que, apesar dos esforços para contenção de gastos, o dinheiro enviado pelo Itamaraty não foi suficiente para as despesas do posto.

Contas de energia, água, telefone estavam atrasadas desde agosto de 2014. Serviços de reparo no sistema de freio de um dos carros e de detetização e controle de pragas também ficaram sem pagamento.

José Joaquim Gomes da Costa, encarregado de negócios do Brasil na Etiópia endossou, também em telegrama a Daex, COF e Ciset, que, por causa do atraso no envio de dinheiro, algumas contas de dezembro de 2014 estavam pendentes e o corte dos serviços era iminente. A despesa com água e energia, por exemplo, somava R$ 641 e a do seguro anual dos automóveis, R$ 1.191.

BANHO DE CANECA…

A situação é parecida com a vivida pelo encarregado de negócios do Brasil em Benin, João Carlos Falzeta Zanini, que pagou a futura de energia referente a novembro de 2014 com recursos pessoais e, para diminuir as despesas, precisou dispensar o serviço de limpeza da residência e comprar galões de água no mercado para tomar banho e escovar os dentes.

O corte anunciado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) no início deste ano é resultado de um ajuste nas despesas consideradas não obrigatórias de todos os ministérios. A previsão inicial dos gastos foi reduzida em um terço para todas as pastas até que seja votada a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), o que deve ocorrer até março.

Há três categorias de ordem de gastos no orçamento da União: as despesas obrigatórias (salários de servidores e aposentadorias), as de custo para manutenção da embaixada (luz, água, equipamentos, passagens aéreas) e os investimentos (compras de novos equipamentos).

31 de janeiro de 2015
Minervino Junior
Correio Braziliense

MEIRELLES TENTA COMPRAR SILÊNCIO DA MÍDIA NO CASO DA FRIBOI



Meirelles paga caro para ocultar os “malfeitos” do grupo Friboi

É impressionante a bilionária campanha publicitária que o grupo JBS, maior exportador de carne bovina do mundo e dono da marca Friboi, vem fazendo na imprensa escrita e na televisão, inserindo anúncios em espaços e horários nobres e pagando cachês altíssimos a artistas “globais” consagrados como Tony Ramos, Fátima Bernardes e Roberto Carlos, que inclusive é vegetariano há décadas.

O grupo JBS, de Goiás, pertence aos irmãos Batista e era comandado por José Batista Júnior, que conseguiu apoio do BNDES a partir do primeiro governo Lula e alçou o frigorífico JBS-Friboi ao topo do mercado de carnes do país e do mundo.

Em março de 2012, preocupados com a crescente responsabilidade causada pela expansão dos negócios, os irmãos Batista chamaram o conterrâneo Henrique Meirelles para assumir a presidência do Conselho de Administração da J&F, holding que controla empresas e marcas famosas como JBS Friboi, Banco Original, Swift, Doriana, MassaLeve, Lebon, Pilgrim’s, Seara, Vigor, Rigamonti, Fiesta e Flora.
Uma das missões de Meirelles era traçar a estratégia mundial do grupo, para não perder mercado.

Menos de um ano depois, surpreendentemente José Batista Júnior deixou de ser o principal sócio da holding J&F, tendo vendido sua participação para os irmãos Joesley e Wesley, que tiveram de manter Meirelles à frente do Conselho, porque hoje a credibilidade do grupo está diretamente associada à atuação do ex-presidente do Banco Central e do BankBoston, que está cada vez mais rico e se tornou também acionista do Itaú.

CAMPANHA BILIONÁRIA

No comando da holding J&F, Meirelles determinou o lançamento da espalhafatosa campanha publicitária, que começou no início do ano passado e parece não ter mais fim, para satisfação dos barões da mídia impressa e televisionada.

O objetivo da propaganda em massa não é comercial; pelo contrário, tem apenas a finalidade de amansar a grande mídia, para desestimular reportagens investigativas que possam revelar as entranhas desse surpreendente sucesso empresarial movido pela generosidade do BNDES, que na gestão petista emprestou à JBS R$ 2,5 bilhões (diretamente ou por meio de outros bancos) e comprou R$ 8,5 bilhões em ações do grupo, que equivalem a 24,6% de seu capital.

Além de atuar no controle da mídia, Meirelles também transformou a holding J&F na maior patrocinadora da política nacional. Oportuna reportagem de Leandro Prazeres, no site UOL, revela que o generoso grupo já doou a candidatos e partidos cerca de 18,5% de tudo o que tomou emprestado do BNDES entre 2005 e 2014, com PT, PMDB e PSDB aparecendo como os mais beneficiados.

Desde 2006, o grupo já figurava como um dos maiores doadores de campanhas políticas do Brasil. Meirelles só fez aumentar o cachê. Em 2010, por exemplo, o JBS ficou em terceiro lugar, com R$ 63 milhões. Mas em 2014, sob comando dele, o grupo passou a ser o maior doador, com R$ 366,8 milhões em patrocínio eleitoral, seguido da construtora Odebrecht , que doou R$ 111 milhões, e do Bradesco, com cerca de R$ 100 milhões.

O repórter Leandro Prazeres mostrou que o comprometimento da J&F com doações a políticos é tão grande que, somente para a eleição de 2014, a empresa doou 39,56% de todo o seu lucro líquido registrado em 2013, que foi de R$ 926,9 milhões. É como se, a cada R$ 100 de lucro, a JBS doasse R$ 39,5 para os caixas de campanhas de partidos e candidatos. Da mesma forma, a Odebrecht, segunda colocada no ranking de doações neste ano, doou 22% de seu lucro líquido em 2013, que foi de R$ 490,7 milhões.

É generosidade demais, motivando justificadas suspeitas de sonegações e graves irregularidades contábeis. Como se sabe, o lucro líquido é a diferença entre o que a empresa faturou e os seus custos operacionais (salários, tributos, impostos etc).

E a conclusão é óbvia – a J&F comprou a grande imprensa, mas esqueceu a internet, e o surgimento de um escândalo será inevitável. O assunto é intrigante, apaixonante e desafiante, logo, logo voltaremos a abordá-lo.

31 de janeiro de 2015
Carlos Newton

BONS PROPÓSITOS E GRANDES ESPERANÇAS

  




Abre-se domingo a nova Legislatura, renovada diante de uma pauta que, dependendo da sorte, desmentirá o vaticínio do saudoso dr. Ulysses, de que pior do que o atual Congresso, só o próximo.

A disputa pelas presidências da Câmara e do Senado empolga as atenções, apesar do favoritismo do deputado Eduardo Cunha e do senador Renan Calheiros.
Tão importante quanto essas duas escolhas está sendo a expectativa da divulgação da lista de parlamentares e políticos contra os quais o procurador-geral da República pedirá a abertura de investigações ou, mesmo, denunciará, como implicados no escândalo da Petrobras.

Existem rumores de que tanto Renan quanto Cunha integram a relação de suspeitos, mas como Rodrigo Janot até agora não liberou os nomes dos implicados, os dois vão insistir na pretensão de dirigir as casas do Congresso. O apoio da maioria dos deputados e senadores, caso concretizado, servirá para tornar menos difíceis suas defesas.

Além de prováveis e prolongadas batalhas judiciais envolvendo os acusados de participação na lambança verificada na maior empresa nacional, haverá o desdobramento na forma de uma CPI mista que certamente será formada.
Não deixará de ser inusitada a suposta convocação dos presidentes da Câmara e do Senado, se forem eleitos, mas essa é uma hipótese a depender da divulgação da lista, prevista para fevereiro.

JOGO POLÍTICO

Insere-se no rol dos trabalhos importantes do Congresso, este ano, mais uma tentativa de discussão e votação da reforma política, tarefa que há vinte anos vem sendo anunciada mas jamais concretizada. O grande obstáculo está nos interesses de seus próprios artífices, os parlamentares.
Afinal, eles tem sido eleitos conforme as defasadas e anacrônicas regras do jogo político e eleitoral vigente. Alterá-las seria um risco para a reeleição de quase todos. Mesmo assim, tem sido tão grande o clamor nacional pela reforma política que se tornará ao menos possível votar alguns itens. A proibição de doações das empresas públicas e privadas nas campanhas eleitorais abre a fila das dificuldades.

Novos e velhos deputados e senadores estão chegando a Brasília para a sessão inaugural, no domingo. Como sempre, trazem bons propósitos e grandes esperanças, que os próximos quatro anos serão capazes de desfazer. Mesmo assim, quem sabe?

31 de janeiro de 2015
in Carlos Chagas

A ESCASSEZ BATERÁ ÀS PORTAS DO BRASIL SOB O PT ASSESSORADO POR TRABUCO E LEVY.

NA VENEZUELA OS CIDADÃOS EMPOBRECEM E JÁ PASSAM BOA PARTE DOS DIAS EM BUSCA DE ALIMENTOS.


O receituário econômico do Foro de São Paulo já foi adotado pela Venezuela chavista. É o país onde o sistema de dominação comunista está mais avançado no continente sul americano. A escassez de alimentos, medicamentos e todos os gêneros de primeira necessidade já é uma realidade. Essa escassez também já começa a se fazer sentir no âmbito dos bens duráveis, incluindo peças de reposição em automóveis e demais veículos.

A tendência da Venezuela é se transformar numa nova Cuba. Entretanto, cenas como as deste vídeo são escamoteadas do grande público por meio da edição seletiva e filtrada nas redações da grande mídia, sobretudo nas redes de televisão, a mostrar que o "controle da mídia" proposto por Lula e seus sequazes já está em funcionamento.
O curioso é que a censura à imprensa no Brasil se dá por obra e graça dos próprios jornalistas, já que em sua maioria os jornalistas brasileiros apoiam o Foro de São Paulo e os partidos sob o controle dessa organização transnacional comunista,  como o PT, o PSUV na Venezuela, o peronismo de Kirchner na Argentina, por exemplo.
No Chile e no Uruguay já há projeto de lei de controle a mídia para ser votado pelos respectivos parlamentos controlados pelo Foro de São Paulo.

Na Bolívia e no Equador a censura à imprensa já está em vigência há um bom tempo. Na Venezuela, restam poucos veículos de mídia imprensa resistindo. As redes de rádio e televisão já são controladas totalmente pelos andróides comunistas controlados pela ditadura cubana, cujo títere obediente é o tiranete Nicolás Maduro.

Estou esperando para ver a dupla Trabuco e Levy, os homens do Bradesco a serviço do Foro de São Paulo, fazerem andar a máquina assassina comunista no Brasil. O objetivo é destruir a classe média verdadeira, ou seja, aqueles mais de 51 milhões de brasileiros que votaram na oposição na última eleição presidencial.

Destruindo a classes média, acreditam Trabuco e Levy, o Bradesco atinge o nirvana das finanças, quando então, na antessala da diretoria do portentoso Bradesco, haverá duas estátuas: uma de Lula e outra da Dilma, em tamanho natural. 

E eu que pensava que nesta altura da vida não iria mais me surpreender...

31 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

A NOTÍCIA MAIS IMPORTANTE NÃO SERÁ MANCHETE NA GRANDE IMPRENSA BRASILEIRA


Modelo de coturno tipo militar, ideal para aplicar um poderoso pontapé nos traseiros desses ladravazes e mentirosos que estão destruindo o Brasil.
Olhem aí: com menos de um mês no ar o site O Antagonista, editado por apenas dois jornalistas, Diogo Mainardi e Mario Sabino, continua ensinando o que é e o que não é notícia.
Constata-se que quando o PT está em maus lençóis, como de fato está desde que explodiu o famigerado petrolão, a grande mídia transforma nota de rodapé em manchete,  ou seja, escamoteia a verdade para manter intocável o lamaçal de escândalos e roubalheiras do petrolão. Vê-se que a petralhada infiltrada nas redações, alguns disfarçados e sorrateiros, continua dando o tom para o noticiário.
 
Assiste-se a um esforço concentrado para jogar uma pá de cal sobre o petrolão. Contudo, graças aos antagonistas é possível saber a verdade dos fatos, que está resumida numa nota sintética no que respeita ao tamanho e imensa no que tange ao conteúdo. Se não fosse o “controle da mídia” exercido pelos sabujos do PT nas redações dos grandes veículos, este seria o mote para manchete.

Leiam:
 
Até o momento, a notícia mais relevante do dia não é manchete de nenhum grande portal. Foi dada pelo Globo: a brava moçada do Ministério Público Federal solicitará à Justiça, nos próximos dias, que as empreiteras do Petrolão sejam proibidas de fazer novos contratos com o poder público.
É o exato contrário do que querem, com desinteresse e desprendimento, a presidente Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira de esquerda, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
 
Disse Dilma: "As empresas têm de ser preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm de ser punidas, não as empresas." Disse Cardozo: "Há um desejo claro de que não se afaste a punição, mas que não se crie situação que atrapalhe a vida econômica dos brasileiros." Disse o procurador Deltan Dallagnol:
"As empreiteiras são protagonistas de um grande e danoso esquema criminoso de sangria de recursos públicos que ocorre há muitos anos. Se as empresas se organizaram em cartéis para fraudar licitações e aumentar ilegalmente suas margens de lucro, não faz sentido alegar que foram vítimas de achaques por seus cúmplices."
 
O Antagonista concorda com o Ministério Público. Que as empreiteiras do Petrolão sejam retiradas do circuito das concorrências públicas em todos os níveis. Existem outras de fora do cartel da sujeira que poderão absorver, com o aumento de contratos públicos, trabalhadores das empresas vetadas.
Que deixem entrar também empreiteiras americanas, submetidas a rígidos controles pelo governo dos Estados Unidos. E, por falar em atrapalhar a vida econômica dos brasileiros, é isso que essas empresas malandras estão fazendo. A confiança dos investidores no Brasil está abaixo de zero por causa delas.

Não dá para separar as empresas dos corruptores, porque os donos das empresas são os corruptores. Não é de hoje. A quem duvida, recomendamos a leitura de "Minha Razão de Viver", um relato autobiográfico de Samuel Wainer.

O jornalista cupincha de Getúlo Vargas era leva-e-traz dessas empreiteiras nos anos 50. Elas são protagonistas de lambanças há mais de meio século e, assim, devem ser eliminadas pelos antagonistas honestos.

Do site O Antagonista

31 de janeiro de 2015
in aluizio amorim

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE...

                         Brasil no vermelho e comendo milho

 
 
 
 
31 de janeiro de 2015

EXCLUSIVO: O DIA EM QUE LULA E SEUYS SEQUAZES COMEMORARAM O ENTERRO DA ALCA NUM DISCRETO HOTEL DE BELO HORIZONTGE. VI TUDO DE PERTO.



Capa e contra-capa de CD distribuído sob o patrocínio da FIEMG - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, anfitriã, em 1997, de um grande evento internacional destinado à criação da ALCA - Área de Livre Comércio das Américas em parceria com a Confederação Nacional da Indústria - CNI. Naquela época o Foro de São Paulo já estava agindo, como de fato agiu para abortar a iniciativa que haveria de desenvolver a América Latina e libertá-la para sempre do jugo comunista.
CD dos meus arquivos contendo cânticos cucarachas. Eu estava lá.

O colunista do site de Veja, Leandro Narloch, dia desses postou uma matéria em sua coluna que me fez voltar no tempo, intitulada “A falta que nos faz a Alca”. Os mais jovens provavelmente nunca ouviram falar na Alca, a Área de Livre Comércio das Américas que integraria Estados Unidos, Canadá e demais países centro-americanos e sul americanos. Se tivesse vingado, a história seria outra.
Transcrevo primeiro o texto de Leandro Narloch e, em seguida comento. Ah, também ficará esclarecida a razão pela qual ilustra este post uma garrafa de cachaça. Leiam o que diz Narloch e em seguida o meu comentário.
 
Lembra da Alca, a Área de Livre Comércio das Américas?
Passei toda minha faculdade de jornalismo, no comecinho dos anos 2000, ouvindo discursos histéricos contra a Alca. Meus professores diziam que iríamos empobrecer ainda mais, que não haveria mais empregos no Brasil, que participar da Alca resultaria na submissão final do Brasil aos americanos. “A Alca não é uma proposta de integração, é uma política de anexação”, disse Lula em 2002.
 
Pois bem, não entramos na Alca. Mas o México entrou – assinou e manteve um acordo de livre comércio com os EUA e o Canadá, o Nafta. E agora que a economia dos Estados Unidos se recupera os mexicanos se dão muito bem.

O aumento do consumo dos americanos aquece fábricas, motiva investimentos e cria de empregos no México. Em 2015, o PIB mexicano deve crescer 3,7%.
Um empurrão dos Estados Unidos era tudo o que o Brasil precisava neste momento, quando a criação de vagas é a menor desde 2002, a economia da Europa custa a engrenar e a da China perde velocidade.
 
Quem for demitido ou não encontrar emprego nas próximas semanas não deve reclamar dos patrões, como fizeram operários do ABC há algumas semanas. Devem pedir explicações ao Lula – e a gente como os meus professores, que tanto reproduziram o mito da Alca como instrumento de dominação do império.
 
EU VI TUDO DE PERTO...

MEU COMENTÁRIO: Por razões profissionais, na época em que foi tentada a criação da ALCA dirigia a área de comunicação da Federação das Indústrias de Santa Catarina - FIESC.
Coincidentemente o presidente da Fiesc era o empresário Osvaldo Moreira Douat que também presidia o Conselho Internacional da Confederação Nacional da Indústria - CNI. Como seu assessor acabei participando de diversas reuniões nacionais e internacionais destinadas a tornar realidade a ALCA, incluindo um grande evento em San José, na Costa Rica, em 1998. 
 
Infelizmente, como bem nota o colunista Leandro Narloch, a ALCA foi golpeada de morte no seu nascedouro. Entre seus assassinos, como não poderia deixar de ser, estão Lula seus sequazes, leia-se: Foro de São Paulo, a organização comunista fundada pelo próprio Lula em 1990 por ordem de Fidel Castro que nessa época ainda estava vivo.
 
Poucos sabiam da existência do Foro de São Paulo. Eu particularmente, sequer imaginava e acredito que além de Olavo de Carvalho ninguém mais sabia da existência dessa organização que anos depois avançaria sobre todo o continente latino-americano. A internet  na América Latina ainda era incipiente, tanto é que tive que me valer do velho Fax na Costa Rica para remeter matérias para o Brasil. 
 
Mas antes do evento da Costa Rica, houve também uma grande reunião internacional da ALCA em Belo Horizonte em 1997, e por razões profissionais eu estava lá. Dado ao fato da importância e da complexidade do evento escalei o excelente jornalista Ricardo Garcia (hoje em dia vive em Brasília) , que integrava minha equipe na FIESC para me ajudar nos trabalhos.
 
Lembro-me que desembarcamos em Belo Horizonte no final da manhã de domingo. Escolhemos um hotel estrategicamente próximo à sede do evento que iniciava no dia seguinte, segunda-feira pela manhã. Aliás um hotel sem luxo, porém novo e de excelente qualidade, mas jamais imaginaria que ali estivessem também hospedados os chefões do PT, dentre eles, claro, Lula, que por ironia do destino três anos depois seria eleito presidente do Brasil.
 
Na segunda-feira, após os trabalhos da manhã decidimos retornar ao hotel para almoçar e descansar um pouco antes de retornar ao evento. Escolhemos uma mesa e enquanto compulsávamos o cardápio vi que uma mesa mais à frente estava sendo ocupada por Lula, Zé Dirceu, Genoíno e mais outro petista que não me recordo o nome.
 

Vi que conversaram com o garçon que imediatamente retornou trazendo numa bandeja a cachaça Havana, que custa atualmente uns R$ 700,00 a garrafa e só é encontrada em finas delicatesses.
Enquanto o garçon derramava a água louca nos cálices, Lula, todo empertigado acendeu um charuto.
Nessa época, vejam só, ninguém se opunha que alguém fumasse cigarros de tabaco num restaurante. Quando vi a cena fiquei surpreso. Ué? Esse Lula não anda chorando miséria por aí? Não é um operário? Que diabos está acontecendo, pensei.
 
Evidentemente fui entender tudo anos depois, mormente quando estourou o escândalo do mensalão. Lula e seus sequazes tinham transformado aquele hotel em que me hospedara num “aparelho” do PT". Eles estavam ali como articuladores do Foro de São Paulo para impedir que a ALCA se transformasse em realidade. Infelizmente conseguiram.

O movimento comunista internacional montara um poderoso aparato que já contava com os préstimos dos jornalistas infiltrados nas redações dos jornais e televisões; contavam com os professores das universidades, conforme alude Narloch no seu texto.
Os cursos de jornalismo foram criados com esse objetivo, ou seja, a promoção da lavagem cerebral dos estudantes transformando-os em militantes da causa comunista. E isto persiste até hoje!
 
Todos engravatados, Lula na cabeceira comandando. Os petralhas estavam ali ao meu lado, no restaurante, comemorando antecipadamente a destruição da ALCA no seu nascedouro. O “socialismo do século XXI”, dava um passo decisivo para tomar todo o continente latino-americano, como de fato ocorreu nos anos seguintes.
 
De soslaio via Lula inebriado, deitando falação entre goles de cachaça e baforadas de fumaça extraídas do encorpado charuto, quem sabe um mimo que recebera de Fidel Castro em uma daquelas reuniões em Havana, na 'Casa de Protoloco', destinadas a impedir a libertação da América Latina do jugo comunista.

Os vagabundos conseguiram. A morte da ALCA no seu nascedouro deixou o caminho livre para que esse bando de psicopatas chegasse ao poder.
O resultado está aí. Na Venezuela o tiranete Nicolás Maduro já baixou uma lei destinada a liberar o uso pelas as forças armadas e as polícias de armas letais para serem usadas contra eventuais manifestantes.
 
Todos têm de obedecer quietos nas filas dos supermercados em busca de alimentos; têm de conviver com o espectro da fome calados. Como acontece em Cuba há mais de meio século!
No Brasil, o antepasto do que vem por aí é o petrolão. Mas esta é outra história que só está no começo...

31 de janeiro de 2015
in aluizio amorim