"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

PAU MANDADO

Discurso embusteiro de Humberto Costa serviu para adoçar o golpe que vem sendo preparado pelo PT

humberto_costa_08A assessoria de Dilma Rousseff já percebeu que a presidente reeleita será mais uma vez no Congresso Nacional.
Encerrada a disputa eleitoral, Dilma foi fragorosamente derrotada na Câmara dos Deputados por ocasião da derrubada do decreto presidencial que cria os conselhos populares.

A segunda derrota será no Senado Federal, que repetirá o ato da Câmara, derrubando o decreto que pode ser o passo inicial do último ato do golpe.
O Palácio do Planalto percebeu de maneira rápida o cenário desfavorável e acionou a tropa de choque oficial da desfazer a realidade, como se isso fosse possível

A primeira escalada para a difícil missão foi a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que por sua conhecida incompetência não deu conta do recado. Derrotada na tentativa de chegar ao Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense, Gleisi foi pífia ao tentar convencer a opinião pública que a derrubada do decreto dos conselhos populares não foi uma derrota da presidente Dilma, mas do povo brasileiro.

Na derrota imposta pela Câmara à presidente venceu a democracia, que nos últimos anos tem sido constantemente aviltada e ameaçada.
Como a incursão de Gleisi Hoffman foi inócua, coube ao senador Humberto Costa (PT-PE) a missão de tentar, de novo, desconstruir a verdade. Dilma foi derrotada na Câmara dos Deputados e deve ser derrotada no Senado.

Na tarde desta quarta-feira (5), Costa ocupou a tribuna do Senado para detalhar o plano golpista do seu partido, que pretende, não é de hoje, transformar o Brasil em uma versão agigantada da combalida Venezuela, que derrete à sombra do socialismo do século XXI, invencionice malandra criada pelo delinquente político Hugo Chávez.
O que os petistas querem fazer no Brasil já deu errado em outros países que sofrem com a criminosa lufada esquerdista que sopra na América Latina.

O discurso de Humberto Costa é perigoso e cheio de armadilhas, especialmente quando lido nas entrelinhas. O senador pernambucano, líder do PT na Casa, discorreu sobre a reunião da Executiva petista da última segunda-feira (3) e destacou que a resolução partidária servirá de base para o caminho a ser trilhado pela legenda de agora em diante.

Analisando-se o conteúdo da tal resolução pode-se concluir que o objetivo do PT é o golpe, nada mais.

Disse Humberto Costa sobre a resolução:

“São ideias que iremos discutir no PT, com os nossos militantes e diretórios, para alargarmos o diálogo interno e partirmos coesos para uma reforma do partido. Ao mesmo tempo é um gesto por um novo pacto com a sociedade brasileira, que nos brindou ao longo desses 34 anos de existência do partido com grandes vitórias, entre elas, quatro mandatos consecutivos para a Presidência da República”.

O discurso começa errado, pois o quarto mandato na Presidência da República é algo que só poderá ser considerado ao final do mesmo. Considerando que Dilma ainda não terminou seu primeiro mandato, falar sobre o próximo é precipitação.

Emendou o senador petista:

“Não há dúvida nenhuma de que os grandes êxitos, de que as imensas vitórias conquistadas em favor do Brasil desde o início do primeiro governo Lula, em 2003, especialmente na área social, fizeram com que os governos do PT e o próprio PT acabasse se fechando um pouco em si mesmos para a condução dessas políticas. A interlocução muito próxima com alguns movimentos sociais e entidades da sociedade civil, com os quais sempre tivemos muita intimidade, terminaram por criar uma relação fusional grande com a administração federal e o partido e isso causou prejuízos à interação direta com muitos setores da sociedade”.

Humberto Costa tem o direito constitucional à livre manifestação do pensamento, mas não pode, a reboque de um palavrório visguento, querer enganar a sociedade brasileira, já conhecedora do modus operandi bandoleiro dos “companheiros”.
Essa história de “relação fusional” é conversa fiada da pior qualidade, que não cabe nem mesmo em discussões de bataclã.
O que Costa, a mando do partido, enseja é aplicar um drible nos brasileiros de bem, na esperança de que essa parcela da sociedade caia em mais uma armadilha da legenda.

Foi além o senador: “Refletindo sobre essa trajetória, temos a certeza de que esses últimos 12 anos foram de um aprendizado intenso para nós. As manifestações de junho de 2013 tiveram um relevante papel em acordar os políticos brasileiros e, para o PT especialmente, elas foram fundamentais para abrirmos a discussão sobre a necessidade de uma relação fortemente dialógica com os brasileiros. Esse é um dos grandes compromissos que o PT está assumindo nessa sua renovação, o de aprofundar o diálogo direto com a população, como sempre fizemos desde a nossa fundação”.

De tanto conviver com os palacianos, Humberto Costa tomou gosto pela mitomania. Não há como falar em renovação se todos os integrantes do governo e do partido são mais do mesmo. Ou seja, a mudança balbuciada por Dilma e pelo PT ao longo da campanha presidencial é mera figura de retórica.

Ademais, o Brasil não pode ir à débâcle apenas para que o PT, ao longo de doze anos marcados por incompetência e corrupção, aprenda o que deve ser feito.
Quando fala em “diálogo direto com a população”, o senador petista tenta camuflar o golpe que se consolidará a partir de conversas combinadas com movimentos sociais, todos comandados pelo partido, a exemplo do que acontece nas ditaduras socialistas.

Assim como nove entre dez petistas, Humberto Costa é ousado e não se incomoda em travestir a realidade. Avançou o senador:

“Cobraremos permanentemente à oposição que reconheça a derrota nas urnas, que desça do palanque e que seja responsável com o Brasil. Cobraremos que se desarme, que deixe de lado o discurso beligerante, que a ninguém ajuda e, ao contrário, termina por estimular grupelhos fascistas, que sujam as ruas e as redes sociais com seus pedidos ilegítimos de impeachment e de intervenção militar”.

Humberto Costa dá mostras que não tem competência à altura do cargo que ocupa. Em três eleições presidenciais Lula jamais reconheceu a derrota, mesmo que essa tenha sido comprovada pelas urnas. O senador pernambucano sugere que a oposição deve se desarmar, no momento em que seu próprio partido pede à militância que vá “às armas”, usando a rede mundial de computadores para combater todos os críticos do governo e da própria legenda.

Sendo assim, Costa não tem moral para pedir o fim do discurso beligerante, pois seu partido e a candidata Dilma abusaram do jogo imundo e criminoso durante a campanha eleitoral. Humberto Costa pode falar o que quiser, inclusive assumindo papel tão pequeno e ridículo, mas não tem estofo para lições de moral. É um inconsequente que nos bastidores do poder defende a ferro e fogo o totalitarismo e o banditismo político que embala o seu partido.

No tocante aos que pedem o impedimento de Dilma Rousseff, o senador tem razão pontual, pois por enquanto não existe um fato determinado para a abertura de um processo de impeachment.
Contudo, deve-se defender a cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff, que usou de forma indevida e criminosa os serviços dos Correios para a distribuição de material de campanha. Não há o que discutir acerca do tema, pois o país está diante de um crime eleitoral, incensado pelo abuso dos poderes político e econômico.

Em relação à intervenção militar, não ilegitimidade no pedido de alguns setores da sociedade, uma vez que esse tipo de ação está contemplado na Constituição Federal, respeitadas algumas condições. O dever das Forças Armadas é defender a integridade da nação, que quando ameaçada deve ser defendida por qualquer cidadão, militar ou não. De tal modo, Humberto Costa não sabe o que fala, já que há uma enorme distância entre intervenção e golpe militar.

O senador petista abordou o tema apenas porque no último sábado (1), em São Paulo, durante manifestação contra Dilma e o PT, duas faixas pedindo intervenção militar foram consideradas pelos “companheiros” como prenúncio do golpe.

Quem defende o retorno dos militares por certo não viveu o mais negro período da história brasileira, que pode retornar a qualquer momento em versão comunista. É importante destacar que nessas manifestações há um sem fim de infiltrados, muitos financiados pelos partidos de esquerda, com o estrito objetivo de denegrir a imagem daqueles que se opõem ao governo desqualificado e corrupto que aí está.

Para finalizar, que os brasileiros de bem não levem a sério o discurso sorrateiro e encomendado de Humberto Costa, que é mais um a cumprir ordens expressas do PT, que com a reeleição de Dilma vislumbrou a chance de dar a cartada final para fazer do Brasil uma república bolivariana.

06 de novembro de 2014
ucho.info

Nenhum comentário:

Postar um comentário