Há mais de década tenho comentado que a imprensa européia, quando se trata de noticiar crimes ou vandalismo, em nome do politicamente correto evita chamar africanos de africanos, árabes de árabes ou muçulmanos de muçulmanos.
Paris, desde 2005, tem encontro marcado com o vandalismo a cada réveillon. São centenas de carros queimados, sob o olhar impotente da polícia. Em 2011, o alvo dos vândalos foi Londres. Ano passado, foi a hora e vez de Estocolmo. Por uma semana, bairros periféricos da cidade arderam em chamas, quando grupos de “jovens”, como dizem os jornais, saíram às ruas para botar fogo em containers, carros, quebrar vitrines e enfrentar a polícia a pedradas. A Europa não é mais o que foi. Em breve será a vez de Viena, Madri, Roma, Bruxelas. Nos próximos anos, a epidemia fará parte da normalidade do continente. Quem viver, verá.
O que espanta em tudo isso é que a imprensa evita nominar os “jovens”. Os responsáveis pela violência são invariavelmente árabes e africanos de segunda, terceira e quarta gerações e, o que é mais significativo, árabes e africanos muçulmanos. Em nome do politicamente correto e do multiculturalismo, os jornais se proíbem de dar nome aos bois.
Na ocasião dos distúrbios em Estocolmo, comentei a contenção dos jornais e das autoridades suecas, que só falavam em “jovens da periferia”. No mesmo ano, a Espanha também rendeu-se. Se os espanhóis, há cinco séculos, não hesitaram um segundo em expulsar “los moros” da península, hoje autoridades e jornalistas não ousam sequer nominá-los. Comentando os episódios de Estocolmo, El País escrevia:
Husby, donde empezó todo, es una zona de unos 12.000 habitantes en la que el 85% es inmigrante de primera o segunda generación. La chispa que encendió el fuego saltó allí, a 17 kilómetros al noroeste de Estocolmo, el pasado lunes 14. Un vecino de 69 años murió en su apartamento, abatido a tiros por la policía después de haber amenazado a los agentes con un machete. La tensión fue subiendo a lo largo de la semana hasta que el domingo pasado, entre 50 y 60 jóvenes comenzaron a quemar coches y cuando llegó la policía, se enfrentaron con los agentes lanzándoles piedras.
Imigrantes de primeira e segunda gerações. 50 ou 60 jovens. Que imigrantes? Que jovens? A Suécia, desde os anos 60, foi invadida por imigrantes de todos azimutes. Latinos, eslavos, chineses, hindus e, mais tarde, árabes e africanos. Alguém imagina um brasileiro, chileno, chinês ou indiano incendiando carros em Estocolmo? Não dá para imaginar. A violência é obra de negros e árabes muçulmanos. Desarraigados de sua cultura e sem conseguir integrar-se na cultura que os recebe, reagem com a única linguagem que dominam, a da violência.
Até não muito tempo, a Espanha era um baluarte contra o politicamente correto. Árabes sequer eram chamados de árabes, mas de moros. De repente, não mais que de repente, viraram “jovenes”. A Espanha, acompanhando os demais países europeus, acabou por render-se à invasão dos bárbaros.
Até mesmo nossa imprensa, distante de tais conflitos, entregou os pontos. Sobre o assunto, mancheteou a Folha de São Paulo: Jovens da periferia queimam carros na capital da Suécia Centenas de jovens da periferia de Estocolmo, capital da Suécia, incendiaram carros, destruíram vitrines de lojas e incendiaram uma escola, uma enfermaria e um centro cultural no quarto e mais violento dia de protestos contra a ação da polícia.
Desde há muito venho denunciando – e suspeito que sou o único a denunciar – a mania politicamente correta de boa parte da imprensa européia de omitir nome, origem e etnia de criminosos quando estes são árabes ou negros. Na França, por exemplo, para identificar os árabes e negros que queimam milhares de carros nos réveillons, os jornais usam um eufemismo divino, les jeunes. Os jovens. Se for cidadão nacional, de longa estirpe e boa cepa, o nome vai para a primeira página dos jornais. Imigrante, jamais. Leio usualmente jornais da Suécia, França, Espanha e Itália. Nunca li alguma determinação escrita sobre este silêncio. A censura é tácita, sem diploma legal algum que a determine. Está no bestunto dos jornalistas.
Na Suécia, a imprensa está proibida de noticiar a cor da pele ou etnia dos agressores. Em 2010, uma sueca de dezoito anos foi violada e torturada por quatro negros muçulmanos, que foram identificados como “dois suecos, um finlandês e um somali”. Ora, eram todos imigrantes originários da Somália.
Alguém ainda lembra dos distúrbios de 2011 no Reino Unido? Certamente não. A memória das gentes já não mais alcança nem sequer um ano. Pois em agosto de 2011, o Time Magazine dizia que nunca tantos incêndios haviam devastado Londres tão intensamente ao mesmo tempo desde a Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, li vários jornais da imprensa nossa e internacional, tentando informar-me sobre a bagunça. Em todos, a única informação que encontrei sobre os responsáveis é que eram jovens. Ora, isto é muito vago. Que tipo de jovens? A que países ou etnias pertencem? Não acredito que britânicos de souche saiam a incendiar suas cidades.
Semana passada, comentei a hipocrisia de chamar de europeus os milhares de terroristas, em geral filhos ou netos de árabes com passaporte europeu, que estão lutando no sedizente Estado Islâmico ou em outros conflitos árabes. A imprensa, que pretende buscar a verdade, não toma vergonha.
Ironicamente, foi no Reino Unido, o território da Europa mais conivente com o Islã, onde a violência tomou tais proporções, que já não há lugar para eufemismos. Leio nos jornais que cerca de 1400 crianças foram exploradas sexualmente durante 16 anos em Rotherham, em South Yorkshire, entre 1997 e 2013. Segundo um relatório divulgado terça-feira passada na mídia local, mais de um terço das crianças deveriam estar sendo vigiadas pelas agências de proteção de menores, mas as autoridades - políticas, civis e policiais - não agiram para protegê-las.
O relatório revela que antes deste estudo foram feitos outros três, que não foram divulgados. Os relatórios anteriores, do conhecimento da sautoridades políticas e policiais, foram redigidos entre 2002 e 2006. Um foi arquivado porque os mais altos responsáveis da cidade não acreditaram nas informações ou por as considerarem exageradas. Os outros foram simplesmente ignorados.
O documento cita funcionários de Rotherham afirmando que recearam falar no assunto por medo de serem acusados de racismo, uma vez que a maior parte dos abusadores eram homens asiáticos. "Vários funcionários descreveram ter ficado nervosos quanto à identificação dos abusadores por receio de serem considerados racistas, outros relataram ter recebido ordens diretas dos seus superiores para não o fazerem", diz o documento.
Homens asiáticos? Em verdade, a polícia evitou investigar os suspeitos, a maioria paquistaneses muçulmanos, para não ser acusada de racista e preconceituosa. Segundo Alexis Jay, que redigiu o documento, a polícia "olhava com desprezo para as crianças vítimas de abusos".
Alexis Jay disse ter encontrado exemplos de "crianças que tinham sido mergulhadas em gasolina e ameaçadas de serem incendiadas, ameaçadas com armas, obrigadas a assistir a violações brutais e ameaçadas de serem as próximas caso contassem a alguém". Jay diz que os menores foram violados por várias pessoas, traficados para outras cidades no Norte da Inglaterra, sequestrados, espancados e intimidados. "Uma menina de 11 anos foi violada por vários homens".
O Reino Unido, que nunca foi reticente em relação às denúncias de pedofilia praticada pelo alto clero católico, mantém um silêncio obsequioso quando se trata de muçulmanos. Os “jovens” são agora os “asiáticos”.
O Islã avança impunemente. Os europeus tapam o sol com uma peneira.
Paris, desde 2005, tem encontro marcado com o vandalismo a cada réveillon. São centenas de carros queimados, sob o olhar impotente da polícia. Em 2011, o alvo dos vândalos foi Londres. Ano passado, foi a hora e vez de Estocolmo. Por uma semana, bairros periféricos da cidade arderam em chamas, quando grupos de “jovens”, como dizem os jornais, saíram às ruas para botar fogo em containers, carros, quebrar vitrines e enfrentar a polícia a pedradas. A Europa não é mais o que foi. Em breve será a vez de Viena, Madri, Roma, Bruxelas. Nos próximos anos, a epidemia fará parte da normalidade do continente. Quem viver, verá.
O que espanta em tudo isso é que a imprensa evita nominar os “jovens”. Os responsáveis pela violência são invariavelmente árabes e africanos de segunda, terceira e quarta gerações e, o que é mais significativo, árabes e africanos muçulmanos. Em nome do politicamente correto e do multiculturalismo, os jornais se proíbem de dar nome aos bois.
Na ocasião dos distúrbios em Estocolmo, comentei a contenção dos jornais e das autoridades suecas, que só falavam em “jovens da periferia”. No mesmo ano, a Espanha também rendeu-se. Se os espanhóis, há cinco séculos, não hesitaram um segundo em expulsar “los moros” da península, hoje autoridades e jornalistas não ousam sequer nominá-los. Comentando os episódios de Estocolmo, El País escrevia:
Husby, donde empezó todo, es una zona de unos 12.000 habitantes en la que el 85% es inmigrante de primera o segunda generación. La chispa que encendió el fuego saltó allí, a 17 kilómetros al noroeste de Estocolmo, el pasado lunes 14. Un vecino de 69 años murió en su apartamento, abatido a tiros por la policía después de haber amenazado a los agentes con un machete. La tensión fue subiendo a lo largo de la semana hasta que el domingo pasado, entre 50 y 60 jóvenes comenzaron a quemar coches y cuando llegó la policía, se enfrentaron con los agentes lanzándoles piedras.
Imigrantes de primeira e segunda gerações. 50 ou 60 jovens. Que imigrantes? Que jovens? A Suécia, desde os anos 60, foi invadida por imigrantes de todos azimutes. Latinos, eslavos, chineses, hindus e, mais tarde, árabes e africanos. Alguém imagina um brasileiro, chileno, chinês ou indiano incendiando carros em Estocolmo? Não dá para imaginar. A violência é obra de negros e árabes muçulmanos. Desarraigados de sua cultura e sem conseguir integrar-se na cultura que os recebe, reagem com a única linguagem que dominam, a da violência.
Até não muito tempo, a Espanha era um baluarte contra o politicamente correto. Árabes sequer eram chamados de árabes, mas de moros. De repente, não mais que de repente, viraram “jovenes”. A Espanha, acompanhando os demais países europeus, acabou por render-se à invasão dos bárbaros.
Até mesmo nossa imprensa, distante de tais conflitos, entregou os pontos. Sobre o assunto, mancheteou a Folha de São Paulo: Jovens da periferia queimam carros na capital da Suécia Centenas de jovens da periferia de Estocolmo, capital da Suécia, incendiaram carros, destruíram vitrines de lojas e incendiaram uma escola, uma enfermaria e um centro cultural no quarto e mais violento dia de protestos contra a ação da polícia.
Desde há muito venho denunciando – e suspeito que sou o único a denunciar – a mania politicamente correta de boa parte da imprensa européia de omitir nome, origem e etnia de criminosos quando estes são árabes ou negros. Na França, por exemplo, para identificar os árabes e negros que queimam milhares de carros nos réveillons, os jornais usam um eufemismo divino, les jeunes. Os jovens. Se for cidadão nacional, de longa estirpe e boa cepa, o nome vai para a primeira página dos jornais. Imigrante, jamais. Leio usualmente jornais da Suécia, França, Espanha e Itália. Nunca li alguma determinação escrita sobre este silêncio. A censura é tácita, sem diploma legal algum que a determine. Está no bestunto dos jornalistas.
Na Suécia, a imprensa está proibida de noticiar a cor da pele ou etnia dos agressores. Em 2010, uma sueca de dezoito anos foi violada e torturada por quatro negros muçulmanos, que foram identificados como “dois suecos, um finlandês e um somali”. Ora, eram todos imigrantes originários da Somália.
Alguém ainda lembra dos distúrbios de 2011 no Reino Unido? Certamente não. A memória das gentes já não mais alcança nem sequer um ano. Pois em agosto de 2011, o Time Magazine dizia que nunca tantos incêndios haviam devastado Londres tão intensamente ao mesmo tempo desde a Segunda Guerra Mundial.
Na ocasião, li vários jornais da imprensa nossa e internacional, tentando informar-me sobre a bagunça. Em todos, a única informação que encontrei sobre os responsáveis é que eram jovens. Ora, isto é muito vago. Que tipo de jovens? A que países ou etnias pertencem? Não acredito que britânicos de souche saiam a incendiar suas cidades.
Semana passada, comentei a hipocrisia de chamar de europeus os milhares de terroristas, em geral filhos ou netos de árabes com passaporte europeu, que estão lutando no sedizente Estado Islâmico ou em outros conflitos árabes. A imprensa, que pretende buscar a verdade, não toma vergonha.
Ironicamente, foi no Reino Unido, o território da Europa mais conivente com o Islã, onde a violência tomou tais proporções, que já não há lugar para eufemismos. Leio nos jornais que cerca de 1400 crianças foram exploradas sexualmente durante 16 anos em Rotherham, em South Yorkshire, entre 1997 e 2013. Segundo um relatório divulgado terça-feira passada na mídia local, mais de um terço das crianças deveriam estar sendo vigiadas pelas agências de proteção de menores, mas as autoridades - políticas, civis e policiais - não agiram para protegê-las.
O relatório revela que antes deste estudo foram feitos outros três, que não foram divulgados. Os relatórios anteriores, do conhecimento da sautoridades políticas e policiais, foram redigidos entre 2002 e 2006. Um foi arquivado porque os mais altos responsáveis da cidade não acreditaram nas informações ou por as considerarem exageradas. Os outros foram simplesmente ignorados.
O documento cita funcionários de Rotherham afirmando que recearam falar no assunto por medo de serem acusados de racismo, uma vez que a maior parte dos abusadores eram homens asiáticos. "Vários funcionários descreveram ter ficado nervosos quanto à identificação dos abusadores por receio de serem considerados racistas, outros relataram ter recebido ordens diretas dos seus superiores para não o fazerem", diz o documento.
Homens asiáticos? Em verdade, a polícia evitou investigar os suspeitos, a maioria paquistaneses muçulmanos, para não ser acusada de racista e preconceituosa. Segundo Alexis Jay, que redigiu o documento, a polícia "olhava com desprezo para as crianças vítimas de abusos".
Alexis Jay disse ter encontrado exemplos de "crianças que tinham sido mergulhadas em gasolina e ameaçadas de serem incendiadas, ameaçadas com armas, obrigadas a assistir a violações brutais e ameaçadas de serem as próximas caso contassem a alguém". Jay diz que os menores foram violados por várias pessoas, traficados para outras cidades no Norte da Inglaterra, sequestrados, espancados e intimidados. "Uma menina de 11 anos foi violada por vários homens".
O Reino Unido, que nunca foi reticente em relação às denúncias de pedofilia praticada pelo alto clero católico, mantém um silêncio obsequioso quando se trata de muçulmanos. Os “jovens” são agora os “asiáticos”.
O Islã avança impunemente. Os europeus tapam o sol com uma peneira.
01 de novembro de 2014
Janer Cristaldo
(publicado em agosto/2014)
Nenhum comentário:
Postar um comentário